| Capítulo 1 |

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Apolo
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Bella Leblanc:
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Para aqueles que acreditam no amor verdadeiro, épico e destruidor de almas. Este é pra vocês.”

Leio a dedicatória do livro novo que meu pai comprou pra mim. Se chama “Mil Beijos De Garoto”.

Não acredito que o amor seja apenas um destruidor de almas. Ele pode sim, destruir alguém que está amando sozinho, contudo, quando é recíproco, pode reconstruir a alma.

Embora você não deva colocar sua felicidade e bem-estar em nome de alguém, às vezes o amor de outrem é o que lhe falta.

Talvez eu deva estar sonhando alto demais ao acreditar no amor verdadeiro, mas, sim, eu acredito, só não acredito que ele vá bater na minha porta, até porquê eu nem me dou o trabalho de socializar com garotos.

Li quinze páginas do livro quando fui interrompida pelo meu pai batendo na porta.

– Vamos filha, eles estão nos esperando. – Meu pai me chama.

Que eu saiba, íamos – como em todos os domingos – almoçar na casa do melhor amigo dele, George.

– Eles? Quem é a louca que está se arriscando a se relacionar com aquele homem? – Arregalo os olhos, espantada.

– Nenhuma, Bella. O filho dele vai morar com ele agora. Esqueci de contar. – A voz do meu pai se distancia. Acho que ele foi chamar meu irmão.

Engraçado que ele fala que esqueceu de contar como se em algum momento eu estivesse interessada em saber.

– O QUE? George 2.0? Eu não quero ir, pai, por favor! Não me obrigue a ir! – Choramingo abraçando meu livro com força.

– Bora, vamos logo. São só algumas horas, para de drama. – Bill entra no quarto pronto para me arrastar pelos pés se preciso.

– Não, irmão, por favor! Não me força a isso também! Vocês estão todos contra mim! – Imploro teatralmente.

– Você quer que eu te leve a força? – Ele desafia arqueando a sobrancelha.

Eu devia parar de birra, aceitar ir e me levantar para facilitar as coisas. Mas ao contrário disso, eu me afundo ainda mais na cama com os braços cruzados e encaro a janela.

Bill logo está em pé em minha frente, ele puxa meus braços que luto pra não ceder e me tira da cama com toda força.

Eu grito enquanto sou arrastada por ele para fora do quarto. Tento frear os pés no chão, mas é inútil devido ao piso escorregadio. No topo da escada o Bill solta meus braços – eu queria que ele tivesse desistido – mas, ao invés disso, me pega pelas pernas e me põe nos ombros.

– Me coloca no chão, rascunho do capeta! – Cutuco a cintura do garoto, que ri, mas ainda assim não me solta.

– Para sua otaria! – Ele grita afobado, por conta das cócegas.

Bill só me solta quando estamos em frente ao carro do meu pai, que já está dentro dele nos esperando.

Como uma última tentativa, passo por debaixo do braço de Bill e tento correr, mas falho novamente quando ele agarra minha cintura.

– Tá bom, tá bom, eu desisto. Vocês estão todos contra mim mesmo, eu já aceitei. – Levanto as mãos em rendição, dramatizando o assunto.

– Ótimo, boneca do papai. – Meu pai solta um beijo estalado pra mim e eu estresso fazendo cara de nojo para o apelido.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora