Willou Carlsson
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Ainda na faculdade eu conseguir sair da sala do professor Z e agora eu estou sentada em baixo de uma árvore na grama. Abro minha mochila pegando o lanche que Linda fez para mim, como um pouco e bebo um pouco do suco e depois tomo meus remédios.
A algum tempo comecei a sentir uma fadiga que sempre vai e volta assim como algumas dores na coluna ou no quadril me dando dificuldade para andar por isso sempre tomo alguns remédios.
- Fiquei surpreso com o que o professor disse.- viro para trás assustada encontrando Brendon encostado na árvore.
- O que você quer? - me afasto dele.
- Eu fui péssimo na prova oral do senhor Z, preciso da sua ajuda.
- E por que eu deveria te ajudar? - guardo meus remédio na bolsa e logo em seguida andando para longe dele. - Da para parar de me seguir?
- Qual é Willou? Eu sou irmão, o que custa você me ajudar? - paro olhando-lhe incrédula.
- Agora você me ver como irmã? - pelas palavras que eu disse vejo haver causado efeito no mesmo já que ele parou me olhando assustado e com o olhar triste. - Procure outro, tenho mais o que fazer.
Brendon pode esquecer o que ele fez comigo, mas eu nunca esqueci. No fundamental o mesmo era popular na escola com seu time de basquete e seus amigos do futebol americano e sua com namorada perfeita, lembro-me que as meninas somente se aproximavam de mim por causa dele e sempre que acreditei que teria uma nova amiga, na verdade, ela estavam atrás do meu irmão.
Brendon sempre foi inteligente e com pulou algumas séries, ou seja, nos términos juntos e entramos na faculdade juntos. O único problema dele era pensar que a popularidade era a melhor coisa que havia acontecido com ele.
Um dia ele disse que quando o sinal batesse o esperasse no portão, e eu como uma adolescente besta estava feliz que pela primeira vez meu irmão iria ficar comigo e não teria vergonha de mim por ser diferente. Eu esperei, esperei muito e quando estava anoitecendo ouvi sua voz com seus amigos, eles me rodearam rindo e falando coisas horríveis enquanto ele também estava rindo, de repente jogaram água em mim junto com farinha.
Me senti horrível, extremamente humilhada e eu corri, corri muito entrando em um beco e ali eu chorei como nunca. Mas eu não esperava é naquele dia eu quase seria estuprada e por pouco não fui.
Traumatizada eu voltei para casa e já na porta podia ouvir as risadas e as conversas animadas. Eu entrei em casa como um ladrão para que ninguém me visse e fizesse perguntas a mim, subi as escadas e no corredor me deparei com Brendon olhando assustado para as roupas rasgadas no meu corpo.
"Obrigada por fazer o que fez, graças a isso me mostrou quem é você de verdade" dissera, eu sentindo as lagrimas molharem o meu rosto "Graças a você quase foi estuprada" seu corpo ficou tenso e ainda estático eu passei por ele o deixando parado ali.
Quando cheguei em casa a noite pouco antes das sete apos um longo estudo na biblioteca, me dirigi ao meu quarto sentindo meu corpo dolorido principalmente na coluna perto do quadril. Ignorando as risadas na cozinha subi as escadas de modo lento e em poucos passos andei, até meu quarto.
Devagar tirei a roupa entrando no banheiro e tomando um banho, assim que terminei vesti um conjunto moletom. Abri minha bolsa pegando meus remédios, primeiro tomei para dor de cabeça o segundo comprimido para as dores nos ossos e o terceiro para a fadiga que insistia em permanecer. Deitei na cama com cuidado e em enrolei abraçando meu travesseiro e não demorou muito eu dormi devido aos remédios.
Ainda sonolenta acordei ouvindo batidas na porta, olhei no relógio e vi que eram dez horas. Levantei-me com cuidado sentindo uma pequena fisgada no meu quadril, tentei, mas uma vez e não consegui me mover.
- Pode entrar. - falei alto. Assim que a porta abriu me surpreendi ao ver meus pais ali com o Brendon. - Precisam de algo? - eles nunca pisaram os pés aqui, por que agora?
- Brendon me falou que foi bem na matéria do professor Z. - disse meu pai, e mesmo não querendo sentir uma pontinha de esperança, não conseguia evitar.
- Sim, eu fui, a melhor da sala. - sorri de leve.
- Quero que ajude Brendon a estudar. - meu sorriso desmanchou.
- O quê?
- Brendon precisa de ajuda e você pode ajudar querida. - disse minha mãe sorrindo.
- É... Pode ser. - senti minha garganta queimar.
- Que bom. - meu pai disse e saio com a minha mãe.
Suspirei engolindo o choro e com um pouco de dificuldade andei ate minha mesinha pegando alguns papeis.
- Você esta bem? Parece doente. - ignorei a sua pergunta e continuei a juntar os papeis.
- Aqui esta as minhas anotações. - andei devagar ate ele o entregando. - Esta tudo resumida e bem explicito não tera dificuldade em entender e se não entender basta me perguntar.
Ele ainda me olhava preocupado. Preocupado? Por que ele estaria preocupado?
- Não vai me ajudar?
- Não, eu tenho mais coisas a fazer.
- Mas você ira precisar das suas anotações.
- Não, eu já tenho tudo no meu computador e no caderno, pode ficar.
- Willou, eu...
- Eu preciso descansar Brendon, se não for precisar mais de nada por favor feche a porta. - deitei novamente me cobrindo.
- Perdão Willou.
Perdão...
É uma palavra tao pequena, mas com tanto significado. Dizem que perdoar é um sentimento bom, nos faz se sentir bem, mas eis a questão...
Eu estou pronta para isso? E se eu não estiver, terá um dia em que estaria pronta?
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Por Você, Willou
RomanceWillou é uma garota encantadora, mas ela se esconde por medo A pequena mulher foi ignorada, rejeitada, invisível e negligenciada pela família, por isso a mesma tem dificuldade em confiar nas pessoas. Willou se tornará uma grande mulher no futuro, m...