07- Vidas - ATO I

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Não era questão de confiar ou não naquele gato, apesar de Kiyoomi realmente não confiar nele. Mas a entre o escutar e escutar o diário que tinha muito mais entendimento sobre o que o rapaz sentia ou pensava, era claro que a empatia dele iria ao objeto. Kiyoomi se agradou de Kageyama e Hinata, não via motivos para deixar de falar com quem acabou de conhecer. O que aquele gato tinha contra eles de tão grande assim? 

Sakusa ignorava por enquanto as mensagens de Rintaro e de Komori no grupo ou no privado, estava ocupado demais conversando com seu novo companheiro de papel.

D;''Eles entendem você bem melhor que os outros, não escute o  gato.''

S;''Concordo. Mas vocês não deviam ser unidos? ele diz como se você e ele fossem meus.''

D;''Ele só quer chamar atenção. Não sou obrigado a concordar com tudo dele, não viu que ele prefere bem mais ele mesmo do que o bem de outra pessoa?''

Era até que verdade, Miya era um gatinho bem egocentrico e nem escondia.

S;''Ele disse que o pai acabou precisando de minha ajuda enquanto eu estava fora. Acho que vou falar com ele''

D;'' Ele falou contigo sobre o que tem sentido com toda essa mudança?''

Sakusa não escreveu nada, ficou refletindo na resposta e mudou de ideia sobre ir falar com Shin para saber se ele estava bem ou até quem sabe, se desculpar por ter ido embora sem o ajudar antes. Kiyoo pressionou a ponta da caneta na folha, mas afastou ao ouvir alguem batendo na porta. Era sua mãe.

—Querido, tudo bem? Cheguei a uns minutinhos do mercado. Seu pai disse que você saiu hoje, foi conhecer um pouco da cidade?

Sakusa fechou o caderno e o deixou ao seu lado, meio escondido. Não tinham riscos da mãe saber sobre, mas também não tinha como deixar a sorte ou azar acontecer tão fácil.

— Uhum. Como vocês ainda podem ver, não tenho mais  o que fazer des que nos mudamos, aqui não tem nehum dos meus cursos ou passa tempos fora de casa.

Hana entrou e se sentou na ponta da cama, ela sorriu com fraqueza pela reclamação do filho. Realmente, a casa e cidade nova impedia Kiyoomi de ter a vida ativa que tinha antes com os amigos, hoje ele só ficava em casa e até a vontade de desenhar estava perdendo.

— Entendi...gostou? seria bom sair, tentar conhecer alguem, quem sabe fazer amizades novas.

— A maioria dos moradores são velhos.

— Ai, alguem com seu nivel de maturidade!—Ela o deu um tapinha no ombro ao brincar, mas não teve graça nenhuma para o filho.—Estava pensando, que tal tentar arrumar uma data para os garotos te visitarem?

— Não quero saber disso agora, tenho outras coisas em mente.—Antes até iria amar a ideia, mas no momento não estava uma flor com o primo ou com Suna. 

—Outras? conheceu algo que tem interesse aqui?

— Talvez. Isso quem sabe sou eu e quem me acompanha.

O rapaz suspirou pesado, se levantando da cama para ir guardar o caderno dentro da gaveta de antes a trancando e colocando a chave no bolso. Olhou o horario no celular, já estava anoitecendo, era melhor se preparar para sair, já que não sabia quando os garotos iriam chegar. Hana o encarou realmente perdida, era como se falasse com um desconhecido.

— kiyoomi, está acontecendo algo?

— Não sei, acho que o telefone do seu trabalho está tocando, se não se importa, vou me arrumar para sair.

Sakusa saiu do quarto a deixando sozinha. Sua querida mãe realmente não tinha ideia do que aconteceu naquele quarto.

Enquanto Sakusa ia andando ao outro banheiro da casa, em seus passos lentos conseguia ouvir o baixo som de ruídos vindo das paredes, novamente aqueles pequenos sons voltaram. Ele parou, eles pararam. Voltou a andar e eles voltaram, então parou e lá estava ele sem os ouvir de novo! Era como se aquilo o seguisse, se sentia praticamente sendo espionado pelo nada. O rapaz voltou a andar e dessa vez apressado para entrar no banheiro e ir se arrumar.

Sete Vidas - SakuatsuOnde histórias criam vida. Descubra agora