Capítulo 10

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Alana 🥀

Eu amava ver a felicidade do meu irmão, e já conseguia imaginar que se sentiria o homem mais feliz do mundo quando soubesse da gravidez da minha cunhada, mas tava foda de aturar tanto mel por metro quadrado.

Trabalhei o dia inteiro no meu corre, e depois fiquei jogadinha na sofá da sala assistindo televisão, enquanto o casal ficava se beijando toda vez que tinha a oportunidade.

Alana: Cara, eu vou cortar a língua de vocês fora. Que chatos! - resmunguei.

Laura riu, mas continuou abraçada com o Daniel, perto da mesa da cozinha.

D2: Eu tô indo pro treino, tu não vai mesmo? - perguntou me encarando. Eu neguei com a cabeça - Ret vai ficar puto.

Alana: Que fique. Eu não tô ligando muito.

Ouvi meu irmão respirar fundo, mas nem olhei pra ele.

Eles se beijaram mais uma vez, e quando o D2 chegou perto de mim eu chutei a bunda dele pra longe, que saiu pela porta de casa me xingando pra caralho. Foda-se. Me incomodou pra cacete, falou o que quis, e acha que pode me ter sorrindo a hora que ele quiser. Coitado, tá bem doido.

A Laura me disse que ia descansar um pouco, porque estava cansada e eu continuei ali no sofá, assistindo um filme qualquer que passava na televisão.

Depois de alguns minutos, e alguns zumbis mortos na tv, eu pulei do sofá quando ouvi a porta sendo aberta. Era seguro, nunca deixávamos trancada, mas eu achava que isso ia começar a mudar depois de perceber que o Ret não se importava com a privacidade de ninguém e saia invadindo as casas alheias por aí.

Alana: Você me ama, né? - perguntei sorrindo de lado, colocando as mãos na cintura.

Ele entrou dentro da minha sala de cara fechada como sempre.

Ret: Sete horas.

Alana: E o que tem? - me fiz de maluca.

Ret: Não paga de doida pra cima de mim. Não gosto de atraso.

Alana: Problema seu, eu não marquei nada com você.

Ret se aproximou, eu estava sentada no sofá, ele se abaixou um pouco, segurando o meu rosto com força, fazendo seus dedos apertarem as minhas bochechas, me forçando a fazer um biquinho.

Já tava casadona disso. Mania de ficar me segurando, me puxando, me apertando. Ele achava que eu era feita de massinha?

Ret: Tu tem compromisso! Já te falei que tu só vai sair quando eu decidir que tá na hora de tu piar fora!

Empurrei a mão dele pra longe, e tinha certeza que o meu rosto devia estar vermelho por conta da força que usou.

Respirei fundo e me encostei no sofá.

Alana: Por que você sempre age na agressividade comigo? - perguntei, na maior calma do mundo. Mas na verdade eu tava me controlando pra não atear fogo nele ali mesmo.

Ret: Se eu não fizer isso, tu não vai fazer o que eu quero - respondeu, cruzando os braços.

Alana: E nem tudo tem que ser como você quer. Mas a gente pode conversar e chegar em um acordo, pô! - comecei a colocar pra fora toda a minha indignação. Não queria saber dele encostando um dedo em mim - Ou tu acha que eu me sinto super confortável e confiante de estar do lado de uma pessoa que pode sentar a mão na minha cara a qualquer momento?

Lado a LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora