7° Capitulo

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Passei os últimos dias, trancada no quarto sentindo minha coluna doer ainda naquela região

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Passei os últimos dias, trancada no quarto sentindo minha coluna doer ainda naquela região. Linda que sempre vinha cuidar de mim, ajudando-me a ir ao banho e trazer comida para mim. Quando melhorei a primeira coisa que fiz foi ir a faculdade para saber se os professores haviam passado algo importante, como prova, mas todos disseram para não me preocupar com isso.

Quando voltei para casa de longe vi minhas irmãs brincando com Lucian e Felicity, às vezes me perguntava se elas sabiam que eu era sua irmã mais velha ou apenas uma conhecida que morava ali. Já Lucian sabia quem eu era, mas por medo ele nunca se aproximava, as vezes pegava ele me olhar de longe escondido receoso de se aproximar, penso que ele percebia que nossos pais não dirigiam nada a mim e passou a fazer o mesmo, até hoje, eu às vezes percebo os pequenos olhares para mim.

Com os dias que fiquei no quarto eles não foram lá preocupados como faziam antes depois que falei aquilo tudo. Felicity me olhava de longe, mas nunca se aproximava, acredito que ela sabe que não quero sua aproximação.

Suspirei entrando em casa e como sempre, coloquei meu casaquinho fino pendurando-o e deixei meus sapatos ali junto aos outros ficando só de meias, caminhei em direção a cozinha mas parei quando ouvi a voz de Bruce.

— ... Sua irmã me deu desgosto demais Brendon.

— Desgosto? O senhor nem sequer a conhece e não sabe nada sobre ela, como pode falar isso? Como pode dizer que está decepcionado? Só por que ela não seguiu seus passou? Já sei, por que ela não nasceu indentica a você não é? Como pode ser assim?

— Não fale assim comigo Brendon! — ouço ele bater em algo causando um estrondo. — Eu sou o seu pai exijo respeito.

— Se de ao respeito então. Como pode fazer isso com a sua própria filha? Ela é incrível sabia? Inteligente para caralho, se brincar a melhor do curso, duvido nada que no futuro seja dona de sua própria empresa fazendo sucesso por aí, feliz enquanto você sofre sem o perdão dela.

— Por que pediria o perdão dela? Eu não fiz nada de ruim.

— Você não fez nada de ruim? — a voz de Brendon aumenta. — Você foi o pior pai do mundo para ela porra! — grita me assustando. — Você nunca deixou meus irmãos se aproximarem dela. Lucian sempre quis a conhecer, conversar, brincar com ela, mas ele não faz por medo de você! Bela e Lara, duvido que saibam que tem uma irmã mais velha maravilhosa que serviria de uma ótima inspiração e motivação para elas como aconteceu comigo! — em silêncio choro sentindo minha gargante doer. — Ela é perfeita! Você e a mamãe são horríveis. — levo a mão a boca quando ouço um estralo e um silêncio em seguida.

— Me desculpe eu não devia ter feito isso. — ouço a voz do Bruce desesperado — Você me tirou o sério.

— Espero que você se foda papai.

Tento me afastar quando ouço passos saindo da cozinha, mas acabo esbarrando na pilastra e com isso Brendon acaba me vendo o fazendo parar brutalmente e me olhar com olhos arregalados.

— Você ouviu? — assenti — Tudo? — assenti novamente — Merda! — ele engole a seco

— Eu não entendo por que vocês me odeiam Brendon... — me encolho abraçando meu próprio corpo — Eu nunca fiz nada...

— Eu não odeio você, não mais... — vejo ele engolir a seco e em passos lentos me abraçar, tento me afastar, mas não consigo. — Me perdoe irmã... — sem conseguir controlar eu choro no seu ombro. — Me perdoe, Willou...

°•°•°•°•°•°

No dia seguinte eu sai cedo de casa mesmo cansada. Hoje, nos iriamos descobri quem havia conseguido as vagas para estagiar na empresa Russell Architecture e eu havia rezado a todos os deuses para ter essa oportunidade.

Entrei na faculdade e andei em direção ao meu prédio de arquitetura, lá havia um pequeno palco montado e varias cadeiras e vi varias pessoas já sentada ali, não demorei muito e fui em direção ao meio, olhei em volta e vi Brendon também ali e parecia bem nervoso já que não parava de mexer a perna e esfregar a mão nas pernas.

Os minutos foram passando e gradualmente as pessoas foram entrando e se sentando, quando as cadeiras já estavam todas ocupadas o reitor apareceu junto a três homens vestidos de ternos e sérios.

— Boa tarde a todos. — respondemos. — Como vocês sabem o CEO das empresas Russell Architecture disponibilizou vinte vagas de estágio em diferentes setores e o melhor entre os vinte, o que ficar em primeiro lugar o próprio CEO estagiará o ou a aluno (a). — todos ficaram eufóricos.

Assim que ele terminou de falar pegou um papel, provavelmente uma lista dos nomes. Ele começou do vigésimo aluno ate o primeiro e quanto mais perto se aproximava mais anciosa e decepcionada ficava por não ouvir meu nome ali.

— Em segundo lugar, Brendon Carlson. — ouvi seu grito e o olhei vendo ele pular nos braços dos amigos — E em primeiro lugar... — ele sorriu. — Willou Carlsson. Parabéns... — não ouvi mais sua voz.

Senti meus olhos arderem e sem me importa eu chorei muito como uma criança que havia se machucado.

Eu havia conseguido, um dos meus sonhos estava mesmo se realizando e eu não conseguia pular ou gritar somente chorar ali na cadeira sentada no canto, eu sentia os olhos de todos sobre mim, mas não me importava eu chorei, mas não porque o próprio CEO iria me estagiar, mas sim porque eu havia conseguido a vaga.

— Oh Meu Deus eu consegui! — falei baixinho...

— É realmente você conseguiu. — pulei de susto quando ouvi uma voz grossa ao meu lado. Olhei para o homem sentado e sorrindo, ele possuía cabelos grandes colares e alguns anéis em seus dedos. — Prazer, Marco Russel dono das empresas Russell Architecture e a pessoa que vai ficar responsável por seu estágio — ele sorri me estendendo a mão — E o seu nome? — receosa apertei sua sentindo um arrepio.

— Willou Carlsson.

— Prazer em conhece-la Willou, espero que goste de mim por que vamos passar um longo tempo juntos. — ele ri me fazendo ri também

Eu consegui...

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Por Você, WillouOnde histórias criam vida. Descubra agora