17- Reabertura

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— Miya eu entendo completamente que quer chegar o mais rápido que puder, mas eu não estou conseguindo acompanhar e olha que minhas pernas são longas!

Rintaro estava praticamente correndo na rua atrás daqueles dois gatos  que estavam levando ele para um local ainda mais desconhecido e vazio, se antes mal via pessoas, agora não via uma alma idosa na rua e apesar de ser dia, era meio...assustador para ele.

— Eu não posso perder tempo, além de ter chances desse teu gato estar nos levando para um lugar qualquer. 

— Se são os amigos de Sakusa, você devia saber onde eles ficam, não?

— Já falei que esses dois não são amigos de ninguém, eu não posso sair por ai seguindo as pessoas, já estou quase tendo um treco em estar fora da casa a deixando vazia sem proteção.

— E por que iria precisar? só tem idosos na cidade, acho meio dificil uma pessoa que reclama de dor na coluna, cometer uma invasão.

—Aqui!

Eles acabaram parando quando Amu os trouxe para a construção de uma antiga escola, velha, abandonada. O gato cinza continuou andando e os outros dois continuaram o seguindo. Rintaro olhava o local com curiosidade, não estava esperando parar num lugar daqueles por saber que era  o último onde Omi iria querer ir.

— Não acho que Sakusa iria querer pisar num lugar desses...acho que tem até bichos mortos por aqui, esse lugar fede.

— Não. Ele está aqui, sinto isso, esse lugar...tem uma energia ruim.— Miya disse quando chegaram na área externa onde ficava a quadra e o ônibus velho.

— Energia ruim? então sobre gatos verem almas é verdade? essas coisas.

— Guarde suas perguntas sem pé ou cabeça para depois...Amu está parado na frente daquele ônibus, acho que é lá onde Sakusa está.

— Certo...por mais que seja estranho.

Rintaro entrou naquela lata velha totalmente vazia, Miya e Amu entraram bem depois, correndo até os fundos onde pararam em cima de uma tampa grande, como uma entrada de porão. Suna achou aquilo uma sacada genial, era como um esconderijo perfeito, mas totalmente suspeito e que o fazia pensar que Miya tinha razão em achar que aqueles dois, sejam lá quem eram, poderiam ser um risco. Quem que ficava escondido num lugar daqueles? 

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Enquanto alguns corriam atrás de investigações e das verdades, Komori Motoya não estava aceitando a loucura do primo e de seu amigo. Apesar de voltar sozinho para a cidade, voltou em segurança e também notou que sobre o tempo...eles tinham razão. Só foi sair da cidade que estava de noite! Não eram nem uma hora da tarde quando saiu de lá e agora estava quase sete da noite. Isso o dava arrepios, desgosto em ter ido para um local tão sem sentido. Não queria pensar nisso, não queria.

Quando chegou em casa o castanho foi tomar um banho longo para esfriar a cabeça. Estava sozinho em casa quando saiu para o quarto onde se trocou e depois se sentou na cama, pegando seu notebook o colocando no colo.
Seu cachorro estava dormindo no tapete do quarto, o olhar lhe fez pensar naquele gato e tudo que ele disse. Sakusa comentou sobre achar que o caso de Kita tinha algo haver com os relatos de Miya, mas por quê?

"Não, não pense nisso Komori, vai acabar ficando louco"

Ele tentou se convencer. Porém, apenas abriu a pasta escondida de seu computador. Uma das vantagens de ter pais agentes era que Komori aprendia muito com eles, seus pais guardavam dados de algumas investigações no computador deles e Motoya invadia as pastas deles às escondidas. Conseguiu maior parte das informações do caso de Shinsuke assim.

Sete Vidas - SakuatsuOnde histórias criam vida. Descubra agora