| Capítulo 28 |

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Capítulo 28 | Conversas
Bella Leblanc:
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    Só então juntei as peças e entendi o convite repentino da Nanda. Tudo um plano idiota para me fazer ver o Apolo e ouvir qualquer mentira esfarrapada que ele tenha a dizer.

    — O que você está fazendo aqui, Apolo? — Perguntei, mesmo tento o motivo estampado na sua testa. Eu sou ele. Só então ele parece notar o meu cabelo e arregala os olhos.

    — Uau… o seu cabelo… ele tá lindo — e sorriu, incrédulo.

    — Perguntei o que tá fazendo aqui, Apolo! — Falei, dessa vez mais alto.

    — Preciso que me ouça… preciso que… — ele novamente passou as mãos no cabelo e recuou um passo.

    — Não tô pronta pra isso, sério mesmo… — dei as costas e já ia girar a maçaneta quando ele me puxou, bateu a porta de novo e me prendeu no meio dos seus braços, que se apoiaram no lado da minha cabeça.

    — Por favor, Bella — suplicou, me olhando nos olhos. Apertei os meus para desviar, mas mesmo assim foi impossível não ceder. Não quando estou sentindo o calor do corpo dele no meu.

    — Você tem cinco minutos. — Falei ríspida e ele suspirou aliviado. — E se… afasta, por favor — encarei sua camisa na altura dos meus olhos e ele se afastou, indo se sentar na cama.

    — Eu… — Apolo apoiou os braços no joelho e esperou que eu puxasse a cadeira da penteadeira da Nanda para me sentar também. — Fui obrigado a fingir aquilo, Bella. Eu não gosto da Julia, nunca gostei. A Julia gosta do Bill, e eu gosto de você, eu amo você. — Franzi as sobrancelhas com a declaração e cruzei os braços.

    — Como assim forçado, Apolo? Ninguém força ninguém a namorar ninguém — ri sem humor e revirei os olhos. — Tirou essa história de que livro, hein?

    — Porra, você não conhece o meu pai, Bella. Os motivos pelos quais você não gosta dele são só a ponta do iceberg. Ele e a Lívia nos forçaram a isso como uma jogada de marketing. Acharam que alcançariam o objetivos dele na mídia caso os filhos deles estivessem juntos, afinal, somos os herdeiros das empresas… — Apolo ficou balançando a cabeça, como se reconhecesse o quão insano é o que acabou de falar.

    — Você tem dezessete anos e ela também. Não podiam recusar essa palhaçada? Ou você achou que, já que os nossos pais não querem nos ver juntos, seria mais fácil aceitar isso de uma vez pra ter uma boceta de vez em quando? — Ironizei. Ele bufou com raiva.

    — Eu achei que você me conhecia, Bella. Mas depois de ouvir isso não sei se na verdade eu te conheço… — ele se levantou e começou a andar de um lado a outro.

    — Você podia ter me contado, Apolo. Mas não. Você fez esses dias parecerem incríveis, você tirou minha virgindade e no primeiro problema que apareceu entre nós, eu simplesmente vi você entrar junto com sua prima no restaurante e seu pai dizer que o amor vence as diferenças… consegue entender? Eu também achei que te conhecia antes disso! — Me levanto e aponto, já com os olhos molhados.

    — Ele ameaçou a minha mãe! — Apolo gritou, e quando me encarou de novo seus lábios estavam trêmulos, como se ele segurasse o choro. — Com uma simples porra de ligação ele conseguiu fazer ela perder o emprego! E te ameaçou também! Posso provar, Bella, tenho as mensagens! George consegue manipular o seu pai pra foder com sua vida tanto quanto tá fodendo com a minha! — Agregou, esbravejando e apontando o dedo para o próprio peito.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora