25- Emergency Call

237 19 9
                                    

          A empresa estava em horário de funcionamento normal, cada funcionário fazendo seu trabalho. Alex estudava as câmeras do local, ainda estava intrigada com o que pode ter acontecido.  O caso foi reportado para a polícia local que também estão investigando o caso, mas como sempre ela acha que pode fazer algo a mais.

       Passado das quatro da tarde, ela resolveu mandar mensagem para Alice, já que a mesma não havia aparecido para seu primeiro dia, mas não obteve resposta.
       Então outro dia chega ao fim, todos extremamente cansados.

— Cadê a novata? Não apareceu hoje, ela estava tão empolgada ontem.

— Ela deve ter ficado assustada com o que aconteceu, eu não a julgo. Enfim, vamos pra casa, no caminho eu vou dar uma passada lá para ver se está tudo bem

— Fechado, me liga qualquer coisa. — ambas saem do prédio e cada um vai para seu carro.

   
         No caminho, como ela disse passou na casa de Piper que estava completamente apagada. Era um pouco mais das sete da noite, já estava escuro. Mesmo assim, estacionou o carro na rua  e foi até a porta. Bateu, tocou a campainha, mas nada. Ligou para ambas as garotas, mas nenhuma atendeu e foi aí que a preocupação começou a bater. Alex sabia que tinha uma chave reserva em algum lugar, então revirou a área de lazer até achar, logo entrando na casa mas como o esperado nem sinal.
           A casa estava vazia, o celular da loira estava sobre a mesa, ela nunca iria sair de casa sem o celular... Resolveu ficar por ali esperando que elas voltassem, então respeitando a privacidade da casa dela, se sentou no sofá e ficou ali até adormecer sem querer.

            Então outro dia surge e também logo se vai. Outro dia e meio sem notícias de nenhuma delas, poderia ser normal se Alice não mandasse mensagem para a morena quase sempre ou pelo menos o online estivesse aparecendo. Mas nem isso, as mensagens no WhatsApp não eram recebidas, o visto por último foi do dia anterior quase ao mesmo tempo.

[...]

— Beleza, o que quer fazer?
— Eu não sei. Estou com tanta coisa na cabeça, primeiro o apagão de ontem e agora as duas sumindo assim...
— Oh meu Deus, você é tão fofa preocupada com elas.
— Natasha agora não é hora. — a outra desfaz o olhar brilhante e ajeita a postura.— Eu vou atrás do David... Não tem outro jeito.
— O ex? Você é maluca.
— Algo me fez não ir com a cara dele.
— Talvez por ele ser homofóbico e machista?
— Também mas não é isso,  tem outra coisa e eu vou descobrir agora. — pega as chaves do carro e Natasha a acompanha até o veículo.

       Ambas vão para a casa do cara e para surpresa de ambas, ele não está. Tudo apagado, sem carro na garagem.

— Merda, será que ele está com elas?
— Eu espero que não. — Alex pega o celular de Piper em seu bolso e procura pelo contato dele, tentando ligar mas sem resultado.

      Com o alerta da polícia acionado, elas receberam a recomendação de ficarem em casa e qualquer coisa eles avisariam. E elas foram para a casa de Vause, não tinha o que fazer dessa vez. Ela não o conhecia, não sabia dos lugares que frequentava, então o certo era esperar algum sinal. Até que os policiais batem em sua porta.

— Senhora Vause, podemos fazer algumas perguntas?

Dois homens entram em sua residência e se sentam em um dos sofás fazendo perguntas essenciais para a investigação.

[...]

— Aqui a senhora diz ser ex namorada da senhorita Chapman e que terminaram devido ao ex marido dela. Então você tem motivos para ter raiva do senhor Souza, certo?

— A gente não se dá bem, ele me chamava de doente e tudo mais.

— Hum. — Analisa a mesma. — E quanto a senhorita Chapman, soube que estavam se reaproximando e justo quando começaram a andar juntas, elas sumiram...  Estranho, né?

— Você tá dizendo que eu fiz algo com elas? Ah por favor policial, a gente se dá bem.

— Tão bem que ela foi vista por último saindo do seu prédio, senhorita Vause.

— Qual é, eu estava no caso dos meus funcionários que dormiram e que vocês estão investigando sobre isso. Eu tenho alibe, todos os meus funcionários e a Natasha aqui. Achem elas, ou eu vou achar.

— Só estou fazendo o meu trabalho. Fique na cidade. — levanta e sai com o outro rapaz.

 
   Natasha e Alex falam sobre a audácia do policial, entendem que é o dever dele. Mas jamais passou algo pela cabeça da morena, pelo menos não situações de vingança extrema.

   Ambas ficaram por lá mexendo no celular e torcendo para aparecer alguma notícia. Dessa vez o celular de Vause começa a tocar, um número desconhecido na tela e pelo o horário o nervoso as dominam.

— Oi, quem é? — Alex pergunta tensa e uma voz extremamente baixa começa a falar. Era Alice, sussurrando o mais baixo que podia. — Alice? Onde você está? Não estou te ouvindo. — Natasha levanta já atenta tendo decifrar o que Vause ouvia. — Sei, sei. Tá bom, olha calma... — a voz dela fica embargada. — Não meu amor, não vai acontecer nada eu prometo. Estou a caminho, sua mãe tá com você? — suspira aliviada. — Já estou indo, aguenta firme baixinha.

         A ligação se encerra e Alex pega a chave do carro e parte para a garagem com a outra atrás dela.

— Pra onde?
— Casa de veraneio no campo. — engata as marchas e acelera.
— Ela está bem?
— Assustada, nervosa. Ela não merece isso, nenhuma das duas na verdade.
— Mas a Piper terminou com você.
— Eu terminei com ela. Mas ela estava vivendo um inferno com aquele escroto, sendo obrigada a tudo aquilo... E ela só queria me proteger. E agora tem a Alice..
— Se apegou nela, né? Vi o jeito que você fala com ela.
— É lógico, aquela pirralha não sai do meu pé.

        Elas vão para o campo, que fica a quase duas horas da cidade. Ambas tensas, qualquer ato poderia ser fatal Natasha avisou a polícia, eles mandaram elas ficarem mas não adiantou, estavam muito perto para desistirem.

Emergency Call Onde histórias criam vida. Descubra agora