Desde quando conheceu Júlia, Miguel teve certeza que ela seria dele.
Porém Guilherme amigo de Miguel dava a entender que gostava de Júlia, mas era apenas como se fossem irmãos, já que foram praticamente criados juntos.
Mas como o destino também não...
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Acordo passando um pouco das 5:30hrs da manhã, até que dormi um pouco mais com Júlia agarrada a mim, com cuidado consigo me afastar sem fazer barulho para não acorda-la.
Saindo do quarto vou direto para academia, depois de aquecer e optar por dar uns socos, começo com as combinações de jab, direito, esquerdo, cruzado, enquanto dou tudo de mim, deixo todas as minhas frustrações nos golpes que dou. Termino mais relaxado e agora vou atrás do passarinho ao qual quero prender...
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Aos poucos vou tomando a consciência e percebendo que estou em um quarto que não conheço, baixo minha vista observando que não são as minhas roupas que estão em meu corpo.
— O que eu fiz? — Pergunto a mim mesma, levantando de supetão, sinto tudo rodar, nunca tinha bebido tanto ao ponto de não saber o que estava fazendo. Sento, vendo que o quarto é enorme, nas cores chocolate e branco, bastante masculino, estou sozinha e a sensação de pânico há tempos esquecido retorna com força total. Tento lembrar da frase de minha psicóloga; — Você é especial, decidida, se ama e tem amor próprio, ninguém a não ser você mesma pode se curar. Essa frase por muito tempo me ajudou, infelizmente agora esse não é o caso, olho pela janela o horizonte, buscando um ponto, para que me acalme, mas não estar resolvendo.
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Eu lembro de estar no bar depois do que ocorreu com Lewis e como Miguel me defendeu, o resto é como um borrão, com uma borracha no meio, nada claro e isso me faz tremer e a dor no meu peito aparecer, me ponho em pé, todavia o medo me faz fraquejar, a sensação de perder o controle que tanto busquei está me torturando, caio e me arrasto para o canto da parede, sem ter condição de respirar me sinto asfixiar, passando as mãos em meu peito, sinto que vou morrer e começo chorar baixinho.
