XVI - Promessas.

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Pov Narrador.

Vita sabe que foi super idiota sair correndo, mas por algum motivo ela saiu correndo não por causa do que ela viu, e sim por causa do que ela sentiu. Um aperto no peito mais que anormal, como se seu coração estivesse prestes a ser retirado do seu lugar, por dentro.

Pensando melhor... de todas as sensações que Vita teve até agora, essa foi a pior. É como se... o pior que o universo espera, estivesse se aproximando. Algo maligno, algo que vai acabar com o universo em um piscar de olhos... e não terá piedade, nem misericórdia.

Naquela floresta a sensação aumentou, contudo, Vita não machucaria ninguém a não ser a si mesma. Ela não ligava com os possíveis machucados que receberia, novamente, contanto que seus amigos estejam bem e vivos, estaria tudo bem.

Vita caiu de joelhos na beira do mesmo lago que viu a sua imagem deformada, dessa vez não foi diferente. Enquanto olhava para a sua suposta imagem, ela pensava no seus amigos, como eles teriam ficado com sua fuga de repente?!

Provavelmente confusos e preocupados... mas, eles não tinham nada o que fazer para ajudá-la a não ser a deixar sozinha e dando-a um tempo. Isso era a única coisa que podia ser feita.

Todos os dias que Vita ficava assim, ela se perguntava: "Por que?", "Por que seu primeiro amigo tinha que ser alguém... mal...?", "Por que ela tinha que confiar em alguém como... ele?!". Tudo bem, dentre todos os humanos que nem sabiam da sua existência ele foi o único a falar com ela, sim, foi Breu que deu inicio a essa amizade.   

Ele pensou que poderia usar sua maldade para controlar Vita e usar seus poderes contra tudo, para fazer dele o Deus das Trevas. Ele até chegou a perguntar se Vita gostaria de se juntar a ele, porém, Vita tinha... tem um coração puro. Pode-se dizer que se juntassem todos os bons humanos, eles não chegariam nem perto do tão puro e misericordioso coração da nossa bela garota de cabelos... brancos.

Ela ainda se lembra daquele... maldito dia. Eu até contaria, mas é um assunto muito sensível e também pra deixar vocês na curiosidade, hehe. 

Vita chorava horrores, seu corpo certamente ficará desidratado de tanta água saindo de seus belos olhos sem vida. Trovões pararam acima dela e por alguma razão, as plantas, flores, árvores e grama começaram a... morrer. As plantas secavam até morrerem e a mesma coisa das árvores. porém com elas era um pouco pior, os galhos de madeira podre caiam rapidamente e quando os galhos caiam deixavam buracos nas árvores, as mostrando ocas e podres por dentro. Isso era mais que um mau sinal sobre o destino do universo.

Vita por um momento, parou de soluçar para ficar em silêncio... como se alguém estivesse se aproximando. Vita se sentou corretamente dado que ficou chorando de joelhos, e permaneceu de cabeça baixa enquanto tentava engolir o choro pra falar com o último ser na qual ela queria falar, naquele momento.

- Está feliz agora? - Vita perguntou com a voz chorosa e fria. - Eu não sei, acabei com a Páscoa e tudo... porém não me sinto um campeão... - Disse Breu nada surpreso de Vita saber que ele estava ali. - Já conseguiu o que queria... agora fique longe de mim! - Vita gritou com raiva mas nem se deu ao trabalho de olhar no rosto de Breu.

- Artium... não olhar no rosto de alguém enquanto conversa é falta de educação. - Breu disse debochadamente enquanto sorria satisfeito com o estado do ser mais puro de todo o universo.

Sem felicidade, sonhos ou desenhos ridículos... apenas medo, raiva e ansiedade. O combo perfeito para o desastre da humanidade.

- Desde quando tenho que ser educada pra falar com quem me machucou profundamente? - Vita perguntou novamente em um tom frio. - Ué... eu pensei que a senhorita "Criadora de tudo e todos" era educada até com quem não merecia! - Disse Breu provocando a paciência agora limitada, de Vita.

•| Um Medo Colorido.. |• A Origem dos Guardiões (Coelho da Páscoa × Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora