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Capítulo 34 | Adeus
Bella Leblanc:
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— Acho que você está bêbada demais para ficar aí em cima, Bella — Reclamou Nanda, no meio da pista de skate.Eu estou em cima da rampa, que deve ter em média cinco metros ou mais. Tenho o skate do Chris em um lado e uma garrafa de vodka de sabor que compramos em outro. Que ironia estar na praça que Apolo gosta, sendo consolada pela melhor amiga dele, e bêbada.
Ele está a dois dias tentando me ligar e soube por alto que a sua viagem é amanhã. Se é para ir embora, que vá. Não precisa se despedir de mim para isso.
— Ah, Nanda, não enche — revirei os olhos.
— Tenta entender os motivos dele… — ela sussurrou com tédio, já cansada de insistir no assunto.
— Tenta entender os meus motivos… — me levantei cambaleante. — Wou… — dei uma risadinha enquanto tentava me equilibrar.
— Bella, desce daí… — insistiu ela, levantando de cima do skate que estava sentada.
— Tá bom, tá bom… — me abaixei para pegar a garrafa e depois coloquei o pé em cima do skate, mas obviamente não ia descer.
— Vou descer assim — fiz menção de subir e a Nanda arregalou os olhos. — Eu tô brincando! — ri balançando a cabeça e olhei para cima.
Não vou me arriscar a descer com o skate e a garrafa na mão, então vou empurrar o skate e ele descerá a rampa sozinho.
— Bella — ouvi alguém me chamar e levantei o rosto rapidamente em direção a voz. De longe vi Apolo chegando na praça e vindo em nossa direção com o olhar assustado. Me sobressaltei com sua presença, desejando que fosse uma alucinação causada pelo álcool. Ia tirar meu pé de cima do skate quando o mesmo derrapou, me levando junto. — BELLA!
Senti uma dor alucinante na perna e na costela e depois disso tudo apagou.
[...]
Acordei sentindo meu corpo dolorido, tirando as partes que não sinto. Não consegui falar nada com a garganta tão seca e me assustei ao ver que a minha perna está engessada e que eu não sinto a mesma. Olhei ao redor e reconheci o quarto de hospital, levantei os braços devagar e toquei a faixa que está cobrindo a minha barriga. Observei também o soro em meu braço.
Uma mulher rechonchuda e baixinha de jaleco azul claro entrou no quarto com uma prancheta em mãos e abriu um sorriso doce para mim. Tento me lembrar de como vim parar aqui, mas as últimas coisas que lembro são de beber com a Nanda na praça de skate. Flashs do Apolo me vêm à mente, mas de forma bem borrada e distante.
— Você acordou, querida, que ótimo. Como está se sentindo? — Ela sondou sem me olhar, indo diretamente para os aparelhos conectados a mim.
— O-oque… aconteceu? — tentei me sentar e ela se virou rapidamente, empurrando meus ombros de volta.
— Não se esforce, querida, por favor. Iremos conversar, mas o seu pai e os seus amigos estavam esperando você acordar, não quer vê-los primeiro? — Indagou. Balancei a cabeça confusa e curiosa. — Então, tudo bem. Peço que fique calma, ok?
— Eu já estou vendo que quebrei a perna, tem mais motivos para surtar? — arqueei a sobrancelha. — Por que não sinto minha perna?
— Uma coisa de cada vez, minha querida. Quando você caiu de mal jeito, quebrou a perna, você não sente ela pois está sob efeito de anestesia, mas logo voltará a sentir. Na queda você ficou em cima de uma garrafa de vidro que se quebrou e perfurou sua costela. Foram necessários 10 pontos e depois que o efeito da anestesia passar, pode doer um pouco. Tivemos que anestesiá-la, pois, estranhamente, você acordou por conta da dor e começou a gritar coisas desconexas. Entre elas o nome do garoto que está mais ansioso que todos na sala de espera por notícias suas.
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Como eu era chata antes de você
RomanceBella não gostava de muitas coisas. Bella não gostava de coisas novas ou pessoas novas em sua vida. Bella tinha uma vida chata, sem aventuras... Uma vida monótona, a mesma rotina sem graça todos os dias. Até ele aparecer. Até o Apolo aparecer - não...