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Lili Reinhart

Hart me puxou para um lugar afastado do salão de festas, onde ninguém poderia ouvir seja lá o que ele queria me dizer. Quando ele disse que conhecia o Cole e que tinha más notícias para mim, eu vi que teria que lidar com algum problema dos grandes. Dependendo do que ele me dissesse, eu poderia lhe contar a verdade e torcer que ele me apoiasse, mesmo que Hart odiasse mentir para a família.

— Sabe o cara que me deu um soco no strip club? — perguntou ele.

— O que tem ele?

— É o seu namorado. Foi com o Cole que eu briguei!

Fiquei quieta pelos próximos segundos, raciocinando para dar uma boa resposta, algo que não me metesse em uma enrascada, talvez um jeito de contornar a situação sem me fazer parecer uma trouxa.

— Isso é uma pena, mas eu não vejo problema em ir a strip clubs. Eu acho bem divertido, na verdade.

— Você está me zoando, não está? — franziu o cenho. — Seu namorado estava enfiando a língua dele na boca da prostituta que eu ia contratar! Entendeu? Ele trai você!

Outro momento meu de silêncio e dessa vez eu não estava pensando no que dizer, mas estava tentando entender o misto de sensações incômodas que explodiram em meu peito. Eu estava verdadeiramente magoada com o que ouvi, mesmo sabendo que não deveria, porque eu e Cole não tínhamos nada sério de verdade.

— Lili, diz alguma coisa. — Hart pediu.

Continuei quieta, olhando para ele sem conseguir demonstrar nenhuma emoção.

— Se você quiser, eu vou até ele agora mesmo e o expulso daqui. Vocês nem precisam se falar. — ofereceu.

— Não. Não. — voltei a mim, balançando minha cabeça negativamente. — Eu vou te contar uma coisa, mas você tem que me prometer que não vai me julgar e que vai ajudar a manter isso.

— Pode falar.

— Eu e o Cole não estamos juntos de verdade. Quer dizer, a gente se diverte, fica eventualmente, entendeu? Mas o que nós temos não é sério. Para todos os efeitos, estamos solteiros. Então se ele queria pegar a sua prostituta, eu não tenho o direito de ficar chateada.

Não tenho o direito, mas estou?

— E por que diabos ele está sendo apresentado à família como seu namorado? — pareceu chocado.

— Eu estou prestes a dar um passo a mais na minha carreira e eu preciso de foco total, preciso do máximo de confiança possível e infelizmente, Hart, o destino me presenteou com uma mãe que parece bem empenhada na missão de abalar qualquer autoestima que eu venha a ter. Não quero que ela estrague isso, porque se ela me criticar eu vou me desestabilizar.

— Uma terapia familiar resolveria isso.

— Eu já tentei, ela não faz terapia porque se acha perfeita e eu estou cansada de discordar dela e ter que ouvir um dos seus monólogos eternos.

— Mas tinha que ser com esse cara? — fez careta.

— Eu sei que vocês brigaram, mas foi só isso, uma briga de bar. Cole é um cara legal e ele está aqui me ajudando, o que é mais do que ele já se propôs a fazer por mim um dia. E eu sei que você acha isso uma péssima ideia, mas eu sei o que estou fazendo. Se eu colocasse qualquer outro cara pra fingir ser o meu namorado, não iria dar certo.

— Se a bomba explodir, eu te seguro. — sorriu de canto. — E eu vou tentar não mandar o seu namorado ir se foder enquanto estivermos aqui.

— Eu ficaria muito grata. — sorri. — Agora nós podemos...

Enemies with Benefits ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora