capitulo 20: reencontro

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Aura (Temari)

Uma coisa que aprendi ao longo de minha vida, é que devemos ser eternamente gratos com as nossas memórias.

Principalmente quando são memórias que te faz evoluir, ou memórias que fazem aquele dia em específico ficar inesquecível.

Porém, eu não queria ser grata pelo o que eu vivi com o Shikamaru, por mais que eu fosse totalmente, a minha lamentação sobre o fato de que tudo acabou é bem maior.

Não consigo ficar feliz pelo o que vivemos sabendo que jamais voltaríamos a ter o que tínhamos.

Eu queria ficar feliz pelo o que aconteceu, mas lamentar me parece ser mais justo.

Movimento meu dedo fazendo o vento levantar uma leve onda no grande lago.

Sorri abertamente e vou o moldando e com a água vai ganhando forma e se torna um coração.

— Aura está apaixona? É isso mesmo?

A água volta ao lago.

— O que você acha?

O respondo ainda olhando para o lago.

— A para né? Eu te conheço há séculos, você nunca se apaixonou.

Sorri de lado e me deixei sobre a grama verde.

— Descobri o meu tipo.

O respondo.

— E qual seria?

Pergunta.

— Humanos... Apesar de serem tão sem graça, comuns e vazios, são pessoas que fazem a vida ter sentido, na qual sair para dançar em uma noite pode ser a coisa mais incrível daquela semana, é algo tão banal, tão simples, gosto disso...

Sua presença se aproxima de mim.

— Seres egoístas e mesquinhos? Que se matam por literalmente qualquer coisa?

Suspirei fundo.

— Não é muito diferente aqui, os seres vivem se matando para conseguir mais reinos e poder.

— E quando voce irá conquistar um?

— Eu sou a ninfa das brisas geladas, não sou uma rainha, não tenho tanto poder para comandar um reino, e eu não arriscaria minha vida em busca de guerra somente para dizer que tenho o poder, o que claramente eu não tenho.

— Mas você poderia se conquistasse, lembra? Um rei ou rainha pode literalmente tudo, você poderia até viver entre os humanos se quisesse.

Eu sabia dessa possibilidade, mas a um risco enorme, e eu não arriscaria.

— A claro, vou abrir um portão, e deixar que qualquer ser invada o meu reino, me parece um plano mal pensado.

— Mas é a única forma de ver o seu amado.

Começo a rir o causando constrangimento.

— Eu posso ver ele todos os dias.

— Mas não pode toca-lo...

Sentir meu peito apertar com a sua declaração.

Com um movimento rápido levanto uma onda ao encontro de Max, que decipa a água mais rápido ainda.

— Qual é Aura? Eu sou quase um Deus da água, e você tenta uma dessas? francamente, você diminuiu o seu nível em!

Reviro os olhos.

— Cala a boca, você acha mesmo que depois do que eu fiz eu teria o dom das ninfas? Essas leves faíscas são literalmente uma falha, eu deveria ser uma humana agora, sem poderes, sem dinheiro e sem paciência para seres como você, e tem mais! O Deus da água é vosso pai, baixe sua bola, ou mataria teu velho para conseguir o posto?

Ouvir uma alta gargalhada.

— Eu sempre me divirto contigo, você é uma peça.

Seu corpo vai perdendo forma, dando vida apenas a água que foi em direção ao rio.

Max sempre sendo incoveniente e idiota. Graças ao seu "dom da água" consegue sentir tudo o que os outros sentem, então não adianta mentir, ele sempre utilizou o seu dom para me irritar, e sempre consegue.

Acho melhor voltar para o meu novo doce e querido lar.

.

Adentro meu quarto querendo ir para a minha cama, porém paro antes, preciso ver como está o Shikamaru.

Caminho até a minha bolinha mágica, me sento sobre a cadeira e começo a mexer nela.

O procuro pela casa e não o acho em lugar algum, vou escaneando a área e não o encontro pelas redondezas de sua residência.

Será que ele saiu?

Fecho meus olhos e foco *por favor, busque o Shikamaru*.

Como a terra é enorme, onde está você Shikamaru? Por que não te acho? Será que... Não!!!

— Maninha! Tenho supresa!

A porta é grosseiramente aberta, meu corpo sobressalta e perco o controle da minha bola mágica que voa pelo quarto.

— Peguei!

Quione a puxa para si com o seu poder me causando alívio.

— Por que entrou assim? Não sabe bater?

Pergunto.

— Não, na verdade eu sei, mas tenho algo incrível para te contar!

Quione estava feliz, eu podia ver a neve literalmente cair de sua cabeça, algo que só ocorre quando ela está feliz.

— Conta logo, por favor, preciso encontrar o Shikamaru...

A respondi aflita.

— Resolvi o seu problema, pode vim.

Meus olhos seguiram em direção a porta e a figura que apareceu me deixando totalmente imóvel.

— Temari...

Sussurrou.

— Shikamaru!

Invasora do meu mundo (Shikatema)Onde histórias criam vida. Descubra agora