32. Aperte o botão - pt. 3

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MANO, MAS QUE PORRA QUE TÁ ACONTECENDO???

Cara... A mão de Katsuki entrou em combustão DO NADA. Tá pegando fogo, de verdade.

E não tô falando de fogo do tipo das suas explosões. Fogo, fogo mesmo. O tipo de chamas que eu esperaria apenas do Todoroki e de mais ninguém.

Pelo berro que Bakugou dá em seguida, entendo logo que ele não estava controlando isso.

— CARALHOOO! O QUE VOCÊ FEZ?!

— Eu não fiz nada! Juro! — respondo. Estou tão assustada quanto ele.

— PORRA! TA QUEIMANDOOOO!

Bakugou esfrega a palma das mãos no gramado ao meu lado. O fogo apaga, mas vejo que parte de sua pele foi consumida pelas chamas. A cor de sua carne era esquisita, e o cheiro de churrasquinho de babaca era terrível.

A essa altura, ele já não estava mais se concentrando em me imobilizar, e acabo me sentando no gramado, perplexa demais para ter qualquer reação. Logo, o senhor Aizawa aparece do nosso lado, seguido pelo professor Mic e por vários alunos curiosos que, assim como nós, tentavam entender o que tinha acabado de acontecer ali.

— O que foi isso? — pergunta o sensei.

— A mão dele, só... Puff. Fogaréu. — eu respondo, fazendo gesto com as mãos. Como você pode perceber, quando eu estou nervosa fico burra demais para dizer qualquer coisa que exija um vocabulário maior do que uma o de uma criança de oito anos.

— Mas... Como?

— EU SEI LÁ!

— Ta ardendo. Ta ardendo pra caralho. Ta ardendo, ta ardendo, ta ardendoooo — era apenas isso que Bakugou murmurava.

Atônitos, nos olhávamos em busca de respostas, mas parecíamos estar na mesma. Ninguém estava entendendo é nada até que um anjo do céu chamado Momo Yaoyorozu surge ao nosso lado vinda da plateia.

— Com licença, professor... Acho que eu sei explicar o que aconteceu.

— O QUÊ? — nós perguntamos em uníssono.

Momo Yaoyorozu respira fundo, e imagino que ela esteja tentando decidir como esclarecer aquele mistério.

— Bem... Vocês sabem que por causa da minha individualidade eu preciso estudar muito os elementos e reações químicas, né? Pois então... — ela começa a desenvolver e, enquanto fala, ergue o braço e produz com sua individualidade dois cotonetes.

Ok, agora que eu estava mesmo perdida. Para que os cotonetes?

— Eu imagino que, como todos os que tem individualidades do tipo elétrica, o sangue da S/N tenha uma quantidade muito elevada de elétrons transmissores. Estou certa, S/N?

— Eh... bem, sim, é isso mesmo. Eu acabei de falar com Bakugou isso. Foi um doloroso experimento que eu passei aos 15 anos para ionizar meu sangue, e assim que eu desenvolvi minha individualidade... Eu já contei pra vocês. Mas, pera, o que isso tem a ver?

— Já já você vai entender... — respondeu Momo, e então ela enfiou um dos cotonetes no meu nariz.

MAS QUE PORR...

— EI! Momo, amiga, que merda é essa?!

— Pronto. Já colhi a amostra...

Ela tira o cotonete, agora todo ensanguentado, do meu nariz e pega o segundo cotonete.

— Bakugou, estende a mão, por favor? — ela pede. Não faço ideia do que ela quer com aquilo.

Ele abre a mão toda queimada, que agora está adquirindo uma coloração marrom.

Sentimentos Explosivos - UA de BNHAOnde histórias criam vida. Descubra agora