3. The first talk

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Park JiMin ou melhor, garoto de ouro. Assim ele era conhecido onde morava, por todos os feitos caridosos para com os outros. Seus pais? Só tinham orgulho, por seu belo comportamento perante todos os frequentadores da igreja e os mais necessitados. Park ChungHee e Park MinHee só sabiam falar de seu filho, o que JiMin mais odiava em todo o mundo. Ele só queria viver sua vida, sem ter que fingir ser alguém que não era.

    JiMin odiava ir à igreja, odiava vestir cardigans, suéteres e roupas fechadas, odiava ter que fingir ser ingênuo a ponto de perguntarem sobre seu cio e ele dizer que não sabia o que era aquilo. JiMin odiava ainda mais ter que mentir para agradar seus pais, principalmente sua mãe, que o tinha como um deus. O Park nunca seria como eles, não iria viver dentro da igreja fingindo ser perfeito, afinal, seus pais estavam longe da perfeição.

    A família Park era vista como exemplo de família feliz e perfeita, algo que JiMin odiava ouvir. Seus pais se gabavam de ter o melhor filho do mundo. Um filho ômega tão puro que só saberia sobre o pecado quando se casasse e com pecado eles querem dizer sexo, coito, cópula, acasalamento, copulação. Tudo o que está relacionado ao ato sexual em si.

    Mas o que eles nem imaginavam, era que seu pequeno garoto de ouro, era na verdade o melhor stripper da LUST, uma casa noturna onde alfas pagavam para assistir shows de outros alfas, betas e principalmente ômegas. JiMin era conhecido pelo apelido de Kitty, o ômega mais sensual do local, o ômega que deixava todos os alfas loucos por seus movimentos e sobretudo seu delicioso aroma de morango. Ele adorava toda a atenção que recebia, mas com toda certeza, o dinheiro era o que mais fazia seus olhinhos brilharem.

    Para conseguir sair de casa durante a noite, ele disse aos pais que trabalha em um mercadinho 24 horas. Seus pais ingênuos apoiaram a iniciativa do filho de encontrar um pequeno trabalho que desse algum "dinheirinho".

Patéticos.

Isso que sempre passava na cabeça de JiMin ao olhar para seus pais e ver que acreditavam em tudo o que o filho dizia. Mas por um lado era bom, ele faz tudo o que quiser e seus pais jamais desconfiaram, como por exemplo, seus piercings e tatuagem. JiMin os fez durante a noite enquanto estava em seu "trabalho" no tal mercadinho, seus pais até hoje, três anos depois, não desconfiam que ele tem seu corpo corrompido, a mesma coisa em relação ao sexo, eles não desconfiam que JiMin não tem mais sua pureza intacta.

Apesar de alguns aspectos, sua convivência com os pais era boa, não tinha o que reclamar, já que eles davam tudo o que JiMin precisava. Até mesmo quando decidiu não fazer faculdade, os pais o apoiaram, disseram até que seria melhor, assim o filho poderia participar ainda mais das tarefas da igreja, algo que não agradou o loiro, mas que concordou com falso entusiasmo.

TaeHyung, seu melhor amigo e cúmplice nos finais de semana, adorava quando JiMin contava tudo o que aconteceu na noite. Ele se imaginava um dia entrando em um lugar como aquele e se atracando com o primeiro alfa que encontrasse lá. Bom, era seu maior desejo, mas ter a coragem para fazer isso era outra história.

— Como assim tinha um alfa novo lá e você não falou com ele? — TaeHyung sentou na cama de JiMin e cruzou as pernas, apoiando o travesseiro nelas — Finalmente um novo atrativo pra você e você deixa escapar assim? Quem é você e o que fez com meu amigo?

— Não é bem assim — Ele riu e deitou a cabeça no travesseiro entre as pernas do amigo — Ele era... sei lá... diferente de todos os outros alfas.

— Diferente bom?

— Diferente muito bom — JiMin sorriu — Aquele olhar... era como se ele pudesse penetrar aquele olhar na minha alma. Sua dominância exalava por todo o lugar, eu fiquei todo arrepiado, mas consigo disfarçar bem, acho que ninguém reparou.

LUST - A luxúria em seus olhos || JIKOOK ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora