| Capítulo 21 |

2.6K 269 41
                                    

┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈
Capítulo 21 | Dandelions
Bella Leblanc:
┈──╌❊╌──┈⊰᯽⊱┈──╌❊╌──┈


    — Então, você vai nos ajudar? — Perguntou Apolo a Nanda, que está a meia hora sendo convencida por nós.

    Nosso plano é fazer o meu pai acreditar que eu vou passar o fim de semana na casa dela enquanto eu e Apolo vamos a cidade vizinha visitar um museu.

    — Iih Apolo, eu não sei não. Você arranja uma namorada que seu pai odeia e quer me arrumar esse tipo de b.o? E se o pai dela descobrir e vir bater na minha porta? A minha mãe me mata se souber que me meti na fuga de vocês! — Nanda discursa exasperada, roendo as unhas.

    — Eu prometo que ele não vai descobrir — juntei as mãos. — São só dois dias, eu juro! — Implorei.

    — Você vai me pagar uma fatia de bolo de chocolate da padaria da esquina todos os dias por um mês — ela apontou o dedo para Apolo seriamente e ele abriu um sorriso largo.

    — Amo você. Já falei que é a melhor amiga do mundo? — Ele puxou a garota e bagunçou os cabelos cacheados dela, que deu um tapa na mão do mesmo e fechou a cara.

    — Não mexe na porra do meu cabelo, garoto! — Ela se afastou de braços cruzados. — Não sei como depois de tantos anos eu ainda me arrisco a me meter nos seus planos — Nanda balançou a cabeça negativamente.

    — É porquê você me ama. Não julgo. Quem não amaria? — Apolo piscou o olho e ela lhe deu o dedo do meio.

    — Então, vamos lá? — Sorri para a garota, que logo arregalou os olhos.

    — Vocês querem fazer isso hoje? Tipo, agora?

    — Sim, ué. Hoje é sexta. Vamos hoje e voltamos no domingo à noite. O irmão da Bella aceitou nos ajudar e ajudar a convencer o Mave… — Apolo esfregou a nuca me encarou por cima do ombro. — Vou deixar vocês lá. Depois de tudo resolvido me chamem, se tudo der certo, às 19:00h você me encontra na praça, beleza?

    Assenti com um sorriso e dei um selinho demorado em Apolo. Nanda fingiu ânsia de vômito e nos xingou para adiantarmos. Saímos da sorveteria e terminei de beber milk-shake de morango até em casa, onde Apolo estacionou o carro na esquina e deixou que eu e a Nanda fossemos sozinhas até minha lá para não causar desconfiança.

    A porta estava aberta quando eu entrei. Meu pai estava atrás do balcão da cozinha picando alguns temperos para o jantar junto com o Bill, que levantou o olhar para nós e me lançou um olhar, perguntando silenciosamente se viemos fazer o que viemos fazer.

    — Boa tarde, pai — chamei a atenção dele, que finalmente notou nossa presença e enxugou as mãos no pano de prato que estava no ombro. — Essa é a Nanda, minha amiga.

    — Sua amiga? — Meu pai não conseguiu esconder o choque. Tentei não deixar sua reação me magoar. Eu ter uma amiga não devia ser motivo de espanto. — M-muito prazer, Nanda. Como vai? Fico feliz em conhecer uma amiguinha da minha filha. — Ele sacudiu a mão da garota nervosamente e a Nanda riu.

    — Amiguinha, pai, sério? — Juntei as sobrancelhas, descrente. Eu tenho o que? Seis anos? — Enfim, a família dela vai viajar para um acampamento esse fim de semana. Hoje, na verdade. Ela me chamou. É tudo em família então não precisa pagar nada além da minha comida. Eu posso ir?

    — É. Só vai minha mãe, meu pai e alguns primos. Como sou a única menina, pensei em ter uma amizade feminina comigo — Nanda agregou. — Voltamos no domingo à noite.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora