As malas couro pinhão, desgastadas, jogadas entre ti, entre a mim. Presos no armário embutido, juntos nas correntes, antes que nos peguem, antes de chegar ao décimo suspiro.
a tristeza não irá mais voltar, ela vence. Faleceu em cima das cinzas de seus criadores, e o cheiro e a crueldade do absinto nunca se vai.
Ronda-nos o sentimento pálido, o solo no trompete que desliza e escolta suas mãos da minha cintura até minhas pernas, não consigo conter-me sobre a tentação, e nem sobre as tentadas degustações de cerveja feitas do teu pecado amargo. Tudo é azul, meu querido. Quando minhas mãos acolhem seu rosto, com meus espinhos e venenos, minha jovem criança, queime em mim como se está fosse a ultima vez que iremos respirar, pois tudo já está azul.
Igual a um tolo apaixonado, forneça-me tuas cartas, os teus cinzeiros, sua subjetividade. Me entorpeço mais uma vez, sentindo a pele lisa, a caixa de acomodo, as das ultimas vezes que disse a mim, que nós usaríamos a nicotina pra queimar os pecados de quem nos pecou.
Atravessamos as mesmas esquinas, do palácio dos soberbos, até a esquina das mais doses de ti, cobríamos nossos corpos com vossa felicidade, tirávamos os ternos, os espartilhos, os amarrotados, e queimávamos, como um só. O arrepiar das costas, o prazer da carne, o mais humano, exalando sua ardência entre as chamas, e o padre, nunca dirá novamente, de que nós estamos a baixo do Deus que ele se ofega, que se mancha, que se destrói.
Embalados os vinhos, os charutos; realinhando os cacos de taças, limpando o sangue, harmonizando a morte, dando cor as bochechas das crianças dos quadros, nos encaixotando, no poço, fundo, onde nos perderemos no escuro, mas nunca, desacorrentados.
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Sombra e luz: Tapeçaria do Eu.
PoesíaTextos feitos em balanços ao ego, á complexos e principalmente a parceiros de amor ou outros laços de relações, de tal forma pessoal, ou de que atinga o inconsciente coletivo.