31.

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MAYA

Eu fiz o teste de sangue na tinha uns dias e hoje sai o resultado, na verdade, desde de manhã cedo que já saiu mas resolvi abrir apenas com a família toda reunida.

Eu ia esperar saber do resultado primeiro pra depois contar pra eles mas teve aquele rolo todo, tia Silvana ligou toda animada pra gente assim que ficou sabendo.

- Anda, menina. Abre isso logo. - tia Silvana demostrou inquietação, na verdade todos ali estavam assim, exceto eu que já imaginava o resultado negativo.

- Eu hein - ri - Vocês nasceram de sete meses né?

Eles riram e eu comecei a abrir o envelope, comecei a ler o que tava escrito e não tava entendendo nada.

- Tu sabe ler isso aí né? - Lennon perguntou desconfiado e eu neguei

- Filha, tem uma parte que fica bem destacada se deu positivo ou negativo.

Desci meu olhar pro resto da folha e vi o resultado escrito grandão, se destacando de tudo.

Fiquei estática por um tempo até sentir o Lennon tomar o papel da minha mão pra ler.

- Positivo, eu sabia. - comemorou e me abraçou, e foi ali que eu desabei - Amor, o que foi?

Neguei e apertei ele mais forte na tentativa de me acalmar. Era a primeira vez que eu me sentia traída pela minha intuição, ela nunca foi de falhar.

Todos me abraçaram e comemoraram muito, e eu só sabia chorar. Mas era um choro de felicidade, gratidão... Sentia que no meu ventre eu carregava o resultado de um amor verdadeiro.

E além disso, sentia que era uma forma da minha mãe se manter por perto fisicamente.

Ficamos na casa dos pais do Lennon a tarde toda e eu pude perceber que se depender de todos eles eu vou ser mimada durante essa gravidez toda.
Minha sogra, a avó e a tia do Lennon na estavam pensando em enxoval, quarto, roupas e outras milhares de coisas que eu nem fazia ideia do que se tratava.

- Você está feliz? - perguntei saindo do banheiro indo em direção ao closet

- Se eu tô feliz? - encostou na entrada do closet - Feliz é pouco pro que eu tô sentindo mulher. Tu sabe que meu sonho é ser pai e ter você como mãe dos meus moleques então...

Vesti uma camisola e me olhei no espelho, Lennon observava cada movimento meu. Passei a mão sob a barriga que por sinal quase não dava pra perceber, eu direi até que foi porque eu comi muito.
Saí dos meus pensamentos com Lennon me abraçando.

- Tem certeza de que cê tá com 4 meses? - concordei - Tu nem tem barriga po, como pode?

- Pode ter certeza que agora vai dar um pulo - ri - É sempre assim, quando a mulher descobre que tá grávida a barriga cresce de uma hora pra outra.

- Já tô te imaginando com o barrigão, a coisa mais linda - depositou um selinho no meu pescoço - Vamos tirar uma foto nossa.

Ele pegou o celular do bolso e me entregou,  posicionei na minha frente com uma das mãos e ele passou um braço no meu pescoço e a outra mão na minha barriga.
Como a foto não tava entregando nada demais, ele postou.

SORRISOS | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora