ㅤㅤ❛ 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐀𝐋 ❪ 🌷 ❫ + 𝟭𝟲 ₊ sejam bem vindos / 2022!
📍Boston, Massachusetts
ー Christopher Uckermann quer dar uma pausa em sua vida de CEO após perder a irmã caçula em um acidente de carro. Buscando novos ares e um pouco de relaxamento, e...
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Tudo aconteceu muito depressa. Em um segundo, eu estava tendo o meu espaço pessoal invadido por um homem que claramente não sabia o significado da palavra não. No segundo seguinte, Christopher o estava afastando de mim e lhe dando um soco no rosto. Vi ele ser golpeado também e em reflexo eu fiz menção de ir até eles para parar aquilo, porém o forte contato das mãos de Anahi conseguiram me arrastar dali por mais que eu esperneasse. Só pude ver Poncho tentando tirar Christopher de cima do outro homem ou ao menos fazê-lo parar de bater.
Eu vi uma face diferente em Christopher, alguém que eu nem sabia que estava por baixo daquele rosto doce e acalentador. Ele estava com raiva, enfurecido e cego de ódio, sem se importar em ferir outra pessoa. O meu estado final era de puro choque.
Anahi me levou até o carro e entrou no banco de trás comigo. Abracei o meu próprio corpo e senti minha respiração se acelerar.
— Ei, Dulce, acalme-se. — ela me abraçou. — Vai ficar tudo bem.
Não consegui falar nada e apenas deixei que ela me abraçasse porque me senti melhor assim. Não demorou até Poncho e Christopher saírem do lugar e caminharem até nós. Eu não podia ouvir o que Poncho dizia, mas ele estava gritando e claramente irritado.
— Me diz, Christopher! — berrou ao abrir a porta do carona para que Christopher entrasse. — Como você pretende aparecer na missa em memória da sua irmã amanhã com o rosto assim!? — perguntou depois de Christopher se acomodar no assento.
Olhei para ele pelo retrovisor e ele fez o mesmo. Eu só via a sua face acima do nariz e reparei no hematoma vermelho na parte superior da maçã do rosto. Depois de me encarar de maneira séria durante aqueles longos três segundos, Christopher desviou a sua atenção de volta para o seu amigo.
— Vai estar melhor amanhã. — falou sem tanta emoção.
— Só pode estar brincando comigo! — depois disso Poncho bateu a porta do carro e deu a volta para sentar no lugar do motorista. — Você está bem, Dulce?
Entreabri os lábios para responder, mas a minha voz não saiu.
— Ela está assustada. — Anahi respondeu por mim. — Parabéns por ser um brutamontes, Christopher.
Franzi o cenho olhando para ela.
— É sarcasmo. — explicou.
Christopher respirou tão fundo que mesmo com o carro ligado eu pude ouvir. Olhei para ele pelo retrovisor novamente e dessa vez ele não olhou de volta, estava apenas concentrado no que estava do outro lado da janela.
Chegamos ao prédio de Christopher depois de um caminho inteiro de silêncio. Anahi e Poncho fizeram questão de subir. Poncho foi até a cozinha com o Christopher preparar uma bolsa de gelo para os machucados e Anahi ficou comigo na sala.
