| Capítulo 11 |

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Biquínis
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Bella Leblanc:
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Estávamos na pizzaria, um rodízio. Me sentei entre o Apolo e a Nanda. Todo o grupo não calou a boca desde quando estávamos no carro.

Falaram da peça, dos sabores de pizza que gostam, da bolsa de estudos que Chris está prestes a receber, de todos os assuntos aos quais nem todos entendi.

No entanto, eles perguntam minha opinião e me incluem em todos eles. A maioria das amizades que tentei fazer ao longo da vida, não se importavam se eu estava confortável ou enturmada.

Talvez eles estejam sendo legais a pedido do Apolo, ou talvez eles realmente tenham gostado de mim — o que é a alternativa mais difícil — mas vou me esforçar a acreditar nela.

O garçom passou com mais uma rodada de pizza, dessa vez de salame. Fui para minha quinta fatia, todos fomos, na verdade, só que mesmo assim pareceram se espantar quando peguei a fatia.

— Menina, com esse corpinho de barbie você come tanto assim? — Nanda apontou pro meu corpo de cima a baixo.
Dei os ombros e mordi metade da fatia, depois falei:

— Se visse uma foto de quando eu tinha uns cinco anos ia entender — confidenciei.
Eu tinha bochechas do tamanho de maçãs e era baixinha e rechonchuda.

Comia que nem uma porquinha. Tinha compulsão alimentar, francamente, descontava tudo que Bruna me fazia passar na comida e às vezes era punida por isso também.

— Imagino uma menininha gordinha de bochechas vermelhas e marias chiquinhas com laços rosas e vestido florido. – Chris fantasiou.

— Eu era mais do tipo que vestia pijamas de ursinho em todas as ocasiões. Vestidos só quando era obrigada – lambi meus dedos sujos de maionese.

– Se usasse um saco de batata tenho certeza que ficaria linda igual – Apolo disse tranquilamente, mordendo mais uma fatia e sujando a boca de ketchup.

– Que boioooola – ralhou Pietro, fazendo cara de nojo.

Eu corei e ri sem mostrar os dentes. Peguei um guardanapo e passei na boca do Apolo. Seus olhos brilharam, ele piscou três vezes e sorriu.

— Se um dia eu aparecer namorando, não aceito menos que isso. – Nanda falou firme.

— M-mas a gente não namora — meus olhos se arregalaram.

— Não liga pra ela — Apolo sugeriu. — Nanda fala muita besteira — encarou a amiga e disse entre os dentes.

Bom, então ele acha besteira a ideia de namorar comigo. Concordei e tentei sorrir, tentando não me abalar com o que ele disse.

No final, eu comi sete fatias e bebi muito refrigerante. Mal estava conseguindo andar quando saímos da pizzaria. Todos estavam com sono e de barriga cheia na volta pra casa. Apolo deixou primeiro os três em casa e depois me levou a minha.

Convidei ele para entrar e ele aceitou, disse que iria falar com meu pai rapidamente e depois iria pra casa, pois assim como eu, mal se aguentava em pé de tanto que comeu.

— Não sei como Mave ainda não me ameaçou com uma espingarda por estar sequestrando a filha dele todos os dias. – Apolo levantou as sobrancelhas enquanto entrávamos.

— Ele sabe que você não é uma ameaça — ri, mas parei ao sentir minha barriga doer.

— Nunca comi tanto — admitiu — tô considerando colocar as tripas pra fora quando chegar em casa.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora