Doces (Pt. 2)

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Pov. Ycaro
São Paulo - 10:30 AM - Sexta-feira
Dormitório do Ycaro

Pegando Greg no colo tento o acordar de qualquer forma.

Ycaro: Greg acorda! Não é hora de se fingir de morto - Balançava seu corpo mais nada de reação.

Colocando a mão em cima do seu peito, consegui ouvir batidas ainda, mas estavam bem lentas e demoradas. Deitando ele de volta na cama, corro pra minha bolsa e viro todos os cadernos e material direto pro chão, e assim que estava tudo vazio forrei uma toalha dentro

Ycaro: Aguenta firme amiguinho, eu vou te levar pro veterinário!

Colocando Greg na mochila, deixo o zíper o máximo possível aberto para que ele respira-se.
Pegando minha carteira e celular começo a abrir o aplicativo do Uber e tranco o quarto, começando meu rumo até a entrada da escola.

[ . . . ]

Aguardando na sala de espera, espero o veterinário sair da sala com os resultados da consulta. Ele havia feito algumas perguntas rápidas, sobre o que comeu, ou a quanto tempo ele estaria ruim, mas depois de responder fui enxotado da sala e mandado aguardar os testes acabarem.

Inquieto na cadeira, pelo menos me agradecia internamente de ter deixado um número já salvo de emergência no celular, assim só tive que confirmar se o lugar estava aberto para atendimento e confirmar a rota do Uber.
Ao meu lado tinha apenas mais um moço um pouco mais velho do que eu também aguardando, ele também tinha um gato, e ele estava naquelas caixas portátil de animais.

Ouvindo o gato grunhindo pra mim, vejo que ele tenta atacar meu pé por estar muito perto da grade de entrada da caixa.

Moço: Ai moço desculpa, é que ele anda muito irritado recentemente, desculpa mesmo!

Ycaro: Não tudo bem, meu pé tava perto da grade de qualquer jeito - Falei gesticulando com as mãos.

Moço: Foi mal de qualquer jeito. Eu acabei esquecendo de trazer ele pra 1° dose da vacina de raiva, e agora ele tá esse rabugento aqui - Disse rindo tentando descontrair.

Ycaro: Tá tudo bem - Falei começando a coçar as costas - Gatos tem esse jeitinho mesmo!

Moço: Sim - Riu.

Parando de ouvir o gato grunhir, ele agora tava encolhido em si mesmo no fundo da caixa.

Moço: Viu, agora ele se acalmo - Disse enquanto olhava pela grade - Viu como o moço não faz nada Pompom?

Não tendo resposta do gato que ainda se mantinha super encolhido, a porta do consultório abre e o veterinário sai.

Veterinário: Carlos Gabriel?

Ycaro: Aqui!

Veterinário: Os resultados estão prontos, mas estre aqui um poucochinho.

Ycaro: Tudo bem.

Entrando na sala Greg ainda estava dormindo esticado em cima da bancada, tinha um soro conectado em uma das suas perninhas, mas agora parecia que respirava melhor.

Veterinário: Bem, eu vou ser bem sincero com você, eu nunca vi um gato comer tanto chocolate assim e ainda sobreviver - Falou enquanto virava algumas folhas presas na sua prancheta - Já atendi muitos gatos também, e nunca vi um não morrer com uma medicação forte dessa.

Ycaro: Medicação? Que medicação?

Veterinário: Essa era a parte que eu queria chegar, o Senhor por algum acaso toma algum medicamento pra dormir?

Ycaro: Dormir? Não.

Veterinário: Certo, tem alguma tendência depressiva? Toma algum remédio pra depressão? - Perguntou enquanto batia a caneta na prancheta.

Meu Amigo (NÃO) Imaginário - (Saiko Boneco) - (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora