11- Nossos Começos

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(Como sabem estava dando um tempo daqui, mas decidi que já era momento para voltar. <3 mals ai.)



A volta para casa foi um verdadeiro gelo e foi assim que Sakusa aprendeu como poderia calar aquele gato por dias. Miya realmente estava rancoroso e mesmo que sendo cuidado por Kiyoo por uma semana, ele não dizia nada e sempre parecia estar de cara feia, apesar de um gato não ter lá a expressividade rica de um humano.  Era simplesmente engraçado para o rapaz e estressante ao felino que teve sua dignidade tirada por um exame.

Naquele pequeno tempo Sakusa seguia os conselhos de Miya de ler aquele tal caderno que foi deixado lá, isso fazia o rapaz seguir rotinas noturnas onde ia escondido para a entrada do poço. Atsumu sempre o acompanhava por pura desconfiança dele sair por ali com o caderno que já era lei não tirar do local. Sejá lá qual era o motivo, Kiyoo preferia não atiçar a furia felina do gatinho.

 — Legal que aqui o cara diz que você era bem quieto, mas comigo você nem cala a boca, que parada é essa? me diga o segredo dele, preciso dessa paz na minha vida. 

 — Continua lendo essa porra e cala a boca, menó.  — Kiyoo riu daquela fala, se aproximando do gato que virou seu brinquedo favorito de provocações.

 — ''O diario me disse uma vez que meu companheiro tinha um pessimo humor quando humano, me pergunto se era parecido com o seu temperamento explosivo de agora.'' Veja só, eu sempre soube que você era um marginalzinho. Então quando era humano era um fugitivo? 

 — Fugitivo?! Ei, olha lá como usa essa lingua se não o gato come ela, seu mala! que papo torto é esse de marginal? eu era um anjo, ta bom?!

Um pouco de mentira nunca era ruim, era só saber dosar. 

 — Não? pensei que acabou virando gato por uma punição divina, tipo como aparece nos livros de encarnação. Ei, você ainda não me disse o que te deixou assim, até agora não li nada sobre também. 

 — Garoto, mais um pouco e eu não digo só para você acabar na mesma situação. Vamo brincar de cala a tua matraca?   

 — Os papeis estão invertendo, o que eu fiz para merecer isso? que gato mal, cuidei de você doente para ganhar  mal criação?

Miya que estava deitado na mesa, saiu rolando até ficar de costas para a direção do rapaz com quem estava conversando, ou quem sabe, numa sinceridade maior, só aturando.

─ Você podia ser menos chatinho e me dar razão as vezes. Tudo que leio nesse diário até agora tem sido como você era calado, ignorava seu antigo Dono e que era estranho. Na verdade, quem perde tanto tempo da vida escrevendo sobre um gato?

─ Não falei que o que deseja ia estar no início, se manque.

Kiyoo estreitou os olhos e usou o caderno para bater de leve na cabeça do gato que abaixou as orelhas e as manteve paradas naquela posição.

─ Mal educado.─Kiyoomi murmurou e Miya deu um pulo se virando para direção dele como se fosse atacar um passarinho.

─ Eu não estaria sendo mal educado se você não estivesse sendo tão agressivo!

─ Você é agressivo as vezes também, esqueceu?

─ Des que te vi pela primeira vez você é! Não banca de bonzinho pra cima de mim, Sakusa.

─ Você não entenderia nem se eu desenhasse, gatinho.

Sakusa fechou o diário e se levantou, parecia ir embora, mas o gato não se agradava disso. Estava começando a se cansar de um dos dois sempre ir embora quando discutiam. Ele pulou da mesa e correu para ficar na frente do garoto.

Sete Vidas - SakuatsuOnde histórias criam vida. Descubra agora