Idiot neighbour • Clifford

Cap.10

Alice POV.

- Nós vamos esperar no meu apartamento, o daqui em frente. - Michael quebra o silêncio e eu o olho.

- Hum, tudo bem. É até melhor, porque vou precisar fazer alguns ajustes e abrir os canos da pia. - o encanador bonitão explica.

- E quando você acaba com isso? - pergunto e o encanador se vira para me olhar. Então ele diz:

- Acho que no final da tarde. - ele encolhe os ombros e volta a mexer na pia. Eu arregalo os meus olhos.

Mas antes que eu protestasse, Michael agarra meu pulso e me leva até a porta, mas ele ainda grita para o encanador:

- QUANDO ACABAR AI, NÃO ESQUEÇA DE IR NO APARTAMENTO A FRENTE, VAMOS ESTAR LÁ. MAS BATA NA PORTA ANTES, PODEMOS ESTAR FAZENDO COISAS PRAZEIROSAS.

Ai meu Deus!

Então, saímos. Eu me largo do aperto de Michael, parando no corredor.

- Você ficou maluco? Qual é o seu problema? Vai deixar ele sozinho no meu apartamento? E se ele roubar algo? - resmungava rapidamente.

- Calma, Alice. - Michael diz. - Não acho que ele vá roubar algo e se roubar já sabemos onde ele trabalha e tem câmeras no prédio, então podemos identificá-lo. - eu assinto mais aliviada.

- Tem razão. - eu digo calma.

Michael assente e depois começa a rir.

- O que foi agora? - franzo a testa.

- Estou me lembrando da sua cara quando eu disse que somos namorados. - ele gargalha.

- Ah. - eu digo envergonhada.

O que está acontecendo comigo?

- Qual foi a tua de fazer aquilo? - pergunto baixinho.

- Eu vi que você ficou desconfortável perto desse cara, e além do mais, ele parecia ser um idiota. Estava te salvando! - ele explica rápido demais.

- Oh... - tudo que digo.

Então não era ciúmes?

Claro que não. É o Michael!

- Er... Vamos ficar no meu apartamento. Pelo menos até o cara acabar de concertar a pia, ou sei lá o que ele está fazendo. - Michael abre a porta de seu apartamento e entramos.

- O que vamos fazer a tarde toda? - pergunto o fitando.

- Eu não sei você, mas hoje é meu dia de folga e vou relaxar a tarde toda. - ele se joga no sofá e coloca seu braço por debaixo de seu pescoço.

- Huum, tudo bem. - encolho os ombros e caminho em sua direção.

Cutuco suas pernas para ele dar um espaço para eu me sentar no sofá e assim ele o faz. Quando me sento, ele coloca suas pernas em cima do meu colo.

- Você não tinha faculdade? - ele pergunta.

- Não, hoje é sábado. - digo como se fosse óbvio.

- Ah, verdade. - ele murmura.

- Me fale... Me fale como é ter uma banda. - encaro-o curiosa.

Então ele abre um enorme sorriso.

- É a melhor coisa do mundo! - diz alegre. - Sabe, estar em um palco com milhões de pessoas que você sabe que te ama e a fazer aquilo que gosta. Wow, é fantástico! Aquela sensação de ser amado... Cara, aquilo é muito bom. - ele suspira feliz. - Cantar e saber que todas aquelas pessoas estão ali por você, pelo seu talento! E o melhor é estar acompanhado pelos seus melhores amigos... - ele sorri.