Alice POV.
A porta do elevador se abre e chego na entrada do prédio. Avisto Jerry, meu porteiro, atrás do balcão conversando com... Cerro os olhos assim que vejo os avermelhados cabelos de Michael. Ele estava de costas para mim e gesticulava os braços sem parar, parecendo frustado com algo. Caminho até o balcão e paro ao lado dele.
- Não pode fazer isso, Jerry! - ele exclama claramente chateado.
- Sua empresária me deu ordens de que essas festas não podem continuar, senhor Michael. Para o bem de sua carreira com a banda e para o bem dos ouvidos de seus vizinhos. - Jerry diz calmamente e me seguro para não rir.
- Okay. - diz emburrado. - Depois eu falo com minha empresária. - ele encolhe os ombros.
- Olá, senhorita Alice. - o rapaz de cabelos loiros sorri para mim e eu retribuo. Michael então percebe minha presença ao seu lado e vira a cabeça em minha direção, me fitando.
Jerry é um rapaz loiro de olhos cor de mel. Já é adulto, acho que pelo que me lembro tem uns 27 anos. Mas para mim, ele parecia um rapaz.
Era linda, sem dúvidas, mas me disseram que era casado. Uma pena!- Olá, Jerry. - digo docemente. Michael ri. Eu o olhos e levanto as sobrancelhas, o que imediatamente o faz parar de rir. - Poderia me dar uma chave extra? E não precisa mais me avisar quando minha mãe for subir, ela pode ir direto.
Minha mãe ontem quando estávamos conversando veio com um papinho de que iria ser melhor se ela tivesse uma cópia da chave do meu apartamento.
- Oh, claro. Só um minuto... - eu assinto e ele se levanta, entrando em uma porta atrás dele.
- Por que para ele você é simpática? - escuto a irritante voz de Michael ao meu lado.
O que ele ainda está fazendo aqui?
- Porque ele não me irrita, não dá festas com som alto e não tem cabelos vermelhos.
- Wow! O que você tem contra meu cabelo? - ele pergunta com aquele estúpido sorriso em seus lábios. - E você me deve uma. Porque o irritante aqui. - aponta para si mesmo. - Te salvou da mamãezinha chatonilda. - ele sorri vitorioso e eu suspiro.
- Não a chame assim! - eu retruco.
Mesmo minha mãe sendo chata, ainda é minha mãe.
- Não acha você deveria me falar nada? - ele sorri convencido.
- Claro. - sorrio. - Seu cabelo está ressecado. - digo e seu sorriso se desfez. Ele me olhava sério, desvio o meu olhar quando vejo Jerry saindo pela porta e voltando para o balcão.
- Aqui está, senhorita Alice. - me entrega um envelope. - A chave está aí dentro. - eu assinto e sorrio para ele.
- Obrigada. - agradeço.
- Depois nos falamos, Jerry. - Michael diz calmamente e se vira, caminhando em direção ao elevador. Vou atrás dele e entramos juntos. Ele aperta o botão do nosso andar e logo o elevador começa a subir.
Estava um completo silencio, nenhum de nós dois diz algo. Até estranhei, pois Michael sempre está a provocar ou a falar coisas para me irritar. Talvez eu devesse agradece-lo, ele me ajudou com aquele lance da minha mãe.
A porta se abre e ele é o primeiro a sair, sem dizer uma única palavra.
Olho-o caminhando até seu apartamento e corro até ele.
- Michael! - chamo-o.
Ele se vira e me olha, franzindo a testa.
- Oi? - pergunta confuso.
- Obrigada. - digo por fim e dou um beijo em sua bochecha. Ele arregala um pouco os olhos, mas logo relaxa. Um pequeno sorriso no canto de seus lábios aparece.
- Tchau, Alice no país das maravilhas! - ele ri e vira as costas, indo até seu apartamento.
Sorrio para mim mesmo e entro em meu apartamento.
Talvez, mas só talvez, Michael não seja tão ruim assim.
(...)
Grunhi mais uma vez e me viro para o outro lado da cama. O som alto da guitarra ecoa pela parede do meu quarto. Boto as mãos em meus ouvidos, a fim de o barulho sumir.
Que raiva! Michael idiota.
Levanto da cama, não ligando se estava de pijama ou descabelada. Abro a porta do meu apartamento, fazendo com que os barulhos ficassem mais altos. Bato na porta de Michael e grito seu nome.
O som para e a porta e aberta. Um Michael de pijama e com uma guitarra em uma das mãos, me olhava sorrindo.
- Sabia que você viria... - diz convencido e faz sinal para eu entrar.
Entro e observo cada detalhe de seu apartamento. De todas as vezes que vim aqui, nunca parei para observar. Sempre estava ocupada demais querendo estrangular Michael, como agora. Tinha dois sofás vermelhos posicionados no meio da sala e uma TV que talvez seja de cinema de tão grande que é. Um mini bar estava no canto da sala junto com uma mesa de sinuca. Do lado havia uma escada e me pergunto o que será que tem lá em cima.
- Meu quarto, quarto de hóspedes, banheiro e uma sala de jogo com alguns instrumentos. - a voz de Michael me desperta e o olho confusa. - É isso que tem lá em cima. - ele explica e aponta para as escadas.
Assinto um pouco surpresa.
- Como, digo, por que seu apartamento é diferente?
- Já ouviu falar na palavra dinheiro?
Eu não duvidava que ele era rico, até porque tinha uma banda que pelo visto fazia sucesso.
- Eu... Te deixaram fazer isso? - pergunto e o fito.
- Claro que sim. O que as pessoas não fazer pelas celebridades, né? - ele diz divertido e eu deixo escapar um baixo risinho. Ele sorriu assim que percebeu que eu ri do que ele falou. Ele me olhou como se tivesse satisfeito por ter feito isso.
Eu então rapidamente lembro pelo motivo por ter vindo aqui.
- Você poderia parar de ficar tocando guitarra alto? Eu tenho faculdade amanhã! - tento ser simpática, mas minha voz sai um pouco irritada.
- Não. - e aquele sorriso irritante aparece em seus lábios.
- O que? - me exalto. Ele se aproxima de mim, ficando mais perto de meu corpo.
- Isso mesmo que você ouviu. - me olha provocante e ri.
- Por que? - pergunto chateada e dou um passo para trás.
Mesmo não parecendo, eu dê certo modo fico um pouco nervosa com ele tão perto de mim.
Michael me encarou por momentos, parecendo pensar em uma resposta boa e então eu percebi. Um sorriso vitorioso surge em meus lábios.
- Você faz de próprio, né? - pergunto calmamente e ele levanta suas sobrancelhas.
- O que? Claro que não! - o tom de sua voz aumenta, parecendo nervosa. Ele estava mentindo...
- Sim! Você faz de propósito só para eu vir aqui e falar contigo bem que seja só para brigar com você. - quando mais eu falava, mais Michael arregalava os olhos.
- Eu... hum... - ele se embola.
- Michael... Michael. Se acha esperto, né? - pergunto me aproximando e ficando perigosamente com meu rosto perto do seu. - Não sei por que você insiste em chamar minha atenção. Mas eu vou descobrir. - digo provocativa. - Bons sonhos, Michael. - sorrio e saio de seu apartamento.
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Idiot neighbour • Clifford
Fanfiction❝Not just a neighbor, oh, hey there, I'll ring your bell Open your door, pucker up and I'll kiss you well. Não é apenas um vizinho, oh sim, lá vou eu tocar sua campainha Abra sua porta, prepare seus lábios e eu vou te beijar bem.❞ ➸ Michael Cliffor...