24° Capitulo

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Marco Russel

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Marco Russel

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Impotência...

É o sentimento que sinto nesse momento, me sinto impotente e culpado. Se eu tivesse a expulsado da daquele lugar, se eu tivesse chamado a segurança, nada disso estaria acontecendo.

— Ela vai fica bem. — nesses últimas dias ele vem se mostrado um bom irmão para o meu chocolatinho.

— Eu estou com medo. — sou verdadeiro. — E se ela tiver sido muito machucada?

— Não leve esses pensamentos por esse lado. — toca meu ombro. — Mas me diga, aconteceu algo naquela sala, entre você e a tal Amber?

— Não. — digo firme, pois é verdade. — E nunca aconteceria nada entre mim e ela, eu amo a Willou, ela é tudo para mim e eu nunca me perdoaria se a machucasse, de qualquer maneira. — Brendon apenas balança a cabeça encostando na cadeira.

Minha mente viaja para algumas horas atrás vendo Amber invadir meu escritório, tenho certeza que ela se aproveitou do momento em que meu secretário não estava em sua mesa. Assim que ela entrou começou a falar coisas sem disparate nenhum e eu não estava entendendo nada do que ela dizia, ela estava fora de si com os olhos vermelhos. Então em um certo momento ela tentou se aproximar de mim, mas eu afastei indo para atrás da poltrona e foi esse momento que ela tirou a roupa ficando nua na minha frente.

Eu não senti desejo, eu não senti nada além de asco e nojo, sentia vontade de vomitar e para não acontecer pensava na minha bebê. Eu ia expulsa-la, no momento em que iria fazer Willou entrou na minha sala e fiquei tão assustado e com medo dela pensar que havia acontecido algo entre mim e Amber, mas para a minha pouca sorte ela ouviu pelo menos a metade.

Minha bebê estava pálida, estava mal e eu queria cuidar dela, mas ela saiu da minha sala antes de eu pedir para ela ficar e tudo aconteceu, foi tão rápido, o momento em que meu secretário avisou do atropelamento a sensação de medo e de que tudo iria se ruir ao meu redor em pouco segundos.

Eu segurei meu mundo em meus braços e foi desesperador...

— Marco? — ouvi Brendon me chamar. Levantei andando até a saída. — Aonde você vai?

— Vou fazer algumas ligações. — aviso.

No lado de fora peguei meu celular discando o número de um velho amigo.

— Grande Russel, a que devo a honra de sua ligação.

— Preciso de um favor.

— Somos amigos, só pedir e farei.

— Por onde anda?

— Brasil. Precisava de umas férias, nada como uma comida boa, praias, um música boa para melhorar tudo. Sabe como é, muitas coisas ilícitas cansam.

— Quero que ache uma pessoa para mim.

— Posso saber o motivo?

— Atropelou minha mulher e eu quero sua cabeça em uma bandeja de ouro puro. Seu nome é Amber Heard.

— Seu desejo é uma ordem meu amigo.

Desligo o celular suspirando e volto para dentro, Brendon andava de um lado para o outro deixando nítido que estava nervoso pela demora.

— Nenhuma notícia?

— Não, eu estou quase perdendo a paciência e invadindo.

O tempo se passa nos deixando mais nervosos e impacientes. Clara e Linda haviam chegado depois que Brendon havia mandado mensagem para elas, ambas aparentavam estarem calmas mas, na verdade estavam mais nervosas do que eu.

— Parentes de Willou Carlsson?

— Somos nós. — digo.

— Eu tenho uma notícia boa e duas ruins. — continuou. — A senhorita Willou não teve nenhuma fratura em relação ao atropelamento. — ouvi suspiros de alivos, mas não senti esse alivio em mim. — A primeira notícia ruim é que fazendo os exames descobrimos que ela possui câncer e um deles...

— Um deles? — o interrompi. — O que o senhor quer dizer com isso?

— Essa era a segunda notícia ruim, Willou possui duas categorias de câncer diferentes em seu corpo e com o passar do tempo eles vão avançando. O primeiro câncer que nos detectamos foi o de medula óssea, que, com um simples transplante de um parentesco familiar pode ser curado, mas nós precisamos fazer o mais rápido possível, o mesmo está muito avançado.

— Oh Meu Deus! proteja minha menina... — ouvi Linda pronunciar.

— Os senhores nunca notaram nada de diferente? Os síntomos são um exemplo.

— Ela sempre sentia dores nos ossos, especificamente na coluna e quadril e sempre vivia cansada. Ela tomava remédios, mas após dois anos as dores pararam e um tempo depois voltaram. — Brendon o responde.

— Esse é um dos sinais. — o médico suspira. — O segundo câncer é a Leucemia. — sinto minhas pernas tremerem. — Essa doença é um pouco rara de acontecer e quando existem os sintomas não aparecem e quando aparecem são fracos. A doença ocorre quando a medula óssea produz em abundância essas células. Dessa forma, elas sofrem mutações, impossibilitadas de cumprir sua função normal. Então, em algum momento a medula produziu muita quantidade de glóbulos brancos mesmo doentes.

— Como isso é possível?

— Nos não sabemos. É raro possuir dois categorias de câncer diferentes, mais raro ainda quando uma está interligada na outra, mesmo doente. Talvez a medula tenha produzido glóbulos doentes e com isso surgiu a Leucemia.

— Possui tratamento? — alguém pergunta.

— Sim, mas tem um específico que ainda não foi testado, esse tratamento é mais fácil e rápido. Se vocês permitirem nos podemos tentar.

— Está usando minha mulher como um rato de laboratório?

— Não. — diz convicto, tenho vontade de soca-lo. — Mas veja, esse tratamento tem muito mais oportunidade de tudo sair certo.

— Foda-se! — esfrego o rosto nervoso.— Vamos focar no transplante primeiro. Brendon, você vai não é?

— Óbvio, ela é minha irmã . — o médico chama a enfermeira e o leva até a sala de exame para ver quais as hipóteses de serem compatíveis. Sei que qualquer um pode doar, mas se for da família possui mais oportunidades ainda. — Quero ver minha mulher.

— Claro. — ele me leva até um corredor e depois viram em outro parando em frente a uma porta. — Ela está sedada. — avisa e eu entro.

Meu chocolatinho está deitada na cama ligada ao soro dormindo, eu podia ver alguns arranhões em seu rosto. Sentei em um banquinho ao lado da cama e toquei sua mão, estava fria diferente das outras vezes.

— Amor? Está me ouvindo? — senti minha garganta arder. — Eu estou aqui com você ok? Eu não vou te abandonar, eu vou te ajudar em tudo e você vai melhorar e vamos voltar para casa. — senti as lágrimas no meu rosto. — Por favor meu amor, prometa que vai ser forte porque eu juro com toda a minha alma que vou ser forte por nos dois. — choro tocando seu rosto sereno. — Eu estou aqui com você meu chocolatinho açucarado, prometo ficar ao seu lado meu amor, eu prometo ficar aqui por você e com você. Por você, Willou.

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Por Você, WillouOnde histórias criam vida. Descubra agora