I - O começo.

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A escuridão... era assim o que o mundo se parecia.

Antes, tudo era apenas um nada em um grande e infinito quarto negro.

O único que vivia em meio a escuridão... era o silêncio.

Não havia nada além dele, até um dia, uma luz apareceu e dela surgiu uma linda garota.

Ela tinha longos cabelos brancos como a neve, olhos azuis claros que pareciam um mar de águas transparentes que dava pra ver o que tinha dentro, pele pálida e usava um vestido branco que parava acima dos joelhos.

Ela olhou ao redor, mas não tinha nada além do vazio, solidão... e silêncio.

Ela sentiu a tristeza entrar em seu corpo.

Depois, seus cabelos brancos agora estavam escurecendo e virando um cabelo preto como a noite mais escura.

Seus olhos? Estavam brancos e sem vida alguma.

E sua pele estava mais branca ainda, parecia alguém sem sangue, totalmente branca como uma folha de papel vazia.

E a pontas de seus dedos, tantos das mãos quanto dos pés, estavam manchado de preto.

Por muito tempo, o silêncio virou sua única companhia naquele lugar horripilante e vazio.

Mas ela levantou, ficando de pé com algumas mechas de cabelo caindo em seu rosto sem vida.

Então ela começou. (Vídeo da música lá em cima.)

"- O tempo foi o meu mestre, que me ensinou a curar.

O tempo foi o meu mestre, que me ensinou a curar.

Passei três dias de bruço, debaixo do Humaitá.

Quando eu me alevantei, oh no tempo que eu tô pra curar.

Passei três dias de bruço, debaixo do Humaitá.

Quando eu me alevantei, oh no tempo que eu tô pra curar.-"

Em seguida ela continuou a cantar, mas fez um ritmo batendo o pé no chão, batendo no peito e estalando os dedos.

Sua voz dava eco no vazio mas o que mais era incrível era que a cada batida que ela fazia, ela criava coisas.

Ela fazia árvores, lagos, animais, estrelas... e a lua.

"- O tempo foi o meu mestre, que me ensinou a curar.

O tempo foi o meu mestre, que me ensinou a curar.

Passei três dias de bruço, debaixo do Humaitá.

Quando eu me alevantei, oh no tempo que eu tô pra curar.

Passei três dias de bruço, debaixo do Humaitá.

Quando eu me alevantei, oh no tempo que eu tô pra curar.-"

Enquanto cantava seu sorriso era grande e a tristeza fugia de tanta alegria que estava transbordando da garota.

Quanto mais feliz ficava, mais alto cantava, cantava tão alto que uma enorme bola brilhante no céu escuro acompanhado com bilhões de estrelas podia ouvir sua doce e alegre voz cantando e fazendo música em pleno luar.

Ela não percebeu mas sua pele voltou ao normal, seus olhos sem vida voltaram ao azul e seus cabelos ao branco puro novamente.

Seu show foi encerrado pelo último - O tempo foi o meu... mestre...-.

Ao olhar em volta podia ver que a escuridão havia ido embora, agora havia árvores para todo lado, estrelas preenchiam o céu escuro e a lua iluminava o ambiente com sua luz noturna.

Ela sorriu ao ver a grande lua, mas ficou séria novamente após voltar a olhar com atenção ao seu redor.

Tudo era lindo, só parecia... sem cor.

Ela caminhou um pouco parou na frente de uma árvore.

Ela olhou para a árvore por um tempo, até que imaginou como séria uma árvore.

Uma idéia brotou em sua mente e com medo de dar errado, hesitantemente tocou na árvore e de repente a árvore ficou marrom e suas folhas ficaram verdes.

As cores se espalhavam rapidamente fazendo os olhos da garota brilharem.

As árvores agora estavam marrons e verdes, a grama estava verde, os animais tinham suas cores, flores brotaram por toda a parte e uma linda arte no céu apareceu.

As árvores agora estavam marrons e verdes, a grama estava verde, os animais tinham suas cores, flores brotaram por toda a parte e uma linda arte no céu apareceu

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Ela ficou encantada com tal beleza, que nem percebeu alguém a chamando.

"Ei."

"Ei."

Quando ela procurou pela voz, não teve nenhum sucesso, olhou para cima mas só viu a lua.

Sua grandeza linda e majestosa é de fazer inveja.

Seu brilho é lindo e ilumina a noite mais sombria.

"Quem é você?" Ela ouve denovo.

Isso a pegou de surpresa, quem é ela? Ou melhor, quem sou eu?

- Eu... eu não sei. - A garota disse em voz baixa.

"Será que posso ficar com sua criação?" A voz perguntou.

- Claro, faça o que quiser, mas permita-me fazer ajustes... você sabe, para poder evoluir. - A garota disse.

"Fique a vontade em fazer o que quiser." Disse a voz.

- quem é você? - A garota perguntou.

"Você pode me chamar de 'Lua'" - disse a voz.

Elas conversaram por um tempo.

E durante essa conversa, a lua deu um presente para a garota.

Um grande caderno com capa preta com uma borda amarela, uma caneta preta e uma capa marrom escuro.

A garota vestiu a capa e perguntou do caderno, mas a Lua não disse mais nada.

Então ela teve que descobrir sozinha, ela viu uma flor branca com amarelo por dentro.

Ela olhou para o caderno e depois para a flor, então decidiu tentar desenha-la.

Mas ela não pensava que ao desenhar a flor, faria outra flor idêntica aparecer ao lado.

Meu nome é "Vita Artium", como eu sei disso? Foi por esse nome que ela passou a me chamar.

E também foi a última vez que conversamos, e isso foi a muito, muito tempo.

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AAAAAAA QUE EMOÇÃO!

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