Fico me sentindo péssima por não ir levar Min no seu primeiro fim de semana com Jungkook. Queria ter ido pessoalmente ensinar jk a preparar o mingau do nosso filho, ensinar a dar banho, vestir roupa, trocar fralda, jungkook não deve saber nada disso. Mas eu expliquei tudo direitinho na agenda. Preciso me acostumar que agora Min tem um pai, não é fácil separar a mágoa que sinto. Mas estou tentando. Tentando por Min.
— E aí? Min não chorou? Falou da agenda? — pergunto assim que minha irmã entra. Estamos em um hotel em Seul, não dá pra ficar em Busan estamos indo e vindo de exames e reuniões. Toda a reserva de dinheiro que juntei nesses últimos anos, está indo com as despesas do processo que jungkook iniciou contra mim. Eu nunca falaria isso para o mesmo.
— Falei, Min está bem — min Ji está com a mesma expressão de quando éramos crianças e aprontava alguma arte na casa da vovó.
— Falou o motivo de eu não ir pessoalmente? — pergunto ja com receio do que vou ouvir. — o que você falou min Ji?
— Eu falei que seu namorado chegou na cidade— me dá um alívio, mas vejo min Ji segurando o riso. — mas você explicou o que é meu namorado? — eu estava precisando de dinheiro então resolvi infelizmente leiloar minha obra mais cara, chamada namorado. Perguntei para sorriso bonito alguns contatos interessados, Namjoon já havia realizado uma oferta há algumas semanas quando viu uma foto da tela: um casal de namorados sob uma cerejeira. Parece algo banal, mas retratar coisas simples de forma tão verdadeira é mais difícil, além disso, o que de fato a torna especial é o meu traço.
Não queria me desfazer dessa obra, queria dar de presente para Min, mas nesse exato momento min precisa de conforto e o dinheiro do quadro vai proporcionar isso.
Resolvi aceitar a oferta, mas não falei o motivo. Para economizar o dinheiro eu mesma estou responsável por realizar o processo de venda da obra e, por isso, não pude ir deixar Min. Também aceitei uns freelas de professora de arte em algumas escolas aqui em Seul.
— Você não falou que estamos sem dinheiro? Porque isso pode me prejudicar no processo... — min Jin se senta no sofá.
— Não, mas teu ex acha que tu tens um namorado. — eu olho minha irmã e não acredito no que ouço.
— Isso também pode me prejudicar no processo.
— Aonde você tá indo? — ouço min Ji enquanto saio do quarto de hotel.
— Vou falar a verdade para Jungkook. — min Ji vem atrás de mim. — Não precisa me levar, você tá trabalhando muito esses dias. Eu vou de táxi — entro no elevador e dou um sorriso para minha irmã.
...
Toco a campainha e um jk nervoso e todo soado atende a porta.
— Por que você tá com essa cara? — pergunto e entro sem pedir licença ou esperar que jk me convide para entrar. — onde min tá?
— No quarto dele, por aqui. — jk fala e enxuga a testa, mas gotas de suor continuam molhando seu rosto e blusa. — eu segui direitinho a agenda, mas a febre não passa. — jk parecia uma criança com medo.
entro no quarto, que é lindo. Mas não consigo prestar atenção na decoração. Apesar de ficar emocionada com o cuidado de Jk em preparar um quarto para Min, só consigo pensar em cuidar de min.
— Me dá ele, por favor. — falo sentando em uma poltrona enorme próxima a caminha de bebê em que min está deitado. Jk pega nosso filho e me entrega.
— Eu chamei o médico, deve tá chegando... desculpa— sinto pena de Jk, parece eu nos primeiros meses de vida de Min. A diferença é que eu não tinha ninguém para chamar. Era eu e Deus por meu filho.
— Tudo bem... é febre emocional, é a primeira vez que ficamos tanto tempo longe. Pega o termômetro na bolsa, que min Ji trouxe. — falo enquanto tiro a roupinha de min, seu corpo está quente. Mas a febre não é alta. — 37.5, tá baixando — falo para tranquilizar Jk. A campainha toca — deve ser o médico, vai atender.
...
— Você deveria ter me ligado eu teria vindo na mesma hora... Eu sei como é difícil a primeira febre, essas coisas. — falo sentada na mesma poltrona, Min dorme tranquilo. O médico o avaliou passou um medicamento e aplicou um pouco de soro, porque a febre desidrata. Mas não era nada demais. Realmente era febre emocional.
Resolvi passar a noite aqui se Jk não se importar. Ainda não falei nada. Estou sem coragem.
— Eu não queria atrapalhar seu dia com seu namorado. — Jungkook responde enquanto tira a blusa suada e eu desvio o olhar — você pode ficar olhando min, enquanto tomo um banho? Vou ser rápido, espero que seu namorado não reclame. — eu começo a ri. Não sei como ainda existe humor em mim para rir, minha vida está de ponta a cabeça.
— Jungkook meu namorado não vai ligar. Porque meu namorado é um quadro que eu pintei e que chegou hoje da França.
Jungkook me olha de rosto vermelho e sai do quarto.
Gente sinceramente não acho que exista certo ou errado nessa história. Haru, está cuidando do filho e de si própria como pode, Jk também. Mas infelizmente são humanos e, todos erram.
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O amor que eu sonhei (Livro 5)
Fanfic(Concluída) -Você fala isso porque é meu amigo. Mas garotos como você nunca namorariam garotas como eu. - jungkook me olha com sua franja preta cobrindo parcialmente seus olhos, sua boca está levemente aberta. - E por que não? - olho para seu rosto...