Capítulo 11

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Filipe 🃏

Entrei no galpão de volta, junto com a Alana, e não tinha ninguém trabalhando por ali. Rato, Salvador e o D2 estavam sentados no sofá, jogando conversa fora. Já fechei a cara maneiro pra eles, mas nem me deram moral. Fui completamente ignorando quando a criança apareceu e eles sorriram pra ela.

Rato: Tu voltou, Alana! - ele estendeu a mão pra fazer um toque com ela - Sabia que tu não ia ficar de fora.

Alana: O Ret disse que vocês precisavam de mim pra dar certo, então... - deu de ombros.

Eu fiz uma careta, tentando me lembrar onde e quando eu tinha falado aquilo. Até abri a boca pra reclamar, mas o meu irmão negou com a cabeça, fazendo sinal pra mim.

Rato: Suave, meu parceiro. Todo mundo tá ligado que tu não falou isso.

Ret: Eu não falei mesmo! - meti cara feia pra ela, mas só recebi uma risadinha em troca.

A criança virou as costas pra mim, indo fazer cena pro meu irmão.

Alana: Caraca, Mickey, você não coloca fé em mim?!

Mickey. Criança do caralho.

Ret: Por que ninguém te fazendo nada aqui? Tá tudo mundo no dez, mira em dia, físico em dia? Ninguém tem uma fortuna pra roubar? - perguntei, vendo a cara de cu deles.

Alana: Olha o que eu ganhei - falou, me ignorando legal e tirando a HK da cintura e beijando o cano da arma, pra mostrar pros moleques - Meu bebê!

D2: Que isso?

Alana: Uma flor - respondeu com ironia.

Salvador: Ta fraquinha hein, filhona. Quero ver quem vai ser doido de se meter contigo agora.

Alana: Vai ser só tey tey e pow pow!

Cheguei perto dela, puxando uma mecha do cabelo. Mas a Alana fechou a cara, e me olhou puta.

Pô, eu nem tinha feito na maldade. Era só na brincadeira mermo.

Alana: Por favor, para com isso! - bateu o pé no chão, cruzando os braços.

Ret: Mas era brincadeira. Não fiz na maldade - respondi na calmaria, sem entender o surto.

Alana: Não? - pareceu surpresa, mas eu dei de ombros, vendo ela franzir o cenho com dúvida - Estranho.

Salvador: Que que tá rolando? - perguntou com a voz baixa pro Rato, mas todo mundo ouviu.

Ret: Cuida da tua vida.

Salvador: Falei nada não - jogou as mãos pro ar, e saiu do sofá, arrastando a Alana pelo braço, até o alvo.

Eles começaram a treinar a mira, um do lado do outro, e o Rato pegou o computador dele, continuando no sofá.

D2: Tu que deu? - perguntou, olhando pra mim.

Ret: Dei o que? - paguei de maluco, jogando minha jaqueta encima do sofá.

D2: A peça pra Alana.

Lado a LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora