Capítulo 69

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Filipe 🃏

Ver a Alana com os meus próprios olhos tinha me deixado mais calmo. Mas agora tinha mais uma preocupação na cabeça. Minha mãe falou que a rabugenta tava querendo chegar no mundão antes da hora, então a minha mulher tava precisando se cuidar três vezes mais.

Eu fiquei na paz, agarrado com a gostosa, que até grávida ficava gostosa, enquanto matava a saudade da minha família, mas sem me soltar dela por nem um minuto.

Ret: Teu menor é parecido com a mãe - apontei pro Salvador que segurava o Renan no colo - Graças a Deus, né Kelly.

A garota era meneirona, merma fita. Tomara que o Gabriel sossegasse de vez com ela e parasse de sair pegando todo mundo.

Salvador: Meu menor é gatão. Reizão. Cachorrão - ele riu, beijando a bochecha do molequinho - Fala pro teu tio que tu vai dar trabalho. Né, papai?

Eu fiz careta, negando com a cabeça.

Maior felicidade de ver ele todo bestão pelo filho. O cara sempre foi sozinho. Era ele e a Alana pra todo canto, e ver que ele tava construindo a própria família era uma parada maneira.

Alana: Você acha que é o Renan que vai dar trabalho? Olha a cara de safado do Luquinhas. Eu nem sei quem vai ser pior.

Eu fechei os olhos, encostando a minha cabeça no sofá. A Alana brincava com os meus dedos, porque o meu braço estava envolta do corpo dela, e nossas mãos entrelaças.

Ret: Eu digo que o pior ainda está por vir.

Minha pirralha ia ser foda. Eu já tava sentindo a dor de cabeça chegar antes dela.

A minha mulher soltou uma risadinha, beijando o meu braço.

Viviane: E eu vou falar que é bem feito. Por todo o estresse que vocês dois já fizeram todo mundo viver. Vocês vão sentir um pouquinho do que a gente sente.

Alana: Credo, Vivi. Achei que você me amasse.

Ret: Vovózona mil grau - gastei ela, abrindo os olhos - Fica fazendo graça que eu te deixo longe da pirralha.

Minha mãe fechou a cara e apontou um dedo na minha direção.

Viviane: Se manca, vai escolher um nome pra tua filha e para de chamar ela de pirralha.

Ret: Pô, lá dentro da cela eu tinha mais paz do que aqui contigo, Viviane.

Viviane: Vou roubar tua filha pra mim e me mudar de país, pra te dar um pouco de paz.

Alana: Que horror - vi ela fazer careta, e colocar a mão na barriga - Ela quer ficar comigo. Ela já disse.

Kelly: Tava chapada, amiga? - perguntou, segurando o riso.

Alana: Não fumo mais - choramingou - Minha médica não deixa.

Salvador: Tiração. Eu deixo. Pode fumar, feia.

Ret: E tu tem que deixar alguma parada? Cuida do teu, meu chapa - me meti, olhando sério pra ele.

Se a médica tinha mandado, então não era pra ela fazer.

Rato: E o Ret putão voltou.

D2: A dor de cabeça pra todos nós - ele chutou a minha perna, e eu mandei o dedo do meio pra ele - Tu fez falta, arrombado.

Ret: Só não chora - gastei.

A Alana colocou a mão na minha coxa e aproximou a boca do meu ouvido.

Alana: Eu sei que você quer ficar com eles. Mas eu tô cansada, e com um pouquinho de dor nas costas, acho que vou pra casa, tá bom?

Eu fiquei de pé, esticando a minha mão pra ajudar ela a se levantar.

Ret: Vou junto contigo.

A gente se despediu do restante da família, e eu fui dirigindo no meu carro, que a Alana tinha roubado, até a nossa casa.

Maior sensação de paz entrando ali. Papo reto. Eu só queria o meu canto, e a minha mulher, então nem fiquei mal de ter que me afastar dos aliados. Ia ter outras milhares de oportunidades de ficar com eles de novo.

Tudo continuava do jeito que estava quando eu tinha saído, até porque, dois meses não é muito tempo pra quem está do lado de fora. Mas só quem passa lá dentro sabe que parecem três anos.

A Alana sentou no sofá, e tentou tirar o tênis que usava com as mãos, mas a barriga estava impedindo que ela conseguisse, eu só consegui rir e me aproximei pra ajudar ela a tirar o sapato.

A gente foi até o quarto e eu me desfiz da minha roupa, chamando ela pra tomar um banho junto comigo, antes de se deitar. Alana veio, e a gente ficou de chamego embaixo do chuveiro, e ainda rolou aquele amor gostosinho só pra matar um pouco da saudade, e na maior calma e tranquilidade, porque tinha todo os problemas da pirralha lá.

Depois a gente foi pra cama, e ela já tava querendo de novo. Eu também, pô. Então só rolou uma chupada aqui, outra ali. Mas o bagulho tava ficando empolgado demais e eu já tava vendo que não ia conseguir me manter tão tranquilo dessa vez, então sai do quarto e fumei um beck maneiro, pra não deixar ela na vontade.

Quando voltei, ela assistia alguma parada na televisão, mas desligou assim que eu deitei ao seu lado.

Alana: Eu queria saber se você quer escolher o nome da menina junto comigo - falou, toda sem jeito.

Eu tirei a cabeça do meu travesseiro e puxei ela pra um beijo. Alana retribuiu de cara, ficando molinha dos meus braços.

Ret: Bárbara.

Ela afastou o rosto do meu, piscando algumas vezes.

Alana: Você já pensou nisso?

Assenti, confessando.

Ret: Andei pensando.

Alana: Eu gosto de Bárbara - ela tocou a própria barriga - Acho que combina.

Ret: Eu... gosto também.

Ela deu um cutucão na própria barriga.

Alana: Você gosta? - eu soltei uma risada, e a minha mulher me olhou emburrada - Para, não ri. A médica falou que ela escuta.

Ret: Ela não vai escutar nada, porque agora tá na hora de dormir - abracei a Alana, me acomodando melhor com o rosto no pescoço dela - Te amo, criança.

Alana: Amo você, Filipe. Tô feliz de ter você de volta - murmurou, passando as unhas pelo meu braço - A gente gosta um pouquinho de você também, Babi. Agora fica parada e me deixa dormir.

Eu ri e coloquei a minha mão na barriga dela. A garota começou com a palhaçada e parou de se mexer.

Ret: Ela nem gosta de mim, pô. Eu escolhi teu nome, pirralha. Me respeita!

Desisti quando vi que a garota não tava afim de trocar um papo comigo, e fui dormir boladão.

Se ela aparecesse no meu sonho ia ser poucas, eu ia quebrar todas as bonecas dela.

Lado a LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora