Ferver II.

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MARINA

Abri a porta da minha cabine sem me importar se faria barulho ou não, estava ocupada pensando em como Elena ficaria com aquilo.

Bati a porta atrás de mim e olhei para a mulher. Estava perfeitamente iluminada pela luz da lua que entrava pela janela e reluzia em seus olhos escuros.

Era como a noite.

Ela olhava para minha cabine com uma expressão curiosa, observando cada detalhe. Não tinha muitas coisas, e tudo que tinha era roubado: duas rosas em uma garrafa de vidro com água (que antes tinha licor), dois livros que ainda não terminara de ler, um caderno -onde escrevo meus poemas-, uma pena e tinta. Duas mudas de roupa e a sacola de moedas que ela havia me dado.

A mulher olhou para mim. Vendo Elena levemente corada com a forma que eu a observava, não pude conter o sorriso que se formou em meus lábios. Por um momento fiquei envergonhada, o que estava fazendo?

Não tive nem tempo de pensar mais que isso, pois Elena percebera minha perplexão e decidiu tomar a iniciativa.

Andou em minha direção com olhar compenetrado, parando a menos de 5 centímetros de mim.

Inesperadamente, pegou minha mão e levou até sua cintura, e com a mão direita, passou o dedo indicador pelo meu rosto, o que me fez fechar os olhos. Quando chegou em minha boca, segurei sua mão e a beijei, deixando um rastro de beijos subindo pelo seu braço, ombro, até seu pescoço.
Elena arfava baixo, tentando se conter o máximo que pôde, mas sem sucesso.

Era quase hipnótico vê-la abrir espaço para que eu continuasse com os beijos molhados perto de sua mandíbula.

Quando parei para olhá-la, estava completamente vermelha, mas franzia o cenho para mim. Não tive tempo nem de sorrir antes que ela tomasse meus lábios de forma intensa e me atirasse contra a cama - pequena demais para duas pessoas, mas perfeita para quem não quer apenas dormir.

Nossas mãos exploravam os corpos uma da outra num movimento constante, utilizando de uma força quase selvagem que transparecia nossa urgência. Mas em determinado momento percebi que Elena tentava desvencilhar-se do seu espartilho, falhando.

Eu sei o que aconteceria, mas não era certo. Estava tão estasiada com tudo que acontecera que esqueci-me do gosto forte de álcool que tinha seus beijos.

Ela estava bêbada.

Por isso, afastei a mulher de forma gentil, e ela me olhou confusa, deitada ao meu lado.

- É o suficiente por hoje, querida. - Disse, olhando-a nos olhos e a abraçando para chegar mais perto.

- Eu fiz alguma coisa errada? - indagou, franzindo as sobrancelhas. A feição mostrava que estava preocupada. Comigo. Isso me fez sorrir, inevitavelmente.

- Claro que não, meu amor. - disse chegando mais perto dela.

- Então por quê?

Elena não fazia ideia do tamanho do meu desejo por aquilo também, mas não poderia ser daquela forma.

- Não posso fazer isso contigo enquanto não estiver sóbria, certo? Temos tempo... - vi a expressão dela mudando, demonstrando alívio. Dei um selinho pouco longo, encostando levemente meus lábios sobre os dela. - Boa noite, Elena.

Então dormimos assim, frente-a-frente, apenas de mãos dadas. Era o suficiente por hoje.

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Desculpa gente, a autora não sabe escrever uma tensão que preste KKKKK

Espero que tenham gostado mesmo assim<33

(votem no capítulo por favoooor)

15 dias de Eros - SáficoOnde histórias criam vida. Descubra agora