Olho uma última vez para fora do aeroporto, estamos já na passarela entrando no avião. Conseguimos dois assentos no último voo da noite.
— Você tá gelada relaxa, jungkook não sonha que estamos indo embora. E nunca tiraria a guarda de Min. — eu olho para minha irmã, que carrega o sobrinho com cuidado, tento sorri e ficar tranquila. Mas a sensação que não estou segura e que posso perder Min não deixa meu corpo. Me sinto doente e fraca.
Assim que achamos nossos assentos, me acomodo e ponho min em meu colo. Olho o celular e olho as outras pessoas embarcando, contando os segundos para o avião fechar a porta.
— Senhoras passageiras Lee Haru, Lee Min Ji por favor peço que nos acompanhem. — meu coração gelou eu olho para Min Ji. Eu sabia! Sabia que não deveria confiar em Jk de novo.
— Vamos... — minha irmã pega Min no colo e seguimos até à frente da aeronave, onde avisto alguns homens de terno. É horrível sair do avião: estamos indo na contramão, pessoas tentando entrar e achar seus assentos, outras guardando malas, é um empurra empurra. Eu acabo caindo.
— Não chora Haru. Não chora Haru — repito para mim mesma, enquanto uma comissária de bordo me ajuda a levantar.
— Você tá bem?! — minha irmã pergunta nervosa eu balanço a cabeça, em um sim silencioso.
— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?! — me exalto assim que saio da aeronave, olhando para os homens de terno. Não reconheço nenhum.
— Você não pode deixar o país. Não enquanto o processo de reconhecimento de paternidade e guarda compartilhada terminar. — um homem, que descobrir ser um agente judicial, me entregou um papel: Jungkook entrou na justiça. Eu não estava conseguindo pensar. Eu estava com raiva. Eu só queria ver jungkook.
— Cadê o covarde responsável por essa palhaçada? — amasso o papel e jogo nos homens a minha frente. Minha irmã segura meu ombro. Olho e vejo que Min acordou. Dou um beijo em sua bochecha.
— Omma... — min fala sorrindo agarrando meu pescoço para vir pro meu colo, mas não consigo carregá-lo sem uma espécie de mochila que garante que não vou jogar meu filho no chão. Me sinto patética por as vezes não consegui dar o mínimo para meu filho, como colo, igual qualquer outra mae.
— Por favor nos siga.
...
Chegamos em uma espécie de sala vip ou privativa do aeroporto. Reconheço jungkook, Namjoon e o manager do meu ex. Todos estão em pé, os homens que me tiraram do avião saem. Jungkook veste um terno cinza e óculos escuros. As mãos estão nos bolsos da calça. Eu o olho com nojo.
— Você tá machucada? — Jungkook pergunta e olho meu braço ralado. — eu falei que não queria forçar a Haru a nada. — se direciona ao seu manager. E tenta se aproximar de mim.
— NÃO. CHEGA. PERTO. — falo com tanta mágoa que todos os homens se ajeitam e dão um passo para trás. —Eu sabia, eu sabia que isso ia acontecer, que eu não deveria confiar na sua carinha de neném. Mas quis ser legal e mais uma vez, jungkook, tu ferra com a minha vida. Qual o teu problema?!
— Haru, eu entendo que você esteja magoada, que eu fui um idiota, mas você, acredite ou não, eu não quero roubar seu filho, quer dizer nosso filho. Você não fez sozinha. Eu participei ativamente. Eu só quero ser pai, eu tenho esse direito. Eu quem deveria estar desconfiado. — eu não acredito no que acabo de ouvir, fico constrangida como jk fala.
— Você? Por que você deveria estar desconfiado? — pergunto ironicamente.
— Você estava fugindo com min... eu achei que a gente tivesse se entendendo mais cedo... — jk parece estar com raiva e isso piora meu humor, jk não tem direito nenhum.
— Jungkook entenda uma coisa: Você me largou com a desculpa que uma pcd não era mulher para você assumir. Horas após falar que ia casar comigo, coincidência ou não, esses dois— aponto para Namjoon e o manager— estavam presentes.
Eu não confio em nada que sai da sua boca, eu não confio em nada! Quem me garante que você não vai tomar min? Você é milionário, famoso... Eu não teria chances, ou pior como vamos manter uma guarda compartilhada em continentes diferentes? Você tá sendo egoista, você não está pensando em Min. — estou exausta e me sento, meu braço começa a latejar.
— Eu sei muito bem o que aconteceu no passado. Eu sonho com aquela manhã, todos os dias. Não pense que você é a única que sofreu, que abriu mão de quem amava. Eu reconheço que, talvez, você tenha sofrido muito mais que eu. MAS EU SOFRI!!! — nunca ouvi jk gritar comigo. eu amarro meu cabelo. E cruzo as pernas. — eu to falando com você Haru, para de agir como se fosse superior, como se não fosse culpada por essa situação também. Eu nunca teria deixado meu filho, eu nunca teria escondido um filho nosso. EU ERREI EM PROPORÇÕES GIGANTESCAS... — Jk se exalta fecha a mão com raiva. — mas você também errou, se você tivesse mandado uma única mensagem, falando do min tudo teria sido diferente.
— Não jk, não ponha sobre mim a culpa que é sua. Você me abandonou por causa da deficiência, quem me garantiria que não iria me obrigar a abortar? Ou você queria que eu confiasse no seu amor? No amor da droga de um babaca que me abandonou?! — jk se joga de joelhos na minha frente e me abraça. eu começo a tentar me soltar. Mas jk é mais forte — me solta!!!
— me perdoa... por favor! — sua voz é uma mistura de choro e desespero. Mas jk não sabe o que é desespero. Não como eu.
— Omma! — min está assustado e me olha chorando.
— Eu preciso cuidar do meu filho, preciso dar de mamar, será que vocês podem sair? — Olho para Namjoon e o manager. — vocês podem levar o jk daqui? — aponto para jk que continua agarrado a mim com a cabeça no meu colo.
— Eu não dou conta de arrastar o jungkook daí. desculpa — Namjoon me olha e vejo que está lutando contra o choro.
— Se o Namjoon não consegue, eu menos ainda — o outro coreano responde.
— Só saiam — falo e pego min no colo e, assim que todos saem da sala, inclusive minha irmã, com a desculpa de ir ao banheiro, eu amamento min. O jeito mais rápido de tranquilizar o pequeno jk e o mesmo dormir rápido. Enquanto o jk adulto continua chorando em meu colo.
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O amor que eu sonhei (Livro 5)
Fanfiction(Concluída) -Você fala isso porque é meu amigo. Mas garotos como você nunca namorariam garotas como eu. - jungkook me olha com sua franja preta cobrindo parcialmente seus olhos, sua boca está levemente aberta. - E por que não? - olho para seu rosto...