Cap.18

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Alice POV.

Me remexia impaciente na cadeira esperando aquele entediante almoço chegasse ao fim. Olhava vezes e vezes para o relógio e o tempo parecia não passar. QUAL É! VAMOS LÁ UNIVERSO, AJUDA AÍ. Bufo e pareço capturar a atenção de todos na mesa. AJUDOU MUITO, OBRIGADO. Minha mãe olha para mim com cara de poucos amigos e eu me encolho um pouco.

- Está tudo bem, filha? - minha mãe pergunta.

- Sim, claro. - respondo enquanto todos olham para mim.

- Você parece impaciente. Tem algum compromisso?

- Eu? Não, estou apenas um pouco cansada. - encolho os ombros.

- As festas no seu prédio continuam? Sabe, Christian deveria ir resolver isto, já que você não quer que eu mesma o faça.

- Não é necessário, mãe. Não é culpa de ninguém eu estar cansada, apenas não tenho dormido muito bem.

- Oh, Christian, por que você não a leva para o quarto, para que ela descanse? - a mãe de Christian pergunta e pisca para o filho.

SENHORA, EU NÃO QUERO IR PARA O QUARTO DO SEU FILHO, NÃO VAI ACONTECER NADA ENTRE A GENTE, PORQUE ELE É GAY. G-A-Y. Eu só quero ir para casa do Michael, passar a tarde ver filmes e rir de suas piadas sem graça até a minha barriga doer, choramingo mentalmente. Christian olha para mim e eu assinto. Qualquer coisa é melhor do que ficar aqui.

- Tudo bem. Com licença. Vamos, amor. - Christian pega minha mão e se levanta. Também peço licença e sigo-o até seu quarto.

Christian abre a porta e nos sentamos na cama. Ele olha para mim com um ar de gozação e ri.

- O que foi? - pergunto.

- E depois diz que não gosta dele.

- Do que você está falando?

- Alice - ele ri ainda mais. - Você não vê a hora de ir se encontrar com ele.

- O que? Claro que não. Estou apenas cansada. Nada demais. - encolho os ombros.

- Claro. E eu sou hetero. - ele revira os olhos e eu bufo.

Começo a me remexer de novo e Christian cai na gargalhada.

- Não tem graça. - faço beicinho e cruzo os braços como uma criancinha.

- Vamos, Alice, eu vou te deixar em casa. - ele se levante e me estende a mão.

- Mas e as pessoas lá em baixo?

- Eu digo que você passou mal. - ele encolhe os ombros.

Voo para cima dele e o abraço.

- Obrigado. Obrigado. Obrigado. Você é o melhor não-namorado do mundo. - espalho beijos pelo seu rosto.

- Agora diz uma coisa que eu não sei. - ele ri.

- Convencido. - faço cara de indignação.

- Sou mesmo. - ele finge jogar os cabelos e saímos do quarto as gargalhadas.

(...)

- Obrigada, Chris. - agradeço antes de sair de seu carro e corro até o prédio.

Entro no elevador e logo já estava no andar do meu apartamento. Corro até a porta de Michael e toco a companhia. Não importava se eu estava com esse vestido e a maquiagem, eu só queria vê-lo logo.

A porta é aberta, o que me faz acordar dos meus pensamentos e Michael aparece com um enorme sorriso.

- Alicinha. - ele me acena e me da passagem para entrar. Eu entro e sorrio.

Idiot neighbour • CliffordOnde histórias criam vida. Descubra agora