ᴛʜɪʀᴛʏ-ꜱɪx 🦋

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                            ••• Henry •••

Estávamos no hospital. Os segundos pareceram demorar uma eternidade. Via que quando mais demorava para receber a resposta da doutora, Piper apertava minha não com mais força.

— Ela perdeu muito sangue, por sorte o tiro foi na barriga, então ela não correu tanto risco. — Ao ouvir isso, dou um suspiro de alívio.

— Não comemorem ainda — Ela diz e volto  me assustar — Acredito que ela ficará bem, mas, precisará de uma transfusão de sangue urgentemente — Ela olha a prancheta — O tipo sanguíneo dela é O,  o que significa que ela só pode receber doação do tipo O. Algum de vocês tem esse tipo sanguíneo?

— Eu tenho! — Disse, quase imediatamente.

— Ja é maior de idade?

— Não. — Respondo.

— Então sinto muito não vai poder doar a não ser que seus pais ou o responsável legal autorize  e assine alguns papéis — Começo a me desesperar e a bater o pé.

Já havia percebido á essa altura que não estava mais em Swellview e sim na Flórida. Minha mãe está em Swellview e obviamente não chegaria aqui a tempo.

— Eu me responsabilizo. Sou o pai dele — Ray mentiu. Bom, na verdade, nem tanto.

Aposto que do jeito que as coisas entre ele e a minha mãe estão fluindo, não duvido que em breve seria como meu padrasto. E estranhamente estou feliz com isso.

— Ok não temos muito tempo, pode vir comigo. Enquanto seu pai assina os papéis. — Enganar a médica  não foi certo. Mas todos nós estávamos nervosos e apreensivos.

Segui a médica até a sala onde coletariam meu sangue. É então que me lembro no meu pequeno — Talvez não tão pequeno assim — Problema com agulhas e injeções.

Desde pequeno, morro de medo de agulhas e eu até hoje não entendo o porquê disso, mas sempre que eu ia fazer exames de sangue eu desmaiava.

Pela Charlotte" penso e respiro fundo.

A enfermeira pede para eu sentar e eu faço. Talvez estivesse nervoso. Ela amarra uma borracha no meu pulso.

Quando sinto que ela está prestes a encostar a agulha em mim. Penso nela e nos momentos bons que vivemos esse ano. Aqueles que foram tão especiais para mim, como o nosso pedido de namoro, nossos encontros, o dia em que a gente se conheceu dentre outras coisas.

Sinto a a agulha na minha pele, mas logo depois a dor passa e fica tudo bem. Tento manter o braço relaxado para não ter que passar por isso novamente. Faris isso mil vezes por ela e não tenho dúvida, mas eu ainda detesto as agulhas

Depois que tudo termina, eu me sinto um pouco fraco. Eles me deram biscoito e suco pra comer e eu como um pouco.

— Eu tô orgulhosa de você — Piper diz quando saio da sala.

— Obrigada — Eu digo e nos abraçamos.

— É, ela tá orgulhosa de você  agora, mas depois que você saiu pra ir coletar sangue, ela surtou e descontou tudo em mim! — Jasper diz —"Jasper isso não vai dar certo, ele tem medo de agulha" " Meu deus, e se ele desmaiar??" — Ele imita minha irmã, ela dá um olhar mortal e ele se cala.

Amo eles!

— Não tem medo que a médica descubra que não somos filhos do Ray? — Piper pergunta.

— Se ela descobrir não vai importar, agora já foi — Digo — Já ouviu falar que toda mentira tem um fundo de verdade?

𝐔𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐨 𝐢𝐦𝐩𝐞𝐫𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨 || 𝚂𝚎𝚊𝚜𝚘𝚗 𝟸Onde histórias criam vida. Descubra agora