Willou é uma garota encantadora, mas ela se esconde por medo
A pequena mulher foi ignorada, rejeitada, invisível e negligenciada pela família, por isso a mesma tem dificuldade em confiar nas pessoas.
Willou se tornará uma grande mulher no futuro, m...
O olhar reflete a alma, nele você encontra sedução, desejo, amor, paixão, verdades, mentiras, segredos, revelações, alegria, tristeza, o bem e o mal.
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Willou Carlsson
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"Eu tenho orgulho de você..."
As palavras pairam minha mente como um eco sem fim, eu esperei tanto por essas palavras e foi por uma pessoa que sinceramente não esperava ouvir.
Eu sempre fiz quase tudo para receber esse sentimento em troca das pessoas que deveriam estar ao meu lado, mas a única coisa que recebi foi solidão e desprezo, nunca vou entender o porquê disso, talvez eu nunca entenda realmente, e é assim que as coisas funcionam.
— Você está bem? — senti ele andar devagar e se sentar comigo ainda em seus braços — Nunca pensei que você iria chorar, desculpe não queria te fazer chorar.
— Você me fez chorar de felicidade, nunca pensei que um dia iria ouvir essas palavras.
— Você é perfeita merecer ouvir essas e muito mais. — senti meu rosto arder.
Não o respondi, somente sai do seu colo pedindo desculpa, mas ele não se importou, conversamos mais um pouco e depois eu segui para a minha mesa.
Nesses dois anos que se passou eu conseguir um apartamento grande e de quebra uma colega que aluguei o quarto, nos tornamos grandes amigas e ela é bem legal.
Quando decidi informar que iria embora meu pai me deu um grande sermão dizendo que ele não iria me sustentar, mas eu deixei claro que eu tinha um bom emprego e não precisaria do dinheiro dele, minha mãe ficou quieta e não falou nada quando meu pai disse aquelas palavras. Lucian chorou muito me deixando de coração partido
"Não deixem ela ir pai!" gritou ele chorando "Façam algo. Não vá por favor"
Mas eu prometi que sempre que pudesse iria visita-lo na escola e quando Linda fosse me ver ela o levaria também, ele demorou para aceitar, mas no fim ficou tudo bem.
Brendon não estava em casa, ela havia viajado dois dias antes da e iria passar duas semanas fora acampando com os amigos, provavelmente ele somente soube quando ele voltou e eu nunca mais voltei a vê-lo, mesmo trabalhando na mesma empresa ele sempre sai mais cedo, já eu sempre saí mais tarde e a maioria das vezes passo o dia fora com o senhor Marco em almoços de reuniões.
Por falar em Marco, ele é um homem bom, carinhoso e de bom carácter, não vou mentir ele despertou bons sentimentos dentro de mim, mas eu tenho medo de algo acontecer por que nos somos muito diferentes e ele provavelmente nunca ficaria com uma garota da minha idade que nunca teve nada de ninguém e teve a virgindade tomada de uma forma traumatizante com um passado feio, talvez ele goste de mulheres mais maduras e eu não sou como elas.
Sim, eu confesso. Estou apaixonada por meu chefe.
— Willou? — ouço a sua voz do meu lado.
— Sim?
— No que estava pensando? Você estava tão distraída. — me olha com atenção, mas ele logo sorri. — Está cansada não é? Por isso estou aqui, pode tirar o dia livre hoje.
— Não vai mais precisar de mim?
— Não, somente tenho que ver os papeis, mas posso fazer isso em casa.
— Tudo bem então! — ele me da um beijo na testa e se despede.
Tenho medo de falar sobre meu passado e ele ir embora quando descobri que talvez eu seja um fruto de uma traição, uma bastarda e intrusa na família. Eu não o quero longe de mim por que após tanto tempo eu tenho alguém do meu lado de verdade.
Minha psicologa diz que talvez por ter um exemplo de alguém amoroso, um exemplo ou uma aprovação em casa posso chegar a ter uma dependência emocional por ele, ou até uma pequena obsessão, mas não acho eu poderia muito bem viver ao seu lado vendo ele construir uma família com outra pessoa e se eu chegar até uma pequena dependência emocional vou fazer o possível para tratar.
Suspiro entrando no meu carro e vou em direção ao shopping, eu preciso fazer algumas compras eu precisando de algumas roupas e peças intimas. Assim que chego, vou direto na loja de lingerie que é a minhas favoritas, compro algumas calcinhas e sutiãs a vendedora me indica ate um lingerie sexy com cinta-liga então resolvo comprar pelo menos duas.
Comprei também algumas roupas, estou precisando de calças, mas também vi um vestido longo vermelho com uma fenda grande e um decote bem generoso não resisti e decidir comprar.
— Olha parece que alguém foi as compras e não me chamou. — diz Clara quando entro em casa. — Chegou cedo.
— Marco resolveu me liberar mais cedo, aproveitei e comprei algumas coisas que estava precisando.
Clara é uma ótima menina, ela tem dezenove anos e está fazendo faculdade de Relações Internacionais, saiu de casa devido ao seu padrasto que estava assediando ela sua mãe não acreditou e ela resolveu ir embora. Uns meses depois sua mãe veio atrás dela pedindo perdão por que descobriu que o mesmo tinha um caso com a filha da vizinha e a mesma era de menor e ele havia confessado tudo, mas Clara não voltou e preferiu ficar, sua mãe a vem visitar sempre mostrando se arrependida de tudo.
Clara também é boa na cozinha e ela que prepara a comida aqui de casa e é uma delícia.
— Iaê? Já se declarou pro chefão hoje? — riu indo em direção a cozinha e eu a segui.
— Aconteceu algumas coisas e eu pulei no colo dele. — disse baixinho.
— Serio? — confirmei — Safadinha! — me cutucou e eu ri — Vai me contar — neguei — Ok...
— O que pretende fazer hoje? — perguntei.
— Vou uma baladinha, preciso transar e dançar. — suspirou de modo exagerado. — Quer ir comigo?
— Não, estou cansada quero ficar em casa e amanhã eu tenho um longo trabalho.
— Tudo bem. — da de ombros. — Não me espere eu provavelmente vou dormi fora.
— Tabom, mas cuidado.
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Era quase dez horas da noite e eu permanecia acordada maratonando meu filme favorito.
Jogos Vorazes.
Esse filme é a minha paixão por que foi o primeiro que eu assisti quando Linda me levou para o cinema pela primeira vez. Enquanto ela achava um absurdo as pessoas se matarem por nada eu amava cada detalhe e nunca me cansei de assisti, ate decorei a música. Sorri quando Candace começou a cantar a música e eu cantei junto.
— "Você Você Vem pra árvore Onde mataram um homem Que dizem que matou três Não mais estranho seria a gente se encontrar A meia-noite na árvore-forca"
Parei de cantar quando ouvi uma batida forte na porta, com receio me aproximei devagar, olhei pela pequena bolinha e vi Brendon ali. Por que ele esta aqui? Como ele havia me encontrado?
— Sei que está ai, abra por favor eu preciso de ajuda.
De modo lento abri a porta e me assustei com seu estado, ele estava machado e com sangue.
— Por que está assim? — o ajudei a entrar. — O que aconteceu? Como me encontrou? — ajudei ele a sentar no sofá.
