15. Não se pode apagar o passado - pt. 4

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As preparações para invadir Brasília começaram logo depois da execução do Senhor Guilhermo. Gaspar não perdia tempo.

O plano? Executar o ditador e fazer o ministério de refém. Promulgar uma nova era de um governo democrático, liderado pelo povo, a favor de todos os cidadãos, com ou sem individualidades.

Um país livre de preconceitos. Esse era o sonho.

Mas a maioria dos sonhos nunca viraria realidade.

***

— Você está pronta para amanhã? — perguntou Gaspar, enquanto eu afiava minhas adagas.

Minha parte no plano era essencial. Por causa da minha individualidade, fui escolhida para me infiltrar no Palácio do Planalto sem causar suspeitas de invasão. Desligar os sistemas de segurança usando minha eletricidade, apagar os integrantes da segurança e do exército com descargas elétricas em suas sinapses e abrir os portões para os Cascavéis.

Era muita coisa, e não ia ser fácil. Mas eu não podia estar mais ansiosa.

— Nasci pronta. — respondi.

Gaspar riu.

— Não, não. Você não nasceu pronta, S/N. Você foi criada pra isso. Não se esqueça disso. Eu investi muito em você.

Eu sorri. Ele tinha razão, eu tinha treinado muito para isso.

— E você, Gaspar? Está pronto para tomar o poder de volta pro povo?

Ele segurou minha mão e me olhou sério.

— Só se você estiver pronta para governar ao meu lado.

Eu gelei.

— Gaspar... Eu não sou uma líder. Temos que instituir eleições. Tem pessoas mais preparadas que eu para isso.

— Você será perfeita. Confie em mim.

E eu confiava. Cegamente.

Foi quando ele percebeu que eu era totalmente sua serva, e me beijou.

Hoje eu percebo como aquilo foi uma forma de manipular. Que não havia outro motivo que nos atraia se não o poder.

Mas eu ignorei toda a minha razão enquanto Gaspar me beijava e me possuía com seus braços em volta de mim.

Ele me agarrou e me levantou, me empurrando contra a parede. Soltei minhas adagas que caíram com um barulho tilintante no chão. Ele explorava partes do meu pescoço que me faziam arrepiar mais que minha eletricidade.

— Gaspar, espera... O que está fazendo?

— Se estou pronto para morrer amanhã, preciso morrer sem arrependimentos. v ele disse contra a minha pele.

— Eu não pos... — comecei, mas ele me calou com um beijo.

— Shh... Cala a boca. — ele disse em meu ouvido, e eu, como uma de suas estúpidas cascavéis, obedeci.

Não sei direito como aconteceu, mas ele me levou para o seu quarto. A ala dos administradores dos Cascavéis era grande e luxuosa, diferente dos dormitórios apertados dos soldados em que eu ficava. Eu nunca tinha estado no quarto de Gaspar, por mais próximos que fossemos.

Tudo lá indicava sua grandeza. A mais alta patente dos Cascavéis era dele, e todas as suas posses -- desde os computadores e aparelhos caros em cima da mesa, a iluminação difusa, até a luxuosa cama king size onde ele me jogou — tudo indicava seu poder.

Sentimentos Explosivos - UA de BNHAOnde histórias criam vida. Descubra agora