Emergency Call

Emergency call - 19

(...)....

Piper, revira os olhos - Alex.
- Puta merda, não acredito que encontrei ela de novo. - Morde o lábio inferior, fazendo Piper a encarar de cima a baixo, torcendo a boca.
-De novo? Do que você está falando?
- Ah ela quase me atropelou e aí fomos para meu apartamento.
- Como é que é? Você transou com a Alex?
- Sim, oh ou por quê está me olhando assim?
- Você, fodeu, com a Alex? — falou em fúria e pausadamente.
- Ok, eu realmente não estou entendendo o motivo da sua cara... - se afasta um pouco.
- Como não Verônica? Céus, é a porra da Alex Vause!
- Puta que me pariu. - coloca a mão na boca surpresa. - Aquela Alex, aí merda. Eu esqueci completamente que você é lésbica e que namorou ela. 

- E você transou com a minha ex? Vai se foder, Verônica.
- Eu não sabia que era ela.

     Piper, sai puta da cara e entra na casa. A outra nem tenta ir atrás, devido ao pânico do momento. 
     O povo do vôlei, para de brincar um pouco e Alex sai da rodinha, entrando na casa. Não reconheceu a mulher que a olhava.

- Vou pegar uma água aqui, com licença.

- Uma água, é? Deixa que eu pego. — Piper levanta do sofá e bate com o ombro nela, que não entende nada. - Quer com limão?

- Não, obrigada. - estava confusa, já que mesma estava brava com ela a poucas horas atrás.

- Ficou cansada no vôlei? Vou te dar o copo maior. — enche de água.

- Sua filha leva jeito para esportes. - se encosta na geladeira.

- Leva mesmo. Aqui está a sua água, Alex.  — Joga toda a água do copo na cara dela, que fica parada tentando entender.

-  VOCÊ FICOU MALUCA?

- Quer mais água? — abre a torneira e Alex vai pra cima dela, impedindo-a - Me solta!

- O que deu em você, garota? — toma distância, tirando o óculos para enxugar da água.

- Em mim? Eu que pergunto o que deu em você, aliás quem deu pra você né... A Verônica, pelo amor de Deus, Alex!

- Do que é que você está falando, sua doida?!

- Você, transou com a porra da minha irmã.

- Que? Não!

- Não? Não mesmo?

- Eu nem conheço sua família.

- Mas minha irmã sim, conheceu muito bem.

Alex ri da situação - Ah não, eu não vou tolerar crises de ciúmes da minha ex namorada, mas não vou mesmo! Sendo sua irmã ou não, eu não devo satisfação a você. 

- Ah não? Tem razão, você é solteira, eu também sou. Tá certíssima. — Passa reto por ela a empurrando para a geladeira.

- Piper, espera aí. — vai atrás da loira que anda sem olhar para ela.

A loira fala em tom sério- Alice, teu celular tá tocando lá dentro.

A menina, levanta do chão e vai correndo pra casa.
A morena, não entendia nada. Quando Piper, puxa Natasha pela gola da camisa e a beija.

Alex faz um sinal de negação com a cabeça e sai dali.

- Tá maluca garota?! - Natasha, consegue se afastar. - Nunca mais faça isso. - Olha em volta e vê Alex indo para algum lugar - Olha lá, a merda que tu fez. - ela sai atrás da morena. - Alex, ei. Oh Alex, qual é.

- Fala, Lyonne. - encosta no carro e cruza os braços.

- Não foi minha culpa, você viu que do nada ela...

- Infantilidade, provocação. É a cara da Piper.

- Tá brava comigo? Eu juro que não beijei ela, foi só ela, eu nem me mexi.

- Relaxa.

- Você já vai? - Alice, vem correndo.

-Ja. Eu tô cansada.

- O que houve com seu cabelo? Se molhou onde?

- Desabou umas coisas sobre mim. - A morena da um sorriso forçado. - Se cuida e feliz aniversário, gatinha. - passa a mão na cabeça dela e entra no carro.

- Tchauzinho, projeto Chapman.

- Tchau, Nath. - a menina ri e volta pra casa saltitante, enquanto Alex pega a estrada.

"Como ela consegue, ser tão infantil assim? Beijar minha melhor amiga, na minha frente para uma provocação barata, foi o cúmulo! Eu não conhecia a Verônica, não sabia nem que ela era daqui. Pelo visto ela esconde muitas coisas em sua vida."

       A noite passou pesada, Alex puta da cara de um lado, Piper arrependida do outro. Era uma situação complicada que estava virando uma bola de neve.

- Mãe, o que aconteceu entre vocês agora?

-Nada, vá descansar amanhã você tem aula.

- Amanhã é domingo. E eu já fiz de tudo pra tentar entender vocês, mas eu vou desistir.

-Alice, você só tem 15 anos filha. Não sabe nada de relacionamento, não entende nada da vida.

- Ok. Eu não vou falar mais nada... Boa noite.

" Talvez eu tenha exagerado. Beijar aquela garota não foi uma atitude inteligente e eu sei que ela está morrendo de raiva de mim."

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Semanas depois

         Nada mudou após aquele dia, do jeito que ficou, está. Quase um mês após a festa de aniversário, ninguém mais havia se falado. Alex, estava muito ocupada com trabalho e não tinha tempo e nem interesse em procurar por elas. A morena, estava viajando bastante a trabalho e isso refletiu nas tentativas de Piper, em falar com ela.
          A própria ia na empresa várias vezes na semana e nunca dava sorte de encontrar Alex no lugar. Depois daquele dia, a loira ficou muito mal e precisava conversar com ela mas estava impossível.
           Alex, não atendia as ligações dela e ignorava as mensagens. Não queria vê-la nem pintada de ouro, então por enquanto obtinha sucesso na brincadeira de fingir que ela não existia mais.
              Verônica, tentou conversar com a Piper, mas gerou uma discussão e estão em paz mas não estão 100% amigas de novo.

(....)

- Não sei o que ela quer de mim, se ela perguntar, diga que morri. - Se vira na cama, conforme o celular ficasse melhor para falar.
- Ah qual é, você não tá morta. Mas olha, ela parecia bem desesperada.
- O problema é dela. Me conta como está as coisas aí? Tá conseguindo manter?
- Sim, estou. - bufa na ligação. - Mas olha, você vai ter que arrumar uma secretária. Eu não posso fazer dois trabalhos ao mesmo tempo. 
- É mesmo necessário?
- Sim, é.. por que não chama a Alice? Tipo um estágio.
- Vou traumatizar ela já, arrume outra pessoa. Uma qualificada.
- A mãe dela.
- Nem fodendo.