capítulo 18: segunda parte

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Aura (Temari)

Monótono.

Era o que via todos os dias.

Seu corpo se recusava a sair da cama, se recusava a comer algo, a beber água, ele se recusava a viver.

Na maior parte do tempo ficava deitado com os braços em seus olhos, durante 24 hrs levantava pouquíssimas vezes, e quando levantava comia apenas enlatados.

Ninguém ousava ajudá-lo.

Que dor!

- Até quando ficará olhando esse cadáver humano?

Ouço a voz da minha irmã, e reviro os olhos.

- Ele não está morto, eu já disse!

Suspiro fundo ainda olhando fixamente para a minha bolinha "mágica".

- Não está se mexendo, logo está morto!

Revirei meus olhos a ignorando.

- Qual é? Quione!

Minha irmã sorriu e se jogou em minha cama.

- Aura, desencana desse humano, tem tantos gatinhos com tantos poderes místicos, e você quer um que o poder dele é basicamente mentir e enganar os seres vivos?

Penso um pouco.

- Bom, para ser um bom mentiroso precisa de vocação, e os que eu conheci não eram de mentir.

Quione se aproximou de mim em passos lentos.

- Já que é assim!

Quione começa a moldar o gelo e formando um pequeno boneco de neve no formato do Shikamaru.

- Quando sentir falta dele, olhe para o boneco, não fica o dia inteiro olhando ele deitado na cama, é mais deprimente do que ficar na cama.

Peguei o boneco e sorri.

- O deusa da neve, eu agradeço, principalmente por estar me deixando ficar aqui em seu reino, Boreas queria me prender em sua caverna por desobediência.

Quione sorriu e me abraçou.

- Não seja tão ruim com o papai, e você teve muita sorte que não foi pega, Sátiro está cada vez mais hábil... Infelizmente algumas não estão tendo tanta sorte quanto você.

E pensar que graças ao meu pai eu não fui pega.

- Ele foi fácil de enganar, mas os guarda do Boreas, se não fosse o Shikamaru eu estaria ferrada.

Comentei.

- Papai pegou leve com você, vamos concordar.

- Quione! Eu não sou uma criança, eu tenho milhares de anos, por que eu seria condenada por fazer o que eu quero?

Perguntei.

- Códico 20888 das ninfas: nunca, jamais, tenha contato com humanos.

Pensei um pouco.

- Não vamos olhar para esse lado, não é?

Sorri e minha irmã revirou os olhos.

- Vamos sim, agora levanta dessa cadeira e deixa esse cara aí jogado na cama.

Quione saiu e me deixou sozinha.

Toquei a pequena bola de gelo com meu dedo indicador, fechei meus olhos e sussurrei.

Pequena brisa gelada, acalme o pobre coração partido.

Abrir meus olhos e continuei observando, a cortina de seu quarto balançou e seu corpo se moveu, queria poder transportar coisas... Mas infelizmente somente o vento eu controlo.

Sorri de lado observando fechar as janelas, seu quarto estava uma bagunça, e ver ele aos poucos começando a guardar algumas coisas me animou.

Sempre que mando uma pequena brisa, ele faz alguma coisa, queira poder mandar mais, mas não posso interferir no seu mundo quando vivo no meu.

Autora: decidi juntar a continuação dessa fanfic

Invasora do meu mundo (Shikatema)Onde histórias criam vida. Descubra agora