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Lili Reinhart

A vida depois de Cole tinha tudo para ser um punhado de situações corriqueiras, monótonas e tediosas, mas eu não permiti que isso acontecesse. Sim, essa era a primeira vez na vida que eu tinha sentimentos por alguém e as pessoas não costumavam lidar bem com suas primeiras desilusões amorosas. Mas ao invés de seguir o que era socialmente esperado, eu me permiti ir por um caminho mais agradável para mim, ignorando totalmente o vício humano em sofrimento.

Eu e minha mãe fizemos diversas coisas juntas naquela semana, desde ir ao spa até fazer compras no supermercado. Era como se fôssemos melhores amigas numa amizade que consistia em não conseguir dar um passo fora de casa sem estar na companhia da outra. Não pude evitar imaginar como teria sido a minha adolescência se a minha mãe fosse assim antes. Com certeza eu seria muito mais segura comigo mesma.

No domingo, nós fomos até a praia e ela riu de mim por exagerar no protetor solar, mesmo eu repetindo que era branca demais e que queria evitar uma insolação. Foi um dia divertido, onde eu tive que lidar com a vergonha alheia – porém engraçada – de lidar com homens flertando com a minha mãe. Ela não estava brincando em todas as vezes que dizia ainda chamar a atenção com a sua aparência.

Os dias eram divertidos e eu não pensava muito em Cole. Mas à noite as coisas eram mais difíceis. Estar sozinha em casa no escuro do meu quarto parecia ser o pior cenário possível para alguém com um coração partido. Eu me sentia como uma adolescente dramática esperando chegar a hora de dormir para chorar compulsivamente até formar uma mancha de lágrimas na fronha do travesseiro. Foi pior quando, no domingo, eu resolvi checar as redes sociais dele e notei que ele havia parado de me seguir. Em resposta a isso, eu arquivei o post que havia feito com ele em meu feed e retribuí o unfollow.

Laços definitivamente cortados.

Agora eu só precisava dormir logo e acordar cedo para a primeira aula de pole dance com a minha mãe, Madelaine e Camila. Sim, nós iríamos fazer isso e apesar da minha timidez, eu imaginava que seria no mínimo engraçado.

Foi muito mais engraçado para mim, que demorei a pegar o jeito. Fiquei impressionada com a facilidade em que a minha mãe estava fazendo aquilo, enquanto eu suava e ofegava como uma porca em trabalho de parto. Madelaine e Camila também se mostraram habilidosas, o que não era nenhuma surpresa, já que as duas dançavam muito bem.

Depois de muita ajuda e palavras de apoio, eu consegui pegar o jeito e fiz alguns movimentos simples, dentro do limite do meu medo em escorregar do poste e bater a cabeça no chão.

— Você foi bem, Lili Pauline. — minha mãe disse depois de me entregar uma toalha de rosto.

— Jura? — ri sem humor, enxugando minha testa. — Acho que eu nunca estimulei tantos músculos ao mesmo tempo.

— Sério? — Camila, que estava ao meu lado, franziu o cenho. — Nem quando você e o Co...

— Cami! — Mads a repreendeu com uma cotovelada.

— Eu só estava brincando. — a morena explicou.

— Tudo bem. — dei risada. — A gente pode ir comer alguma coisa agora?

— Só se for algo leve. — Amy deixou claro. — As gordurinhas que eu perdi vão continuar longe de mim.

Saímos da área de dança da academia e passamos pela área de musculação.

— Quantas possibilidades por aqui, uh? — minha mãe sussurrou para mim, referindo-se aos rapazes sarados malhando.

— Eu acho que eu nunca vou me acostumar com isso. — falei ao sentir minhas bochechas esquentarem.

Enemies with Benefits ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora