Willou é uma garota encantadora, mas ela se esconde por medo
A pequena mulher foi ignorada, rejeitada, invisível e negligenciada pela família, por isso a mesma tem dificuldade em confiar nas pessoas.
Willou se tornará uma grande mulher no futuro, m...
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Marco Russel
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2 anos depois
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Encaro meus aneis brincando com eles entre meus dedos enquanto observo a vista da minha enorme janela. Dois anos se passou e a empresa vem crescendo mais ainda e com mais pedidos e contratos uns melhores que os outros, quase não dou conta de tudo por sorte tenho minha secretaria barra assistente barra estagiaria.
— O senhor tem uma reunião em uma hora. — ela sorri.
Willou...
Ah! Willou...
Se ela soubesse o quanto chamou minha atenção nesses dois anos trabalhando juntos, os perrengues as amizades os micos que eu fazia ela passar sem querer e o quanto ela me livrou de algumas coisas, se ela soubesse o quão de quatro estou por ela.
— Prepare suas coisas, você vai comigo para a reunião. — me olha com atenção.
— O que devo levar?
— Seu notebook, caderneta e seu caderno do estágio.
— Sim, senhor. — pede licença saindo da sala.
No começo foi bem difícil ela se acostumar com os horários e a movimentação da empresa, mas lentamente ela ia conseguindo, eu também sempre a ajudava no fim do seu turno. Ela não gostava de ir em alguns lugares com o pessoal da empresa e em algum momento ela me disse que tinha dificuldade em confiar nas pessoas e não gosta de ficar em lugares com muitas pessoas, disse também que nem possuía amigos por causa de desconfiança.
Então lhe expliquei que para confiar em alguém nós temos que conviver um pouco com as pessoas e com o tempo a confiança se forma, mas não significa que quando a gente se aproximar daquelas pessoas devemos confiar cem por cento, por que em algum momento iriam virar as costas quando mais precisasse.
Ela ouviu com atenção meu conselho, conseguiu se enturmar e tem bons colegas aqui, mas ela me confidenciou que não se sente confortável em falar sobre sua vida e isso as vezes geram curiosidade das pessoas e as vezes têm momentos que a deixam constrangida. Nesse momento falei que ela deve se impor, mostra que não é sua obrigação falar de sua vida para as pessoas se não se sente confortável
— Está na hora, podemos ir? — balanço a cabeça concordando, levanto da mesa arrumando minhas roupas e vamos em direção a reunião. — O senhor Philipes quer construir um prédio moderno que chame a atenção das pessoas ao redor.
— O que ele quer agora? Um prédio que voa? — ela ri baixinho — Estou cansando daquele velho Willou, me socorra. — juntos as mãos fazendo bico e ela ri novamente.
— Ora senhor, não seja dramático. — uma tapa de leve no meu ombro. — Ele é um homem importante para a sua empresa.
— Claro que é. — reviro os olhos — Vamos lá lidar com a fera.
Eu e Willou construimos uma bela amizade para onde eu vou ela vai comigo, não gosto de ir em um ligar sem a presença dela. No começo os boatos que nos tínhamos um caso durou um bom tempo, até eu ver ela chorando no banheiro após me contar em pressão que havia ouvido falarem estava transando comigo por dinheiro. Vê se pode uma coisa dessa?
Eu surtei e arrastei comigo, até a sala de lazer onde estavam quase todos, pois eram suas horas de almoço. Gritei, xinguei, expliquei e gritei novamente, em poucos dias os boatos acabaram em um piscar de olhos.
Com o tempo o sentimento de amizade foi mudando para amor, eu sempre a observava, seu jeito delicado e manso de falar o jeito que arrumava seus cabelos longos com cuidados e sempre o olhar de curiosidade e de desconfiança.
Willou é um pequeno animal desconfiado e indefeso, mas ao mesmo tempo, feroz, arisca e que nunca foge de uma luta. Demorei dois anos para ter sua confiança e menos de dois anos para me apaixonar por ela, mas tenho grande certeza que ela não possui o mesmo sentimentos que os meus e que me vê como um grande amigo. Ela nunca ficaria com um velho que não tem nada a oferecer-lhe.
E eu prefiro amar ela em segredo e ver ela feliz com outro do que longe de mim.
— Boa tarde a todos, sentem-se — e assim fazem. — a reunião começa e todos colocam suas ideias em ação em relação ao prédio. — Muito simples. — digo.
— E se contorcêssemos ele? — voz de Willou me chama atenção, ela me olha pedindo permição e cedo. — Contorcemos ele, o elevador iria fazer a mesma volta do formato do prédio, mas o tubo seria de vidro para distrair as pessoas observariam a vista. — desenha no Ipad e o formato vai se formando na tela para todos verem — Também poderíamos fazer um jardim suspenso com várias catégoria de flores e plantas. O que acham?
— Isso está horrível! — o sorriso de esperança se desfaz quando um dos homens da reunião se pronuncia. — As pessoas iriam olhar e acharem...
— Incrivel! — senhor Philipes diz de repente. — As pessoas vão acharem incrível! Eu quero esse prédio agora senhor Russel, esse prédio vai ser mostrado em todos os lugares do mundo e você minha jovem — caminha apressado na direção de Willou — Você ira aparecer ao meu lado na primeira capa, você será conhecida por pensar, montar e colocar em ação o melhor prédio que New York e o mundo já viu. — seguro a risada quando ele sai da sala gritando sobre o prédio ser perfeito
A equipe de Design entra pegando os detalhes para fazer o molde e logo se vai. Arrumo meus papeis colocando na caixa assim como Willou e vamos em direção a minha sala, no caminho ela parece tensa e eu sei o porquê.
— Diga logo Willou. — sento na mesa.
— Desculpe. — diz e eu a olho sem entender. — Eu não devia ter feito o que fiz, me entrometer na reunião eu sou somente uma secretaria barra assistente barra estagiaria.
— Não precisa pedir desculpa por isso Willou. — levanto ficado em pé dando a volta na mesa ficando na sua frente — No fim do estágio eu vou efetivar você ou te demitir e te ajudar a construir seu próprio negocio.
— Mas gosta de trabalhar aqui. — diz baixinho.
— Mas não pode ser minha secretaria barra assistente para sempre. — toco seu cabelo afastando do seu rosto. — Não importa o que acontecer Willou, mas eu preciso te dizer uma coisa muito importante.
— O quê? — me olha com curiosidade
— Eu tenho orgulho de você linda!
— O quê? — me olhou assustada e de repente começou a chorar. — Repete por favor...
— Eu tenho muito orgulho de você. — sorri.
Seu choro se intensifica e de repente pula em mim enroscando suas pessoas na minha cintura me assustando.
— Você tem orgulho de mim? — senti minha roupa molhar com suas lagrimas.
— Muito, tenho muito orgulho de você. — sorrio a abraçando com força.
