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🖇 | Boa leitura!

Fernando me deu o seu celular para ligar para Christopher quando chegamos ao aeroporto

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Fernando me deu o seu celular para ligar para Christopher quando chegamos ao aeroporto. O lugar era enorme, as pessoas caminhavam de um lado para o outro com muita pressa, mal parando para responder às saudações de bom dia. Nunca estive em um avião antes e nunca tive a oportunidade de descobrir como um transporte daqueles funcionava. Isso me deixou nervosa e eu precisava de Christopher para me tranquilizar.

Enquanto Fernando falava com um dos funcionários e mostrava todos os nossos documentos, eu fiquei de longe ao celular.

Alô? — ele disse ao atender.

— Ei, Christopher, sou eu.

Dulce! Você está bem? Aconteceu alguma coisa?

Eu estou bem. — sorri. — Só queria te ligar agora porque vou pegar um vôo e não sei como confiar que aquela coisa gigante não vai cair.

Ah, sim. — soltou um suspiro aliviado. — Aviões são a forma mais segura e mais rápida de viajar, não se preocupe.

Como um avião voa sendo tão pesado?

É pura física. O formato das asas e as turbinas geram impulso para subir. E os caminhos que o ar percorre por todo o avião geram diferenças de pressão que permitem o vôo. Resumindo, é a força do vento que mantém o avião no alto. Como quando você corre e os seus cabelos são jogados para trás.

Entendi. — assenti como se ele pudesse me ver. — Eu gostaria que você pudesse estar comigo nessa coisa nova.

Eu também gostaria. — lamentou. — Mas nós vamos viajar muito juntos, eu prometo. Quero que você conheça o mundo todo e que veja os lugares mais lindos.

— Tenho certeza que vai ser a melhor experiência da minha vida. — não pude deixar de sorrir ao imaginar.

— Maria, já podemos ir. — Fernando disse ao voltar a se aproximar. — Nosso vôo sai em dez minutos.

— Christopher, eu tenho que desligar. Te ligo assim que eu chegar lá.

Estarei esperando. Eu te amo.

Eu também te amo.

Depois de finalizar a ligação, devolvi o celular ao Fernando. O acompanhei até uma outra área do aeroporto onde tivemos que mostrar nossos cartões de embarque para passar. Fernando foi mais sucinto ao explicar as coisas que eu perguntava, parecia não ter tanto interesse em sanar as minhas dúvidas quanto o Christopher tinha. Mas pelo menos ele não me ignorou sobre isso, só não esteve animado em responder as minhas inúmeras perguntas.

— Quanto tempo vai demorar para chegarmos? — perguntei depois de entrarmos no avião e nos acomodarmos nos assentos.

— Algumas horas. — ele disse apenas enquanto olhava algo em seu celular.

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