| Capítulo 24 |

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Capítulo 24 | Dandelions
Apolo Foster:
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    A vista do Pacific Terrace Hotel é maravilhosa, no entanto não é nada comparado ao acordar com a Bella nua ao meu lado. O sol que adentra a parede de vidro ilumina o seu rosto e reflete o seu corpo. Suas curvas, seu cabelo claro e lábios rosados.

    Um sorriso se abre em meus lábios no automático, vidrado nela, encarando-a com total fascínio. Como essa menina não é cobiçada por todos? Como se vê alguém tão sem graça? Ela é incrível, em todos os sentidos.

    Acaricio sua bochecha e ela aperta os olhos, despertando, abre-os e pestaneja, acostumando-se com a claridade. O verde esmeralda deles é inebriante, encantador. Quando vou ver já estou puxando seu rosto para deixar um selinho em seus lábios.

    — Eca, eu tô com bafo — ela resmungou me empurrando e se levantou rapidamente. Em pé arregalou os olhos, se dando conta que estava nua. Ri quando ela tapou os peitos com um braço e puxou o lençol com o outro.

    — Nada que eu já não tenha visto — abri um sorriso e coloquei as mãos atrás da cabeça. — Não só visto… — estalei a língua e ela ficou vermelha rapidamente, jogando um travesseiro em mim e pisando duro até o banheiro.

    Esperei ela voltar, mas ao invés disso, Bella colocou a cabeça para fora do banheiro e abriu um sorriso tímido.

    — Não quer tomar banho comigo? — Sondou ela, desviando o olhar.

    — Vai ser muito perigoso pra você… tô avisando… — me levantei da cama preguiçosamente.

    — Banho, Apolo. Banho. — Ela censurou e eu ri. Sei que ainda está dolorida por ontem e obviamente entendo isso.

    Então tomamos banho. Lavei a Bella com as minhas mãos, sentindo as reações do seu corpo, sentindo sua respiração descompensada a cada faixa de pele que eu dedilhava. Então a abracei para controlá-la, lhe dei um beijo carinhoso também. Mantive segredo sobre aonde a levarei hoje, antes de voltar para casa. Amo a reação de surpresa e admiração  da Bella ao conhecer novos lugares e coisas.

[...]

Passamos metade do dia na praia, fizemos o check-out no hotel e fomos para onde eu decidi levar ela — depois pegaríamos a estrada para casa — e estacionei em frente ao lugar.

    — Uma exposição de fotos… eu não acredito, Apolo — ela abriu a porta do carro sem nem me esperar, empolgada.

    — Não qualquer exposição; é uma exposição de fotos dos maiores nomes da literatura — Fui ao seu encontro e cruzei o braço no dela, que abriu um sorriso iluminado pra mim, acendendo a minha alma.

    Paguei as entradas e ela observou todos os detalhes de tudo ali. Do lugar, as pessoas, as pinturas visíveis. Passamos por cada quadro e lemos cada história. Descobrimos porquê cada foto estava ali. Qual o marco de cada nome presente.

        Conhecemos Nathaniel Hawthorne, Emily Dickinson, Edgar Allan Po, Herman Melville, Walt Whitman, entre outros grandes nomes da literatura americana. Se aprofundamos também em autores de outros países, como Brasil, onde tem Conceição Evaristo, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Lima Barreto, Lygia Fagundes Teles, Clarice Lispector, Machado de Assis, entre outros.

    Julgo a garota chata por não conhecer o mundo em que vive, por viver em universos literários e ser uma geógrafa quando se trata de mundos fictícios. No entanto, reconheço o poder da leitura; a imensidão dentro dela, a revolução capaz de ser feita — e já feita — por esse meio.

Como eu era chata antes de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora