LUST - A luxúria em seus olhos || JIKOOK ABO

27. The shine of a star

Este capítulo contém cenas explicítas

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Já era noite quando Marion recebeu em sua casa uma Jenna assustada, chorando e pedindo perdão. Sua primeira atitude foi tentar acalmar a ômega de todas as formas. Primeiro abraçou a outra, lhe ofereceu um lugar para sentar e foi para a cozinha preparar um chá de camomila, sempre dizendo que tudo ficaria bem.

Jenna tinha esperado a noite cair para sair de seu apartamento e então tomou um carro de aplicativo para chegar até a casa de sua chefe. Durante todo o percurso ia conferindo as notícias, para saber sobre Han, mas até agora nada sobre a prisão havia sido divulgada. Chegou a se perguntar se a polícia tinha o encontrado ou ele havia conseguido fugir. Isso até fazia sentido, pois ainda não tinham ido atrás dela. Era isso ou Han não havia dito nada sobre ela ter sido quem planejou tudo, mas duvidava muito dessa possibilidade depois da noite anterior. Se ele tivesse caído, iria querer levar ela junto.

De qualquer forma, apagou todas as suas conversas do celular e não tentaria mais entrar em contato com o alfa. De agora em diante estava sozinha e teria que se proteger como conseguisse.

Ainda no celular, chamou sua atenção uma postagem de JiMin em sua rede social há alguns minutos atrás, uma foto com JungKook e seus amigos ricos em uma mansão e a legenda "Não tememos por o que não cometemos". Não era possível que os principais denunciados estivessem festejando enquanto ela, que nem na mídia apareceu, tinha que sair a noite como um rato. Como podia Jimin ter tanta sorte e ela ser tão azarada? Era muito injusto tudo isso.

Quando Marion a recebeu, se esforçou ao máximo para parecer mais inocente e arrependida possível. Agora sua única saída era convencer a todos de que havia sido forçada a participar da "vingança" de Han contra a boate ou então seria presa como cúmplice. Infelizmente ou não, o alfa teria que pagar o preço maior pelo crime. Não seria difícil que o culpassem, visto que não seria a primeira vez que iria preso. Ela só precisaria convencer a todos e seguir com sua palavra até o fim. E de todos, Marion era a pessoa mais importante a convencer a ficar ao seu lado.

Ao voltar, a beta lhe deu a xícara com chá e se sentou ao seu lado. Marion teve toda a paciência do mundo. Não quis fazer de cara todas as perguntas que tinha em mente. Esperava Jenna tomar seu chá demoradamente, em silêncio, vez ou outra soltando um suspiro longo ou enxugando os olhos com as costas das mãos, sempre de cabeça baixa. Só quando o chá acabou, que o silêncio foi quebrado.

— Precisa de mais, querida? — perguntou Marion.

— Não, obrigada — respondeu a ômega, mostrando um fraco sorriso.

— Tudo bem.

Marion colocou a xícara sobre a mesinha e aguardou ter algumas respostas, explicações, mas Jenna não disse nada.

— Jenna, poderia me explicar melhor o que está acontecendo? Eu estou muito confusa. Você disse no telefone que o seu ex namorado te obrigou a fazer isso para se vingar? É isso mesmo?

— Sim — respondeu com a voz quase inaudível e chorosa — Ele veio atrás de mim e me ameaçou... Disse que queria se vingar e que eu iria ajudar ou iria acabar comigo.

— Ele ameaçou acabar com a sua vida? — perguntou Marion retoricamente e prosseguiu com calma — Jenna, você deveria ter avisado a polícia sobre isso ou avisado algum de nós. Não precisava ter ajudado ele com isso. Quase fomos todos presos...

Na opinião de Marion, isso poderia ter sido evitado facilmente se a ômega tivesse pedido ajuda. Não entendia porque se sujeitou a ir até o fim, sendo tão submissa a Han. Não havia pensado no estrago que iria causar?