Cole Sprouse
Aquela noite com a Lili foi como descarregar um peso imensurável das minhas costas. Ao invés de tristeza, tudo o que eu fiz foi ficar imerso em pensamentos sobre o quanto eu estava mudando ultimamente. Foi difícil ter que admitir que eu estava diferente, mas agora era fácil para mim enxergar isso. E ainda bem que eu estava mudando, porque eu me sentia muito melhor e passava menos tempo estressado comigo mesmo.
Olhei para Lili e a observei dormindo logo depois que nós acabamos de transar. Não me admirava o fato de ela ter ficado tão exausta, eu realmente exigi muito dela.
Como era de costume, eu fiquei de pé e procurei as minhas roupas, me dando conta de que elas estavam espalhadas pelo apartamento e a única peça no quarto era a minha cueca. Vesti e olhei novamente para Lili, parando um pouco para observá-la melhor. E como já havia acontecido outras vezes, aquela vontade de ficar me atingiu.
O celular de Lili, que estava sobre a mesinha de cabeceira, vibrou e eu dei uma breve olhada involuntária.
"Nova mensagem de Mel R."
Bufei e sentei na cadeira que estava ao lado da janela. Eu sabia que seria inevitável trombar com a Melanie por aí, mesmo que Lili tivesse prometido que não me pediria mais para fingir ser o seu namorado. A questão era que eu vi nos olhos da minha mãe que ela queria me dizer algo e que em breve me procuraria. Eu só não gostaria que ela importunasse a Lili com essa história, porque assim como eu, Lili era só uma coadjuvante que não fazia ideia dos detalhes principais e não tinha que lidar com isso.
Fiquei horas ali sentado, pensando sobre tudo e me deixando absorto nas minhas preocupações. Eu tinha que contar ao meu pai, mas como eu faria isso? Quais seriam as melhores palavras? De forma consciente ou não, eu acabei ficando no apartamento de Lili mais tempo do que o pretendido, mais do que as nossas regras permitiam.
Ela começou a se mexer e espreguiçar até abrir seus olhos, deixando-os cerrados pelo sono. Lili pareceu confusa ao olhar para mim e demorou alguns segundos até raciocinar e dizer alguma coisa.
— Que horas são?
— Três ou quatro da manhã...? — falei um pouco incerto.
Ela sentou na cama, o lençol cobrindo sua nudez.
— Você está bem?
— Em parte. — dei de ombros. — Ah... Lili?
— Sim?
— Eu posso... — pigarreei. — Posso dormir aqui?
Lili arqueou as sobrancelhas em surpresa, mas assentiu positivamente.
Levantei da cadeira, fui até a cama e deitei ao seu lado, de frente para ela. Ficamos encarando um ao outro, perto demais, porém sem nos tocarmos. Aos poucos, Lili tornou a fechar seus olhos devagar de forma sonolenta. A observei por mais alguns minutos até entornar seu corpo com um dos braços e trazê-la para perto, apoiando o meu queixo no topo de sua cabeça. De forma instantânea, ela me abraçou e se aconchegou em meu peito.
Meu sono chegou muito rápido, o que foi surpreendente dado o tempo que eu fiquei apenas pensando sobre a vida, quase deixando a insônia tomar conta dos meus sentidos.
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Enemies with Benefits ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
FanfictionO colegial foi a pior fase para Lili, que era um clichê perfeito da nerd com poucos ou nenhum amigo que vivia sendo alvo de bullying. E o grande responsável por seus piores momentos era Cole Sprouse, o clichê do bad boy popular. Não, ele não era cap...