Capítulo 09

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Alana 🥀

Coração acelerado. Suor escorrendo pelo pescoço e as mãos tremendo. Torcendo pra não precisar puxar o gatilho, mas ciente de que se precisasse eu não poderia pensar, nem voltar atrás.

Mão firme. Queixo levantado. Ret tinha ensinado.

Nada podia dar errado!

Coloquei a toca, vendo o Deco fazer a mesma coisa. Estávamos com blusas pretas e cumpridas, para esconder as tatuagens das câmeras.

Ele me estendeu a mochila, ajeitando a pistola na cintura e me entregando outra.

Deco: Tu pega. Eu não deixo ninguém sair.

Alana: Grana ou Jóia?

Deco: Os dois. O que der.

Eu concordei.

Alana: Quanto tempo?

Deco: Um minuto, pô. No máximo dois.

Ele fez sinal com a cabeça, eu fiz um sinal da cruz antes de entrar na loja. Deco na frente, com a glock apontada logo pra cabeça da vendedora.

Tinham três ali. Ele não perdeu tempo e empurrou uma no chão, e a outra prendeu contra o seu corpo, fazendo com que não pudesse se afastar.

- Por favor, moço. Não faz nada!

Deco: Cala a boca! Cala a boca se não eu vou te encher de bala! - eu me aproximei do caixa, abrindo a gaveta e enchendo a mochila de malote - As três no chão.

Não desviei o olhar do dinheiro, até que ele estivesse todo na mochila. Mas ouvia as mulheres chorando muito, e o Deco gritando com elas.

Com a ajuda da arma eu quebrei a vidraça onde haviam algumas peças de ouro e muitas pedras, e fui colocando todas elas dentro da mochila.

Deco: Bora. Bora! - ouvi sua voz me apressando.

Terminei de jogar o último colar na mochila, e percebi que o meu pulso sangrava pra caramba por conta dos cacos de vidro que haviam entrado, quando eu quebrei o vidraça. Tava ardendo muito. Mas eu estava anestesiada pela adrenalina, e nada me importou no momento em que ele me puxou pra fora, e a gente correu até a sua moto.

Deco subiu, e eu subi em seguida, agarrando a cintura dele.

Duzentos por hora de volta pro morro, e graças a Deus não teve perseguição nenhuma.

Quando a gente entrou eu joguei a touca pra longe, respirando fundo e sentindo a tensão ir embora do meu corpo.

Ele só parou quando a gente chegou em frente a casa dele. Eu desci da moto primeiro, sentindo as minhas pernas bambearem. Não era por nada não, só por ter relaxado depois de tanta loucura.

Deco desceu da moto gargalhando, e me puxou pela mochila pra dentro da casa.

Deco: Tu é foda, Alana! Porra!

Joguei a mochila encima do sofá e vi que ele abriu, começando a contar as notas que haviam ali. Eu fui até a cozinha, e enfiei o meu pulso embaixo da água gelada.

Lado a LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora