43- Emergency Call

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   Os dias vão se passando, todas estavam animadas com o fim do ano se aproximando. Alex, tinha planos que graças a correria que teve na empresa, irá conseguir realizar.
  Era sexta feira de manhã, Alex e Piper tomavam café da manhã na cozinha, ambas arrumadas, teria a reunião de pais pouco mais tarde.

– No que está pensando? — tocou em sua mão sobre a mesa.

– Nas férias de janeiro. — Alex sorriu. – Estou com planos em mente.

– Quer me contar?

– Eu queria passar as férias em uma praia, deserta, com uma casa de frente para o mar mas também queria ir para uma área verde, de rios e cachoeiras.

– Apoio os dois, são ótimas opções. Temos que ver com as meninas. E por falar nelas, eu preciso ir, meu amor. — se levanta apressada.

– Espera, eu te levo. — se levantou a acompanhando para a sala. – A Alice não vem?

– Ela já foi cedo para a escola. Tinha que estar lá junto com os outros alunos.

Elas embarcam no veículo e Alex da a ré para levar Piper até o colégio.
   Piper olhava o percurso, não fazendo idéia de que Alex iria descer com ela no lugar. Até que chegaram lá.

– Eu vou indo então. — deu um selinho nela e desceu do carro, quando percebeu que Alex desceu junto. – Mas o que você tá fazendo?

– Indo na reunião de pais da Alice. O que mais estaria fazendo?  — riu.

– Você tá falando sério? — Piper falava surpresa com a decisão. – Al, são reuniões longas e chatas.

– Eu não me importo. Lido com isso o ano inteiro, vamos? — estica a mão para ela e a mesma segura, ainda boquiaberta.

  Ambas entram no local, de mãos dadas e vão até a sala, onde seria a reunião. Todos os alunos da turma estavam presentes e ao lado de cada um havia as cadeiras sobrando para os pais acompanharem lado a lado. 
  Havia uma representante falando na sala, estava tudo silêncio, só a voz dela reinava até às duas entrarem na sala atraindo atenção dos que já estavam presentes.
   Alice olhou no mesmo instante, a cara de sono logo mudou para um sorriso enorme quando viu que Alex estava junto para a reunião.

– Com licença. — Piper falou e a mulher assentiu para que entrasse.

Cada uma sentou de um lado da aluna, que não conseguia esconder a felicidade que sentia. E a representante voltou a falar.

  A mulher falou mais alguns longos e entediantes minutos, até passar entregando o boletim escolar por ordem de chamada. Alice, já era a primeira o que facilitava bastante.

– Aqui, mãe. — deu um sorrisinho. Piper e Alex foram quase juntas em cima do papel, ver as notas.

– Alice, céus que média é essa em matemática, filha? — Piper observa cada disciplina. – O que aconteceu em biologia?

– Um desmembramento das células das notas. — Alex fez uma piadinha levando um olhar ameaçador da loira.

   Elas olhavam o papel e a representante chama os pais de cada aluno, para conversar em sua mesa. Alice novamente, é a primeira.

– Bom dia, mãe. Então vamos ver essas notas, mocinha. — a mulher arruma o óculos e observa o papel. – Olha não está ruim, está melhor do que muitas outras aqui da sala. — sorriu para Alex e entregou o papel – É o seguinte, srta Chapman. Você está aprovada, como sabemos mas é aquela questão, você poderia ter atingido notas melhores e muito superiores a isso, tá bom? — olhou para Piper. – Mãe, na minha matéria ela está ótima! Mas a única coisa que ela tem que se atentar é que ela fala demais, conversa muito com os colegas e é por isso que em outras matérias ela pode ter deixado a desejar.  Espero que no próximo ano venha preparada Srta Chapman. Parabéns! 

– Obrigada, professora. — Piper se despede e Alice abraça a mulher.

– Tchau, Prof. Nos vemos no ano que vem. — riu e acompanhou as duas.

– Então você fala demais, mocinha? Vamos fechar essa matraca no ano que vem e melhorar essas notinhas. — Piper abraçou a mesma de lado.

As meninas caminham até a porta de saída do colégio e alguns amigos param ela.

– Oi, Alice e oi tias. E aí passou?

– Graças a minha sorte, sim. E vocês?

Todos os três confirmaram sorrindo e se abraçaram para se despedir.

– Quem é sua mãe, Alice? — um dos meninos encara as duas. 

Alice sorriu por um instante e mandou a resposta na ponta da língua.

– As duas são. Até daqui alguns meses pessoal. — saiu na frente rindo e o casal só se olhou riu em negação.

   O trio foi para o carro e retornaram para casa, Alex foi direto para a empresa ainda havia coisas mínimas para fazer.
   
   Alice aprovada, Alex em casa, Natasha perturbando todo mundo, era assim que Piper passou os próximos dias, aceitou que essa seria a sua vida de agora em diante.
   Era noite de Natal, as meninas estavam radiantes, Alex estava cuidando da cozinha ao lado de Piper, seria só elas mas mesmo assim fizeram a ceia para comemorarem.
    No momento a morena estava na sala junto com a mais nova e a Natasha, o trio estava assistindo algo engraçado e comentava sobre o tema todo o tempo. E quando se deu conta, Piper percebeu que estava encostada na porta da cozinha, observando e sorrindo para elas como se fosse a coisa mais mágica do mundo.

" Então esse natal será assim...
Minha filha, minha mulher e a amiga maluca dela.
Longe de mim reclamar, demorei tempo demais pra perceber que pra ser feliz eu não precisava de muito, só precisava delas.
Alice é a realização do meu sonho, é a minha princesa.
Alex é o amor da minha vida, me dá todas as forças que eu preciso.
Natasha me faz rir a todo instante, protege a Alice como ninguém...
E eu... Ah eu virei mãe dessa turma, me sinto realizada.
Pela primeira vez em anos vamos ter um natal em família, com todos felizes e na mais perfeita paz."

– No que está pensando? — Alex fala olhando ela do sofá e já se levantando para ir na direção dela.

– Em como estou feliz por ter vocês aqui, comigo. — Alex a abraça pela cintura e a loira retribui com ternura. – Obrigada por estar aqui.

– Eu sempre vou estar, minha linda. E de pensar que a gente se reaproximou só por causa do sequestro da Alice...

– Eu não gosto nem de lembrar, eu fiquei com tanto medo. A única coisa boa que aconteceu foi a gente ter voltado a se falar.

– Nós duas passamos por cima do nosso orgulho bobo e agora estamos juntas. Em uma família que na minha opinião está quase perfeita.

– Quase? Como assim?! — a olha e a mesma sorriu.

– Você vai entender daqui a pouco.

– Aí Deus, o frango. — corre para dentro da cozinha verificar o forno.

– Frango? Não era Pernil?

– Ambos, mas é peru, não pernil. Quero que tenha de tudo na nossa ceia. — sorriu fechando o forno vendo que estava tudo bem.

– É que eu não gosto da palavra peru. — falou séria e Piper disparou uma gargalhada gostosa.

– Eu ouvi peru? — Natasha entrou se metendo na conversa enquanto Piper tentava se conter. – Alex não gosta de peru? Desde quando?

– Natasha não joga lenha na fogueira, se não você vai matar a Piper de tanto rir.  — se contém na risada também.

– Tá bom, tá bom, parei. — Deu uma risada em negação. – Cuidem do Peru de vocês, eu estou na sala se precisarem.

Piper se acalma e toma uma água para ajudar.

– Vocês duas são bem 5° série, né? – Vause falou e Piper tornou a gargalhar.

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