| Capítulo 22 |

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Capítulo 22 | Museus e praias
Bella Leblanc:
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    Um museu marítimo. Qual o melhor museu a se visitar para uma pessoa que ama o mar como eu? O museu está cheio de histórias e quadros e itens dos antigos marinheiros que eram apaixonados pelas águas e as grandes navegações. Nós podemos caminhar dentro dos navios e isso é completamente incrível.

    Eu estava completamente abismada com tudo que vi e minha real vontade era pular no pescoço do Apolo e abraçá-lo com força. Ele é o culpado por tudo. O único culpado por me fazer viver. Como se tudo isso valesse a pena.

    Eu estava contornando um barril do navio com os dedos quando Apolo me abraçou por trás e beijou o meu pescoço. Senti arrepios e cócegas e uma reação involuntária no resto do corpo.

    — Já é meio dia — ele me guiou até o toldo do navio e me abraçou, me prendendo contra a grade. — Vamos almoçar no hotel e depois ir para a praia, o que acha? — Sondou, beijando o meu ombro.

    — Parece que eu tô sonhando — balbuciei. — A gente fugiu um fim de semana de casa e você me trouxe para esse lugar incrível. É cidade vizinha de Riverside, mas eu nunca pensei em vir aqui — encarei o mar infinito à nossa frente, sentindo a brisa forte no meu rosto.

    — Todos os universos que você conhece são todos literários. Você tem, de início, todo o Estados Unidos para explorar, não pode ficar presa naquela cidadezinha. — Ele argumentou.

    — Por que está fazendo isso? — O encarei por cima do ombro, sentindo minha bochecha esquentar.

    — Eu gosto de ver você feliz. Quero fazer você ficar menos chata — ele riu e eu bati no ombro do mesmo. — E, para uma chereteira, você tem muita pouca curiosidade sobre o mundo.

    — Você viaja muito? — Sondei.

    — Até que não, na verdade. Quando morava com minha mãe, eu me dedicava mais a ela. Mas antes dela e meu pai se separarem, eu viajava muito. Amo conhecer lugares. Só que nesses últimos tempos… me sinto preso aqui ou lá. — Ele contorceu os lábios.

    — O George deve realmente ser sufocante. — Franzi as sobrancelhas. Percebi as mãos de Apolo apertarem a grade com força.

    — Bella… eu tenho que te contar… — ele hesitou e olhou para cima. Mas quando voltou a olhar para mim suas feições se suavizaram e ele abriu um sorriso fraco. — Deixa, depois falamos sobre isso. Vamos?

[...]

    O restaurante do hotel cabe um outro hotel dentro. Só de olhar para a cara das pessoas, me sinto xingada de pobre em cinquenta idiomas diferentes. Apolo pediu um tipo de sushi para a gente que nunca comi. Na verdade nunca comi nenhum sushi e se eu não gostar e vomitar em cima da mesa, nunca mais vou sair do quarto do hotel.

    — Vai, experimenta — ele pegou o hashi e capturou um dos bolinhos de peixe cru, trazendo em minha direção.

    Franzi a testa e abri a boca, com medo do gosto. Mas assim que provei vi que é uma delícia, tem arroz e um molho marrom que ele molhou o negócio antes, deixando ainda melhor.

    — Viu? Falei que você ia gostar, coisa chata — ele apontou os palitinhos para mim e depois comeu um dos rolinhos também.

    — É peixe cru. Não tem como ser bom na imaginação — falei quando engoli e bebi um gole de suco. — É gostoso, mas a textura é estranha — peguei meus próprios hashi e tentei manuseá-los, falhando miseravelmente.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora