18. Comemoração na caverna do lago - pt. 1

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— S/N, você arrasou!!! Olha isso, acertei todas as questões! Acho que foi a primeira vez na vida que tirei nota máxima... — comemorava Denki Kaminari, que ganhava high-fives e tapinhas nos ombros dos colegas.

Estávamos no pavilhão principal, todos da 3A reunidos conferindo as notas que haviam acabado de ser postadas no portal.

— O mérito é todo de vocês. Eu só ajudei um pouquinho...

— Você ajudou pra caramba!!! — comemorou Hanta Sero, o menino-fita. — Tudo que você falou naquela revisão caiu na prova, foi incrível!

— Gentee! As notas foram ótimas! A gente tem que comemorar! Que tal festa na caverna do lago? — Mina sujeriu.

— Siim! *kero* Eu adoro a caverna do lago.  — disse Tsuyu.

— Boa ideia! Vou levar minha caixinha de som! — disse Jirou.

Todos ficaram muito animados com a ideia. Eu era a única confusa. O que era essa caverna do lago?

— Do que vocês estão falando? — perguntei.

— Ah, é! Pessoal, a S/N nunca foi lá. — lembrou Momo.

Foi então que Momo me explicou que a Caverna do Lago era simplesmente o lugar mais bonito da U.A.

Como o nome já dizia, era uma caverna com um laguinho cristalino dentro.

Inicialmente o lugar tinha sido construído para simulações de resgate em terrenos de risco, mas o lugar começou a ser usado pelos estudantes como uma piscina interna. E lá rolavam muitas festas.

— Você vai amar, S/N! — dizia Ochaco, dando pulinhos. — Venha, vou te emprestar um biquíni.

Então a festa ficou marcada para aquela tarde. Os preparativos ocorriam muito rápido. Jirou encarregada do som, montava uma playlist encantadora (e ela fez questão de incluir algumas músicas brasileiras que eu havia recomendado). Momo usava sua individualidade para confeccionar toalhas de piquenique e luzinhas pisca-pisca. Fizemos uma vaquinha para comprar os doces, salgadinhos e (não conte ao sr. Aizawa) bebida alcóolica, claro.

Devo confessar que isso foi ideia minha. Acredita que a idade para se comprar bebida no Japão é 20 anos de idade? Ah, não, se iam fazer uma festa, deixe-me ajudar com isso.

Graças a minha individualidade, eu podia manipular a visão das pessoas, através das sinapses elétricas emitidas em seu cérebro. Entrei na lojinha confiante de que eu conseguiria sair de lá com bebida com essa pequena vantagem.

— Você não vai roubar, né? — perguntou Kirishima, antes de eu sair do dormitório. — Bebida numa festa não é má ideia, mas não faça nada que um vilão faria, S/N!

Fiquei abismada. Essa era a visão que ele tinha de mim?

— Relaxa, Kiri. Não vou roubar nada. Vou comprar bebida como qualquer outro cidadão de bem. Só que, quando o caixa pedir minha identidade, só vou precisar entrar na cabeça dele um segundinho para fazer ele enxergar minha carteira de um jeito diferente. Só preciso mudar um número em sua visão. Assim, quando ele for conferir minha idade, vai achar que eu tenho 20 anos e vou poder comprar nossa bebida. Fácil. — expliquei pra ele.

Quando ele concordou, saí do dormitório como eu costumava sair em dias de missão para os Cascavéis. Estava com friozinho na barriga, mas com uma sensação de objetivo a ser comprido.

Missão: Compra de bebidas.

Dito e feito. O caixa nem suspeitou um único segundo de que estava sendo enganado. Leu minha identidade (com eu manipulando sua visão, é claro, para que ele não visse que minha verdadeira idade era de fato 18 anos) e em poucos minutos eu voltava para o centro de dormitórios da U.A., com bebida suficiente para deixar um gigante em coma.

Sentimentos Explosivos - UA de BNHAOnde histórias criam vida. Descubra agora