Capítulo 11: Medo!

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Não sei quantas horas ao certo permanecemos assim.

Sentindo o contato um do outro.

O calor que transmitia pela nossa pele.

Sentindo o seu cheiro que me embriagava.

Apenas sentindo o seu coração bater de forma de descompasso igual o minha.

Não estávamos mais em frente à cozinha abraçados, para ser sincero ela foi me arrastando e agora estamos deitados e abraçados em meu amado sofá.

Mexia com seus fios loiros enquanto ela apenas estava quieta enquanto me abraçava como quem pedia para que eu não fosse embora.

Mesmo eu tendo a total certeza que não iria, eu podia não só ver como sentir a sua insegurança sobre o que aconteceria depois.

Como sempre, eu tinha varias perguntas, mas nenhuma resposta pronta.

À vontade quase me corroía para falar.

Mas algo sobrenatural me impedia.

Talvez medo.

Medo da resposta que receberia medo do que aconteceria depois de que eu soubesse, eu tinha medo de pressiona-la ao ponto dela simplesmente, simplesmente fugir de meus braços novamente.

Medo de estragar o nosso momento.

Medo de que isso não dure para sempre.

Tantos medos que se eu fosse pensar em todos eles, eu nunca acabaria.

Eu continuaria a temer.

A Tentar suprimi-lo.

Mas é quase impossível.

Assim como ela tem esse medo estranho, essa insegurança e a necessidade de se sentir em meus braços, eu também tenho medo.

Medo do passado não descoberto.

Medo do presente que está por vir.

E medo do futuro que me aguarda com um sorriso sarcástico e com uma grande marreta em mãos.

Exagerado?

Talvez.

Mas eu nunca temi tanto pelo o que vem.

Eu nunca tive tanto medo de perder alguém.

Eu nunca tive tanto receio do que me aguarda.

E pela primeira vez que isso me acontece.

Eu estou visivelmente apavorado.

O que se faz com o medo?

O ignora e pronto?

O enfrenta?

E como se enfrenta algo que não ver e só sente?

Como se enfrenta algo que ainda está por vir e nem se quer tenho ideia do que seja para que eu possa criar um escudo, ou produzir alguma arma que possa detê-lo?

Apenas tenho que esperar.

É como saber que tem uma doença terminal e apenas esperar pela morte.

Apenas sinto o medo.

Um medo sobrenatural e que eu gostaria muito de nunca mais senti-lo.

É incrível como estou me sentindo nas nuvens ao lado dela, e ao mesmo tempo em pleno inferno, como se algo estivesse me perfurando milhares de vezes.

- está tudo bem?

Sua voz sai de forma preocupada e natural, eu fico estático pensando se realmente estava tudo bem, e que resposta eu diria.

- Não, mas vai passar.

A respondo por fim e sinto que ela suspirou e me apertou ainda mais.

- Você não precisa temer, eu sei que isso é estranho e novo, mas sentir o seu medo está me fazendo temer também.

Sorriu de lado encostando a minha cabeça na sua.

- Me desculpa, mas não consigo, é mais forte que eu.

- Eu preciso te contar muitas coisas não é?

- Precisa, mas se não quiser, ao menos por agora tudo bem, eu não quero pressiona-la, eu quero que você me diga quando realmente estiver pronta para dizer tudo o que vem a manter guardado dentro de você.

Eu não vi o seu rosto, mas pude sentir o seu sorriso se alargando, ela me apertou ainda mais e o mesmo eu fiz.

- Obrigada, você é o anjo em minha vida!

- Não... Você que é o meu anjinho, chegando de surpresa e mostrando o seu lado glorioso de ser, me mostrando novos sentimentos nunca despertados, confesso que temo a eles, mas mesmo assim, é fantástico sentir tudo isto nessa intensidade.

A respondo e ela me aperta ainda mais, acho que meus ossos iram quebrar.

- Você que me ensinou grandes coisas, não faço a mínima ideia o que são tudo isso ao certo, mas é maravilhoso cada experiência, de coração, muito obrigada por me proporcionar a tudo isto!

Sorriu de lado e a olho mover a sua cabeça e nossos olhares se encontra.

- Pode melhorar muito mais, você só precisa dizer sim!

A respondi e ela me olhou com um grande interroga na cabeça!

- O que quer dizer com isto?

- posso te beijar ou tenho que esperar acontecer naturalmente?

Ela revira os olhos alargando seu sorriso, parecia que todo aquele medo aos poucos foram esvaziando, o controle que ela tem sobre minhas emoções me assusta, e não é pouco.

Estou incrivelmente assustado.

Não sei se devo ou não achar isto bom.

- O que acha?

Perguntou e eu não resistir, a forma que ela me olhou e mordeu o lábio inferior.

Puxo o seu rosto ao meu encontro e selo os nossos lábios.

Agora sim!

EU SOU UMA NUVEM E A BRISA FRESCA ESTÁ ME LEVANDO PARA UM LOCAL AINDA DISTINTO!

CONTINUA ^^

Invasora do meu mundo (Shikatema)Onde histórias criam vida. Descubra agora