Ferver

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ELENA

Com a coragem que eu não tinha, enrosquei minhas mãos na cintura da mulher à minha frente e antes de qualquer protesto, beijei-a de forma quase violenta. Estava faminta.
Fantasiei está cena por dias,- mesmo sem gostar de admitir nem em meus pensamentos- mas nada parecia tão bom quanto o que estava acontecendo.

Num primeiro momento, por causa da surpresa, Marina ficou sem reação, mas quase instantâneamente retribuiu meu beijo, e sua língua invadia minha boca ávidamente, com a mesma ferocidade que a minha. Com uma das mãos, a pirata envolveu minha cintura de volta, com a outra, segurava meu braço, me impedindo de sair do encaixe perfeito de nossos corpos. Não que eu tivesse qualquer intenção de me afastar.

Nunca mais sairia dos braços de Marina, e se o mundo acabasse agora, estaria completamente satisfeita.

Tive que parar o beijo para recuperar o fôlego, e nossas testas se encontraram. Era como se qualquer distância entre nossos corpos fosse insuportável. Quase como imãs.

Ela sorriu para mim, tão ofegante quanto eu, deixando uma risada fraca escapar, e logo depois mordendo seu lábio inferior. Era irresistível. Tirei uma das mãos de sua cintura, entrelaçando meus dedos em seu cabelo que formava cachos pequenos perfeitamente bagunçados, como sempre.

Nunca estive tão certa de algo na vida.

Ela me virou pela cintura, pondo-me contra a parede dessa vez, e fazendo pressão contra mim, me beijou de forma profunda, a lentidão propositalmente calculada para me enlouquecer atingiu seu objetivo. Marina contornou meus lábios com a língua, e aquilo estava enlouquecendo-me.

Ela se afastou e viu em meu rosto uma expressão de protesto. Sorriu, se aproximando novamente, e quando achei que me beijaria, desviou de meus lábios e sussurrou em meu ouvido:

- Quer ver algo legal?

Assenti, incapaz de negar qualquer coisa àquela mulher, e ela me puxou pela mão, adentrando no labirinto de cabines.

15 dias de Eros - SáficoOnde histórias criam vida. Descubra agora