Emergency Call 13

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      " Caralho, que ressaca." — acordei na casa da menina de ontem. Ela estava ao meu lado, enrolada no lençol. Tentei ficar de olhos fechados, para diminuir a dor de cabeça.

- Eu vou pegar um remédio para você.
- Não precisa, eu tenho que ir trabalhar. - Levanta.
- Então você fode comigo e me abandona no dia seguinte?
- Estranha, eu não estou te abandonando. Quem sabe não nos vemos mais vezes?
- Eu vou começar a me atirar na frente dos carros todas as noites. - sorriu animada.

- Oh não arrisque. Nem todos são bons na direção como eu. - Se levanta. - Bom, tenha um bom dia.

- Eu terei. Ei, espera... Verônica. - solta seu nome e Alex sorri na porta.

- Se cuida, Verônica.  - sai da casa.

    " Peguei o celular, nenhuma notificação, estou ficando impaciente. Mas não sei o que estou esperando... Droga." 

Vai direto para a empresa, chegando lá se dispõe a fazer o seu trabalho mas logo é interrompida pela recepcionista.

- Quem? Oh... Mande-a subir. — a morena estranha o fato e cruza os braços na cadeira.

....

- Oiê. — uma criança entra saltitante pela sala.
- O que você tá fazendo aqui? Sua mãe vai te matar, Alice.

- Vai nada. Você não foi mais lá em casa, o que aconteceu?

- Hã... Nada? Como descobriu o endereço da empresa?

- Não foi difícil. - senta na cadeira da frente.

- Eu vi que vocês estão... Bem. Até seu pai está aparecendo nas fotos de família. - fala disfarçando o olhar.

- Já entendi tudo. Mas olha, não podíamos apontar para ele e dizer " pai, você não pode entrar na foto em família... Por mais que você seja da família.". Mas não vem ao caso, quero falar com você.

- Prossiga. - Da risada da situação inusitada que está vivendo. 

- Quero que você converse com a minha mãe.

- E por que eu faria isso?

- Você vai entender quando chegar lá.

- Alice, eu sou uma mulher de 30 e poucos anos e você uma criança de 14, entenda que eu não posso ficar entrando nos seus planos sempre. Tenho coisas a fazer e sinceramente a história que eu e sua mãe tivemos, acabou a muito tempo.

- Eu sou uma garota de 15 anos, que sabe o que está acontecendo e sabe que a mãe não tem coragem de pedir algum tipo de ajuda. Sim, ok eu já entendi... Estou atrapalhando você, não era essa a intenção, eu só queria que vocês voltassem. Talvez você pudesse ajudá-la e me ajudar. - se levanta.- Se mudar de idéia, sabe o que fazer, tchau. - sai da sala triste.

- O merda. - penteia o cabelo para trás, sem entender nada do que acabou de acontecer.

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Chapman:

         Enquanto Alice, escapou para falar com a Alex. Piper, tentava trabalhar em paz, já que seu novo inquilino estava incomodando o tempo todo.

- Por favor fica em silêncio.
- Você tá querendo mandar em mim? — David, vem até ela e se inclina sobre a mesa. - Acha que pode comigo?
- Não, eu só preciso terminar isso.
- Escuta aqui, você não entendeu nada né? Eu mando aqui e você não pode me dizer o que eu tenho que fazer.
- Está bem. - a loira fica muda e desvia dos olhos dele.

- O que fez no rosto? Isso é maquiagem? — ela afirma - Pode tirar. Isso não é coisa de uma mulher direita usar, esse batom vermelho é das prostitutas que eu pegava na boate, tira isso. - sai de perto.

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Uma semana antes.


 

      " Eu estava pensando, em qual poderia ser a probabilidade da gente der certo de novo? Sem mentiras dessa vez..."

- Chapman. — David, bate na porta gritando por ela. - Entrei, foda-se. Quero falar com você, sobre um assunto aí.

- Sobe Alice. - Piper, ordena e a menina obedece. - O que você quer?

- Nós dois de volta.

A loira olha surpresa e gargalha. - Que porra você está dizendo? Nem fodendo! Sai da minha casa.

- É eu sabia que sua reação seria essa. Em todo caso, trouxe isso. — joga uma pasta de documentos na mesa.

- O que é isso? — olha o papel, procurando algum significado.

- Leia a assinatura final. A Vause'enterprise, fechou contrato com a Volks. Meu pai é sócio e o que deixa mais fácil ainda é que quem fechou contrato com ela, foi justamente um amigo que me deve um favor. Amanhã, as 22:30 da noite, eles vão se encontrar para jantar e discutir termos... Entende onde eu quero chegar? Basta uma mensagem e bummm... Me entende?

- Você está colocando a corda no pescoço ameaçando ela.

- Bom então está bem... - pega o celular, insinuando mandar mensagem.

- O que você quer?

(....)

     Piper, entrou nessa complicação novamente devido a ameaças. E por instinto de proteção, decidiu aceitar os termos dele.

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     Na empresa, Alex passou a tarde toda pensando no que a mini Chapman disse. "O que será que está acontecendo lá?"

- "Ae", meus relatórios. - Deixa a papelada na mesa - Que cara é essa? Vi que tua filha veio aí.

- Ela não é minha filha, é justamente sobre ela que estou pensando. Talvez, Piper precise da minha ajuda.

- Hum, então ajude. Fala aí, qual é a parada?

- Parece que eu tenho que ir lá para ver, segundo o que o projeto Piper me disse.

- Simples, vai lá e veja. Se não for nada acerte três tapão na orelha dessa criança, eu hein pirralha chata.

- Não fala assim. - Alex ri. - Eu acho que vou dar uma passada lá depois.

- Qualquer coisa me liga, eu vou pra casa. Se cuida. - sai da sala e Alex ri em negação.

         A tarde se passou rapidamente, logo Alex consegue sair e ir concluir o objetivo na casa da loira. Ao chegar próximo a casa dela, vê a empregada/governanta caminhando na calçada.

- Olá, dona Garcia. - abaixa o vidro.
- Ei srta Vause. Como vai?
-Muito bem. Você sabe se a Piper está em casa? — a mulher torce a boca meio cabisbaixa- O que tá rolando lá?
-

O ex marido dela está morando lá de novo.
- Que? - olhei incrédula. - Como? Por quê?
- Não sei, quando voltei no outro dia ele já estava instalado na casa.
- E você acha que ela tá bem com isso?
- Olha dona Vause, eu realmente não posso...
- Qual é Garcia? Nós duas conhecemos ela a muito tempo, fala a verdade vai.
- Na minha percepção, ela não está feliz com isso.
- Foi o que eu imaginei. - torce a boca pensativa. - Bom, eu vou lá e colocar aquele filho da puta pra correr. Bom descanso, dona Garcia.

A mulher se afasta do carro e Alex dirige para a casa das Chapman.

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